Capítulo 19

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Assim que entrei no apartamento senti um vazio, sem Eugenio nada tinha sentindo aqui. Deixei meus saltos do lado da porta e minha bolsa pela metade do caminho. Joguei meu corpo no sofá. Ele ficaria longe por um mês, era muito tempo, ele nunca ficou mais de quatro dias longe de mim. Antes, quando ele precisava viajar para trabalho por uma semana ou até duas, ele me levava. E agora, ele se foi, mas dessa vez sem mim.
A campainha tocou o que me fez bufar, não queria ver ninguém, não queria falar com ninguém.
Caminhei arrastada em direção a porta e abri sem ânimo nenhum.
"Nossa, merecia um sorriso pelo menos" a voz de William me fez despertar.
"O que tá fazendo aqui?" minha voz transpareceu a falta de ânimo.
"Vim visitar minha namorada, não posso?"
Revirei os olhos, "desde quando a noite você vem visitar sua namorada" a última palavra saiu com desdém. O Eugenio indo embora, o fim da minha Tpm, estavam me deixando agressiva.
"Não desconte sua frustração em mim, meu anjo" ele disse tentando soar calmo.
Suspirei fundo tentando me controlar, "entra" quando ele passou por mim, seu cheiro me invadiu. Ele era tão cheiroso, bonito. Quando percebi ele já estava na cozinha, deixando sacolas largadas pelo balcão, que eu nem tinha notado que ele carregava.
"O que pensa que está fazendo?"
Ele sorriu, dobrando as mangas de sua camiseta social rosa. "Vou fazer o jantar"
Pela primeira vez no dia me permitir rir. "Você, william?"
Ele ergueu as sobrancelhas, cruzando os braços, "Eu tenho muitas qualidades..."sorriu de lado, "você não conhece as melhores"
Minha risada parou na hora, ele sempre conseguia me deixar constrangida.
"Está bem" dei de ombros, "vou tomar um banho enquanto isso"
Quando estava prestes a sair da cozinha senti umas mãos fortes me puxando, colando seu corpo grande e quente no meu.
"Quer companhia?" Sussurrou, sorrindo.
"William" era pra sair como protesto, mais pra minha má sorte soou como um gemido.
"Você não me deu um beijo hoje, meu anjo" apertou minha cintura, seu rosto estava 1 cm longe do meu. Fitei seus olhos verdes, ele não iria me beijar, ele queria que eu o beijasse.
Passei meus dedos pelo seus cabelos macios, e o puxei, aliviando minha tensão. Sua língua ágil não demorou para encontrar a minha e se deliciarem. Eu nunca me cansaria do seu beijo, era doce, com desejo, como se ele precisasse daquilo para viver.
"Garotão..." disse me afastando, puxando ar para meus pulmões.
"Não demore muito" ele se virou, e foi para o balcão, me deixando ali, sem estrutura por alguns minutos. Como era possível, ele sempre estava no controle, não demostrava nada quando não queria e eu aqui, com as pernas bambas.
Respirei fundo e dei meia volta, indo em direção ao quarto. Eu precisava de um banho urgente e de preferência gelado.
*
" Nossa, o cheiro está ótimo" atravessei a sala rapidamente. Quando entro na cozinha paro bruscamente com a visão na minha frente, William está sem camisa, apenas com sua calça social. Seu abdômen é perfeito, malhado, com certeza é a visão de um Deus Grego. A taça de vinho na sua mão está quase vazia. E ele estava distraído no celular com algo. William Levy definitivamente era o homem mais lindo e sexy que já vi na vida.
"Gostou do que vê, meu anjo" sua voz me faz ter um sobressalto e ele sorri maldosamente.
"Por que está assim?" É a única coisa que me vem a mente perguntar.
"Caiu vinho e eu coloquei na máquina para não manchar" pela primeira vez agradeci por ter secadora nesse apartamento. Seria impossível jantar com William assim.
"Não respondeu minha pergunta" sem olhar para seu rosto eu sabia que ele estava dando aquele sorriso de lado.
Fitei seu rosto, "Que pergunta?"
"Não precisa nem responder, já que não consegue olhar para meu rosto mais de dez segundos"
Bufei, passando por ele. Quem conseguiria focar apenas em cima, quando ele está vestido assim.
"Eu estou morrendo de fome" disse indo em direção no armário pegar uma taça de vinho.
"Meu anjo..." ele me puxou para seu peito e cheirou meus cabelos, "você está muito cheirosa"
Eu me apoiei nas pontas dos pés e dei um selinho em sua boca. Suas mãos foram para meu cabelo me puxando para si, senti seu gosto bom. Meus dedos caminharam por sua pele, apertando suas costas e ele soltou um gemido, o que fez todo meu corpo se acender.
Suas mãos apertaram minha cintura com força, e em segundos eu estava sentada no balcão e abri minhas pernas para acomodar seu corpo.
"Mai..." sua voz rouca me arrepiou. Suas mãos ágil desceram a alcinha da minha regata. Ele distribuia beijo por todo meu pescoço e em seguida no meu ombro.
"Porra" ele disse assim que sua mão apertou meu seio por cima da regata branca, "você só pode estar querendo me matar" meus bicos ficaram pontudos por cima do tecido fino. Traidores.
"Will..." ele me ignorou, e um tremor intenso passou pelo meu corpo assim que senti sua mão passar pela minha barriga e alcançar meu seio. Sua mão encaixou perfeitamente.
"Não" o empurrei, com uma força que não sei da onde tirei. "Para"
Ele se afastou, cambaleando para trás. Seu rosto estava vermelho e seus cabelos totalmente desalinhados. Sua boca entre aberta mostrava seu desequilíbrio. E o mais vergonhoso, sua  excitação estava visível demais. Na calça.
"Eu queria entender..." ele se apoiou  no batente da pia, ainda com sua respiração descontrolada, "por que você sempre faz isso..."
Paralisei. Seus rosto não estava com uma expressão suave. Eu realmente sempre fazia isso com ele, por medo.
"Will..." desci da bancada, me ajeitando, "não assim..."
"Não assim?" Ele riu, sarcasticamente, "de todos os jeitos pra você é errado"
"Não..."
"Isso está me enchendo, Mai" ele disse passando por mim.
"Onde você vai?" Me virei para porta, para seguir ele com os olhos.
"Pegar minha blusa. E estou indo embora"
"Não faz isso..." sussurrei.
"Pra mim essa noite já deu!"
Antes de protestar ele sumiu da minha vista. Fui atrás dele e ele já estava vestido assim como chegou.
"Não me deixa aqui..." me aproximei do seu corpo.
"Eu não sei qual é o problema, mas vou deixar você resolver isso"
me afastei e fitei seu rosto. "Sério isso?"
Ele passou por mim, e ouvi ele apenas gritando "Te pego às 07h, Maite"
Quando entrei na sala, o apartamento já estava vazio. Restava apenas eu e a decisão que deveria tomar. Eu o amava tanto que até doía o peito. A cada semana, dia, ou até minuto eu tinha certeza que ele era o homem que eu queria dividir minha vida. E em um estalo, eu senti o que deveria fazer. A decisão estava tomada. Definitivamente.



Meus anjos, voltei hahaha.
Que decisão será que ela tomou?
Acho o William muito impaciente as vezes e apressado. E vocês?

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Turbilhão de Beijos...

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora