Os raios de sol invadiram meu rosto assim que abri as cortinas do meu quarto. Minha cabeça doía, muito vinho ontem a noite. Eu ainda achava que estava sonhando, foi quando os raios de sol atingiram minha mão e o anel brilhou. Um sorriso foi inevitável, eu estava completamente apaixonada por ele e eu confirmava isso sempre que colocava meus olhos nele, meu coração disparava, minha boca ficava seca e eu ficava nervosa, realmente sentia borboletas no estômago. Toda vez que ele me tocava, me beijava, ansiava por mais. Ele era o homem da minha vida e eu queria eternizar esse amor.
"Bom dia, gata" a voz de Eugenio me fez despertar da fantasia. Ele ainda não sabia, e eu nem faço a mínima idéia de como contar.
Me virei, e coloquei meus braços para trás, escondendo a mão. "Bom dia" sorri. Ou pelo menos tentei.
Ele me fitou, serio, "Aconteceu algo?" Eugenio me conhecia como a palma da mão, não conseguia deixar nada passar dele. Eu o amava tanto, ele é minha única família, como um irmão. Não poderia magoar ele.
"Que tal você nos preparar um ótimo café enquanto tomo banho, e então conversamos"
Ele levantou as sobrancelhas. "Ok, te espero"
Não respondi nada e então ele saiu. Soltei o ar que nem sabia que estava segurando. Fitei minha aliança, não posso fugir do assunto, tem que ser agora, se não vai ficar pior. Caminhei até o closet, eu não usava as roupas daqui antes, Eugenio tinha comprado tudo, e eu achava um absurdo, mas ai comecei a trabalhar, conheci o William, então comecei a usar. Peguei um vestido florido, ele era azul escuro e ia até os pés, bem justo ao corpo e com um decote V fundo.
Tomei uma ducha rápida e me vesti, calcei uma rasteirinha preta e fiz um coque bagunçado no cabelo. Passei um rímel rápido, estava muito quente, maquiagem seria um absurdo.
Quando passei pela sala, senti o cheiro do café que eu tanto adorava. Entrei na cozinha, Eugenio estava fritando algo, suas costas largas estavam a mostra. Qualquer mulher ficaria louca por Eugenio, ele era forte, alto, tinha olhos verdes e um sorriso encantador. Ele nunca trouxe ninguém para casa, e nem namorou nesses anos, e eu infelizmente sabia porquê, Por mim. Isso dificultava as coisas muito, eu não me perdoaria se machucasse ele. Nunca.
"Eugenio" disse, quase em um sussurro, "preciso de contar algo"
Ele se virou, sorrindo com a frigideira nas mãos.
"Pode falar, gata" ele colocou os bacon no meu prato e se virou novamente para o fogão.
Puxei todo o ar que podia para meus pulmões. "Eu to namorando" disse tão rápido, que quase eu nem entendi o que eu mesmo falei.
O barulho da espátula caindo no chão me mostrou que ele entendeu muito bem oque disse. Seus músculos se contraíram e então ele se virou para mim. Ah não.
"Fala alguma coisa" implorei. Meus olhos já estavam se enchendo de lágrimas.
"Aquele bilhete..." Foi o único que ele disse, me fitando. "A quanto tempo?"
Ele não estava perguntando a quanto tempo estava namorando. "Um mês" sussurrei.
"Um mês" aquilo não era uma pergunta, "um mês" ele me fitou.
"Eugenio..." o seu olhar estava me destroçando por dentro.
Ele foi até a geladeira, pegou uma garrafa de água e encheu o copo. Bebeu tudo em um gole. "Quem?" Perguntou, cerrando os dentes.
Suspirei fundo, apoiei meus braços na bancada e então ele fitou meu anel.
"Quem é porra?" Seu grito me fez tremer.
"William!" O impacto da minhas palavras refletiu no copo quebrado em sua mão. "Meu Deus" corri até ele, sua mão estava sangrando.
Ele me parou com a mão, "Não me toca!" Foi como se eu tivesse levado um soco na cara.
"Eugenio" tentei me aproximar novamente, mas fui segurada.
"Não me toca porra!" Gritou.
Dei dois passos para trás. Ele se virou, e foi até a pia. "Merda" gemeu assim que o sabão liquido caiu nos seus cortes. Corri até o banheiro e peguei a caixinha de primeiro socorros.
"Deixa eu pelo menos te ajudar"
"Não preciso nada que venha de você" cambaleei para trás com o impacto dessas palavras. "Isso não é justo"
"Não é justo?" Ele gritou,"você mentiu pra mim, a todo momento"
"Não foi be..."
"Foi assim sim, porra! E tudo o que eu fiz por você? Você esqueceu isso quando ele te convenceu com um anel barato!"
"Para com isso" gritei, não conseguia mais segurar as lágrimas. "Eu me apaixonei por ele"
"Nossa, que paixão rápida!" Revirou os olhos.
"Você está sendo um imbecil!"
"Prefiro ser um imbecil do que um mentiroso sem caráter"
Nossa, esse não era o Eugenio. "Olha o que você tá falando"
Ele suspirou fundo. Ele já tinha terminado os curativos. Ele fechou a caixa e me fitou. "Mai" sua voz estava mais calma como de costumes, "Ele não presta, ele só vai brincar com você"
"Ele gosta de mim, Eugenio. Confia em mim." Disse, me aproximando, mas ele deu um passo para trás.
Ele passou as mãos pelos cabelos, "Você ama ele?"
Encarei seus olhos verdes, "Amo!" Seus olhos se fecharam como se eu tivesse dado um tapa em sua cara.
"Então você vai ter que escolher" franzi o cenho. "Eu ou ele!"
Dei dois passos para trás, para tentar ver seu rosto melhor. Ele não pode estar falando sério.
"Você só pode tá brincando"
Ele se aproximou do meu rosto, "Você tem até hoje a noite para decidir isso. Eu ou ele!"
E passou por mim. Ouvi o barulho da porta se fechando com força. Ele está falando sério! Que droga, Eugenio!Desculpa a demora anjos ❤️
Não se esqueçam de 🌠
TURBILHÃO DE BEIJOS ❤️
"capítulo sem revisão, desculpe qualquer erro)
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Entre o amor e a vingança
FanfictionMaite é uma jovem de dezenove anos que passou a maior parte da sua vida em um orfanato. Sua vida mudou a partir do momento que ela decide fugir e encontra Eugenio um modelo famoso e de uma família muito bem sucedida e ele se vê totalmente apaixonado...