Capítulo 1

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  Alice Collins  

Foi um beijo... 

foi um beijo onde não importava a boca só tuas mãos quentes me apertando pelas costas nada estava acontecendo na minha frente e a ansiedade que havia não era pouca teus dedos perguntavam pra minha blusas e meu corpo acolheria um delinqüente coladas as línguas um instante minha resposta saiu um tanto rouca
Martha Medeiros

A sensação de que alguém me observava me deixava inquieta no banquinho do bar. Com as milhares de luzes que piscavam sem parar da balada, era difícil ver se alguém realmente estava me encarando ou se era apenas paranoia da minha cabeça, minhas amigas haviam me abandonado sozinha, a Laurel estava muito entretida com um cara moreno e com olhos hipnotizantes segundo ela.

Isabella estava dançando com vários ao mesmo tempo, mas ela ignorava todos e se concentrava em si mesma, estava muito focada em relaxar do turno estressante. E eu, claro, a entediante Alice, só queria ficar em casa deitada comendo pizza, mas fui arrastada para esse centro de corpos suados e colados juntos.

Não é que eu não gostasse de sair, eu adorava. Mas amanhã eu tenho uma entrevista e hoje eu só queria descansar, porém fui obrigada a vir.

Eu estou sentada em um banquinho de bar, com uma bebida quente no copo e suando como a merda de um cuscuz. Meus olhos se reviram a cada dez segundos e da ultima vez eu quase vi meu cérebro. Tomo o resto da bebida que desce queimando pela minha garganta, quando eu empurro o copo para o barman encher novamente com qualquer bebida vejo a Isabella vindo em minha direção.

Os cabelos ruivos dela estavam enrolados em um coque bagunçado, a pele brilhando de suor e esse ultimo fato fez minha cara se contorcer em uma careta. 

— Posso saber o motivo dessa careta ridícula? – Pergunta com a voz ofegante e eu sendo nada previsível reviro os olhos novamente.

— Nada, só estou me divertindo muito. Por isso eu ainda não sai daqui, essa alegria que você e a Laurel sentem quando estão nesse lugar maravilhoso, é muito contagiante.

— Alli! Você nem se permite aproveitar, fica ai sentada com essa cara de "eu sou muito intelectual, para andar com vocês" – Fala berrando no meu ouvido por causa da música, suspiro concordando com a cabeça. — O intuito de vir para esse tipo de lugar é esquecer tudo, beber muito e acima de tudo se divertir. A gente veio para você relaxar, para não ficar pensando na entrevista, e com certeza também não foi para você ficar com essa bunda grudada no banco.

— Okay, você venceu! - Ela pede para esperar ela beber alguma coisa, depois de um tempo eu falo: — Deixa eu te falar uma coisa, acho que tem alguém me observando, to com essa sensação a um tempo já .

— Ali, deixa de ser paranóica. Não tem ninguém te observando e não estamos em um filme policial no qual você vai morrer essa noite – responde, me puxando do banco e tentando passar pelas pessoas.

— Não é isso, mas deixa para lá. Deve ser só coisa da minha cabeça mesmo – murmuro, passando pelas pessoas e pedindo desculpas de vez em quando. — Quer saber? Esquece, vamos lá – quando chegamos perto de Laurel ela faz um sinal de okay para a gente.

O suor descia pelo meu corpo, agora eu já dançava involuntariamente, em parte devido a bebida ingerida e outra a minha animação que surgiu do nada, jurei a mim mesma que não ia beber mais sozinha.

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⏰ Última atualização: May 27, 2019 ⏰

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