Só um palmo adiante do nariz

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Só um palmo adiante do nariz

Tudo começou na época das cavernas
Desde aqueles tempos o homem já era o que era
Mesmo nos dias atuais, mesmo em outra  era
O homem só aprendeu a andar e a sua ignorância com ele rasteja

O homem demorou pra cruzar o oceano
Pensava que o mundo acabava depois do que estava avistando
Tinha medo quando uma estrela não brilhava
Imaginava que uma maldição se avizinhava

Ainda nos nossos dias acreditamos nas profecias
Não enxergamos um palmo a frente do nariz
Mas a soberba cresce a cada dia, criando raíz

O homem evoluiu diminuindo os seus dias
Uga uga dos tempos modernos, um ser com azia
Se alimenta com a modernidade e vomita com a barriga vazia

As cavernas são modernas, mas a postura não é correta
Ainda continuamos andando em filas sem olhar para os lados
Afundando a cada  dia e a postura longe de ser ereta

Jonas Luiz
São Paulo, 08/08/18

Uma nova fase poéticaOnde histórias criam vida. Descubra agora