Meu nome é Capitão Nascimento e vou te falar uma coisa meu parceiro: o mundo do crime não compensa. E para provar isso eu simplesmente faço o meu trabalho, recuperando áreas dominadas por traficantes e coisas do tipo.
Dessa vez não se trata de um traficante, e sim de algo do tipo. Nossa central de inteligência recolheu informações contraditórias e preciso averiguar o recinto. Agora o bixo vai pegar meu parceiro - o BOPE tá na área!
— E então coronel Mathias, qual é a boa?
— Você vai invadir o Beco Diagonal com sua equipe e pegar os possíveis vendedores de cerveja de manteiga, acreditamos que é uma gíria para um novo tipo de entorpecente, misturado às bebidas alcoólicas. Também interceptamos as palavras "Pó de Flur" e "Hogwarts". Com relação à isso não sei o que dizer. É claro que pó de Flur deve ser cocaína e Hogwarts um tipo de quartel general. Enfim, reúna seus homens e parta imediatamente.
Desde que o BOPE foi comprado pelas forças armadas mundiais, tive que fazer esse tipo de investigação, mas tudo bem, continuo sendo o capitão Nascimento, e a nossa farda meu parceiro não é azul como a dos policiais, a nossa é preta!
Sempre tem um zé droguinha em tudo quanto é lugar, já dizia minha terapeuta Hermione. Nesse caso é um tal de Aquiles ou Alef, algo assim - Alec, pelo que vejo no documento. Após várias horas de viagem, eu e minha equipe chegamos até a estação que dá acesso - teoricamente - ao Beco Diagonal. Tudo que sabia era que a resposta deveria estar entre as plataformas 9 e 10, mas não conseguia ver nada de estranho.
Enfim, um pó surgiu do nada e acertou os meus olhos, e com isso consegui de alguma forma satânica ver dois mulekes ruivos atravessarem uma parede, logo após foi outro ruivo e em seguida uma garota. Também pude ver o tal de Harry Pika, maior traficante de pó de Flur dessa tal de Hogwarts... Logo, logo nos encontraremos.
Obviamente eu tive que tentar isso também e entrei com tudo à procura desse trafica. De início não entendi porra nenhuma — um monte de gente em uma outra estação com roupas do século passado? Tudo bem, meu trabalho continua... agora, espera, o que é isso? Peguei um cartaz que alertava sobre um tal de Lorde Valdemorth, enfim, isso deve ser trabalho para a inteligência. Preciso chamar a minha equi-
— Capitão Nascimento?
— Sim? Não pode ser, você é... É?
— Sim, Valdemorth! Já sabia de sua vinda e vim aqui para lhe avisar: Harry Pika é o maior traficante dessa escola e você precisa pará-lo.
— Mas você é que está sendo procurado por aqui! Chega, levante as mãos Valder, agora! - Aponto minha .40 pra cabeça dele. Ele sorri e desaparece dizendo:
— Depois não diga que não avisei, você agora é meu inimigo, Nascimento.
Depois disso, fui à procura de um bar para conhecer os fornecedores dessa tal de cerveja amanteigada. Chegando lá, encontro o barman que se alto intitulava MC Jorginho, percebi que estava em uma terra dominada por brasileiros, e brasileiro você sabe como é meu parceiro, é um bixo que não presta de natureza. Tenho que ter cuidado.
Nesse momento, Harry Potter - seu nome de batismo - entra no bar e pede três cervejas amanteigadas para ele e seus amigos (o muleke ruivo e a garota que vi entrarem pela plataforma mais cedo).
Harry não demonstrou perda dos sentidos nem nada do tipo, então acho que essa tal de cerveja não é o que pensávamos. Com apenas treze balas e sem como chamar meus parceiros, vou ter que dar uma de Sherlock e agir na cautela, então vamos lá. Muleke ruivo eu escolho você!
Do lado de fora do bar, o ruivo que acho que se chama Ronie disse que havia esquecido algo no bar. Aproveitei o momento e puxei ele para o Beco do lado do bar:
— Cadê o pó? Cadê o pó? - perguntei com toda minha gentileza aprendida no BOPE tá ligado meu parceiro?
— Não sei do que você tá falando!
Ele repetia isso diversas vezes até que eu decidi solta-lo.