O começo.

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"Sim... Parecia como se fosse ontem os dias que você me ligava desesperado  dizendo que estava com saudades. Hoje em dia, tudo é mais perdido e sem explicações. Quem pergunta de nós, faz você ficar estressado e eu ficar sem explicações.

Saudades me define agora."

Era começo de inverno de 2012. Eu tinha uma festa para ir com meu primo. Eu sempre fui muito antissocial, quieta, tímida,... Mas de todo jeito eu precisava sair aquela noite. Eu não aguentava mais ficar em casa.

Penso sempre coisas ruins, para que quando eu saio de casa o mundo me prove que nada é o que parece.

Tudo começou tão calmo, eu ficava no cantinho, somente observando tudo e pensando comigo mesma.

Era um dia muito frio. Me encapotei de casacos por isso. Um menino, que não me recordo o nome, me chamou de canto. Meio que "forçou" amizade comigo e depois pediu pra ficar comigo. Eu fiquei sem jeito, eu dei uma risadinha muito estranha e respondi: "Não, me desculpe. Não quero que fique triste, mas eu estou apaixonada por outro menino." , mas é claro que era somente uma desculpa pra escapar dele.

Exatamente desesseis minutos de minha chegada (Claro que muito antes desse tal menino vir forçar amizade comigo) um menino entrou na festa e eu somente fiquei o observando pelos cantos dos olhos enquanto ouvia música pelos fones de ouvido, afinal, somente pessoas antissociais carregam fones para festas, neste caso: eu.

Eu fiquei a festa toda olhando para esse tal garoto, de vez em quando havia uma troca de olhares. Imediatamente pedi o Facebook dele para meu primo. Eu mal esperava estar em casa para poder adicioná-lo e conversar com ele. A festa não estava tão legal pra eu querer ficar mais... Apenas queria ir pra casa e criar uma amizade (se possível) com ele.

Mais músicas iam tocando. Eu já nem ligava pra festa mais, eu queria somente ir embora, porém, parecia que o tempo não passava.

Finalmente minha tia foi nos buscar. Fiquei super aflita, coração preenchido,... Será que ia dar certo? Seríamos amigos?

Pois bem... No dia seguinte eu vi que ele me aceitou e fui logo dando Oii e sendo toda educadinha. Eu queria parecer perfeita.

Ficamos pouco tempo conversando, parecia mais que ele não queria falar comigo. De vez em quando me pegava dando Oi, mas nas poucas vezes, eu era ignorada.

Muita coisa aconteceu durante esse tempo todo até no começo deste ano (2014) ele vir me procurar. Era começo de verão, ele virou meu amigo, depois se tornou meu melhor amigo e irmão... Até que um dia nossas mentes se cruzaram, lembramos daquela festa e foi onde eu descobri que ele também gostava e gosta ainda de mim. Admiti o mesmo. Achei que seria bobagem de tentássemos, mas sempre fomos muito fiéis a Deus e relacionávamos tudo a ele até que tudo realmente acontecesse.

Talvez fosse muito fora de mim começar a falar de "putarias" com ele, mas depois que ficamos pela primeira vez, parece que meu beijo o deixou safado. Nossos assuntos pareciam ser maduros, eu admito que gostava disso, porque pelo menos ele não estava me ignorando.  Conversávamos coisas do tipo: "O que você faria se tivesse comigo agora?"; "Quantos filhos vamos ter?"; "Como nosso filho se chamará?". Mas essa historinha de filhos era bem depois de poluir nossas conversas com putarias, de vez em quando isso me cansava, mas eu fazia quase de tudo por atenção.

Ele entrou de férias. Eu ainda estava em aula, mas eu dei meus jeitinhos de conversar com ele. Levei o celular pra escola todos os dias, até que eu também entrasse de férias, enquanto isso lá estava eu trocando mensagens com ele no meio da aula, recreio,...

Eu sempre agradecia e pedia aos céus que tudo de bom nos cercasse, principalmente proteção e sorte. Sempre éramos fofos e legais, eu me preenchia com ele e ele se preenchia comigo, mesmo tendo alguns amigos obstáculos que tentavam me cantar, mas nunca caía na deles já que meu coração obtia dono.

Um amor complicadoOnde histórias criam vida. Descubra agora