Capítulo 16

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Meu celular tocou, olhei no identificador e vi que a ligação vinha de Michael. Presumi que ele estivesse no quarto de Maximinoff. E que havia descoberto alguma coisa. Atendi.

    — Diga Michael!

    — Preciso de uma informação de Red.

    — Não estou com Red agora, ele está no quarto, estou indo para a coletiva de Maximinoff.

    — Ele disse algo sobre as mensagens em latim?

    — De forma implícita sim. Elas entregavam a ação do assassino hoje, a vítima será a brasileira Helena.

    — Estou indo pra coletiva também acredito que sei quem é o nosso homem.

    — Sério? Quem é? — A conversa havia feito com que eu me esquecesse completamente da carteira no bolso do meu tailleur.

    — O próprio Audrius! Ele quer publicidade. Está usando as vítimas para atrair a mídia para o hotel e se auto promover.

    Michael estava pensando como Red. No final das contas os dois não eram tão diferentes. Red apenas assumia seu instinto psicopata enquanto Michael escondia-se sobre a máscara da justiça. Eram como Batman e Coringa,. Tão iguais, porém tão diferentes.

    — O que? — fiquei surpresa com a afirmação

    — Audrius é louco por publicidade, ele é o tipo de pessoa que faria de tudo para atrair a mídia. Encontrei dois funcionários mortos no quarto dele. Ele escreveu as frases em latim com sangue nas paredes. Após a coletiva ele irá matar Helena, Red estava certo.

    Quem diria Michael assumir que Red estava certo. Realmente ele deve ter se esforçado muito para isso. De qualquer forma precisávamos impedir que outro homicídio fosse cometido no Treasure, aquilo já estava tornando o hotel de temática piratas e corsários em um hotel de terror e Vegas não precisava disso.

    — Michael me encontre na entrada do salão onde será realizada a entrevista em dez minutos.

    — Ok! — desligamos a ligação e eu me encaminhei para o salão onde seria realizada a coletiva de imprensa para esperar Michael, meu coração palpitava, eu estava suando frio, estava incomodada.

    Cheguei até a entrada do salão, Michael ainda não estava lá. Comecei a ficar incomodada, preocupada com toda a situação, a coletiva começaria dali a dez minutos. Encostei-me a um dos pilares do hotel e coloquei as mãos no bolso do tailleur, senti a carteira que Red havia lançado para mim no quarto dele.

    Tirei a carteira do bolso, examinei, abri. Em um dos primeiros porta-cartão transparente da carteira vi um fio de cabelo ruivo que muito me intrigou, no porta-cartão seguinte havia um chumaço de cabelo que na mesma hora pude identificar, era o cabelo de Roberto Mendez. Então o assassino queria incriminá-lo.

    Continuei procurando por provas e vi algumas pequenas fotos das vítimas em um dos espaços. A última foto que vi quase fez com que eu tivesse um enfarte ali mesmo, eu vi a face do assassino. A pessoa que procuramos por tanto tempo e estava bem debaixo do meu nariz.

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