O "eles" sempre foram vocês. Nós. Somos o "eles" que tanto é e tanto faz. Sempre mantivemos as aparências. Desde o primeiro dia em que nos vimos. Aparências. Mostramos nossas qualidades e o bom. O apreciável. Fizemos da nossa convivência um legítimo show. Estamos mais pra cá do que pra lá agora. Eu preciso da nossa realidade.
Tudo.Se.Torna.Um.Escape.
Mudamos tanto. Sempre em movimento. Sempre em frente. Sempre a mesma coisa. E se eu quiser aceitar o quanto tudo parece errado e o que sai da minha boca soa amargo? E se eu precisar do tempo o tempo todo, o que há de errado?
Falem o que precisa ser dito. E se eu me sentir um lixo, preciso de autorização para tal sentimento? E se eu estiver desmontando por dentro, tentando continuar o show que não pode parar? É o meu teu nosso direito. Respirem fundo. Estamos no começo e o show precisa respeitar.
Eu escrevo porque é esse o meu abraço. Um texto dos abraços. Um texto do desmonte. Porque eu me sinto perdida e talvez você não possa mudar esta condição. Talvez eu não queira que você saiba "quem" e "por quê?". É esse o meu abraço a quem precisa. Estamos todos sozinhos quando o dia acaba. O que parecia certo se torna um peso quase insustentável. Mesmo que pareça piada. Mesmo que de você só saiam risadas enquanto lê isso. É o meu abraço a quem precisa. Você é tão forte quanto. Você é forte porque vemos em seus olhos. Do jeito que for. Do seu próprio jeito. O tempo é seu e sempre foi. Use-o como desejar. Eu estarei aqui com as palavras... Num abraço.
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Y
PoetryTextos desocupados de dores com sabor de açúcar, amores ácidos e borboletas amarelas.