Capítulo único: posso testar uma coisa?

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E mais uma vez Hansol suspirou naquela tarde. Não aguentava mais ler e reler sobre mitocôndrias naquelas malditas apostilas depositadas na enorme mesa da biblioteca, que, naquele instante, se encontrava praticamente vazia.

O que fazia total sentido, já que nenhum ser humano em sã consciência - talvez, um que não estivesse desesperado para melhorar suas notas do bimestre - gastaria sua preciosa tarde de sábado numa biblioteca com o rosto afundado em livros. Mas, infelizmente, esse não era o caso de Hansol e Seungkwan, que naquele momento estavam concentrados no conteúdo daquelas páginas, tentando arduamente absorver todo aquele assunto.

Bom, isso era o que o Boo fazia, pelo menos. O mais novo entre os dois estava focado em outra coisa, coisa essa chamada a estonteante beleza de Boo Seungkwan e seus óculos redondos presentes em seu rosto - que, diga-se de passagem, eram muito melhor do que estudar sobre tecidos conjuntivos -.

Mas se bem que, mesmo que tentasse, o Chwe não conseguia desviar seu olhar do rosto concentrado do namorado. Ele parecia ainda mais bonito que o normal com o cenho franzido, um biquinho ponderando nos lábios rosados e o cabelo loiro caindo sobre os olhos do mesmo. E, claro, os famigerados óculos que completavam aquele visual que acabava com a pobre sanidade do menino Vernon.

Continuou encarando aquela obra de arte - mais conhecida como seu namorado - sequer ligando se deveria estar focado nos livros, já que havia um prova importante chegando, prova essa cujo conteúdo o pequeno Boo tentava estudar no momento. Mas essa tarefa não era tão fácil, não quando o americano o secava há mais de 15 minutos.

- Hansol, foca no assunto. - Seungkwan se pronunciou, ainda com o olhar direcionado para a apostila, tentando ao máximo não bater no namorado por não o deixar se concentrar.

- Focar em você é muito melhor, amor. - o mais alto respondeu e, embora Seungkwan não estivesse retribuindo o olhar, sabia que ele estava com aquele sorrisinho presunçoso no rosto.

- Mas não é esse o assunto que vai cair na prova, então para de me encarar e vai ler os capítulos. - tentou parecer firme, embora soubesse que o namorado não iria lhe obedecer tão cedo.

E, como se para confirmar seus pensamentos, Hansol virou-se para si e depositou o braço sobre a mesa, apoiando o queixo em uma das mãos e voltando a lhe olhar, não ligando para a bronca do coreano. O mais velho suspirou e tentou ignorar o outro loiro, voltando a reler a página em que havia parado e tentando ao máximo se concentrar naquelas palavras complicadas.

E digamos que até estava dando certo. Isso até a voz suave do americano invadir os ouvidos de Seungkwan, novamente tirando seu foco do enorme livro.

- Boo?

- O que foi? - olhou para o namorado sentado ao seu lado e arqueou uma sobrancelha.

- Posso testar uma coisa? - Seungkwan estranhou o pedido do Chwe, mas mesmo assim assentiu.

Então, com o mesmo sorrisinho em seu rosto, ele retirou o óculos do mais velho e olhou nos olhos do mesmo, direcionando seu olhar para os lábios cheinhos em seguida. Seu sorriso se abriu um pouco mais e logo o mais novo depositou um selar demorado nos lábios do baixinho, se afastando segundos depois e sorrindo bobo ao ver que o coreano possuía uma coloração rosada em suas bochechas.

Em um ato rápido, colocou uma de suas mãos na bochecha do mais velho e a outra em sua nuca, o puxando para outro beijo. Desta vez, o toque tímido foi aprofundado por Hansol, que pediu permissão para invadir a boca de Seungkwan com sua língua, começando assim um ósculo calmo e apaixonado.

Poucos minutos depois, encerraram o beijo com uma mordidinha nos lábios, que nessa altura do campeonato já se encontravam avermelhados, e encostaram as testas, ainda ofegantes. Seria um momento fofo, se não fosse por um Boo Seungkwan com suas bochechas rubras se afastando rapidamente de Hansol e olhando para os lados, temendo que alguém tenha visto aquela bela cena.

- Aish, seu idiota. - o loirinho murmurou, colocando novamente a armação em seu rosto e voltando seu olhar para os livros, como se nada tivesse acontecido, fazendo Vernon soltar uma risada pela birra e vergonha do seu pequeno.

Definitivamente, seu Boo era a coisinha mais adorável do mundo com aqueles óculos.


💌; eu amo um verkwan namoradinhos fofinhos que dão beijinhos nhonho

e tentem imaginar o boo corando pq deve ser a coisa mais linda que a humanidade já presenciou

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