Sr. e Sra. Queen

My baby shot me down part.2

[ Oliver ]

Eu detestava missões que envolvessem areia. Era a terceira missão que fazia em Israel, só que essa era completamente diferente. O que se passa na cabeça de alguém pra atacar pessoas inocentes? Não tinha nem como explicar, aliás eles eram terroristas, não tinha explicação pra isso. Já fazia duas horas que eu estava de baixo de um sol escaldante coberto por um chapéu ridículo, um óculos enorme e protetor pelo rosto, pelo menos minhas roupas eram agradáveis. Uma camiseta preta e um short jeans com uma jaqueta militar. Tommy que escolheu o chapéu ridículo com a desculpa de que ninguém conseguiria ver meu rosto. Realmente, nem eu estava conseguindo enxergar direito. A missão era o seguinte, eu só precisava explodir o primeiro carro do IRA e o resto era com Tommy e Diggle. 

- Porque esses infelizes então demorando tanto? - Tommy demorou alguns segundos para me responder.

- Eles estão parados no deserto e aparentemente estão conversando. Mas não dava pra conversar dentro do carro não? - Tommy bufou irritado.

- Já que as mocinhas vão demorar, vou aproveitar pra tirar a água do joelho. - Me virei de costas ignorando completamente os comentários idiotas dos meus parceiros e comecei a fazer xixi ali mesmo, naquela maldita areia que estava tão quente que dava a impressão até de que a qualquer momento meu xixi iria evaporar. Assim que terminei fui despertado por um Diggle nervoso. 

- Oliver tem alguém tentando rastrear você. - Diggle gritou alarmado e me mandou a localização de onde vinha o rastreador. Peguei meu binóculo e pude ver de longe uma cabana improvisada. - Oliver seja lá quem for, de um jeito agora. 

- Só tem um jeito de fazer isso. - Fui em direção ao meu carro e tirei a minha bazuca de lá de dentro que ficou quietinha esse tempo todo. Mirei na onde vinha a localização e mandei um tchauzinho, quem for que estivesse ali agora estaria com um caminho só de ida para o céu, ou talvez para o inferno. Por fim, atirei. O tiro era tão potente que me fez até tombar um pouco pra trás. Sorri satisfeito ao ver aquela cabana completamente destruída. 

- Problema resolvido. - Disse convencido. Mas recebi apenas silêncio em troca.
- Oliver seu animal, você chamou a atenção do IRA e agora eles estão dando meia volta. - Diggle estava alterado e eu estava na merda. - Pra piorar descobriram Tommy. Vai logo ajudar ele. - Diggle gritou e sem nem pensar duas vezes fiz o que ele pediu. 

Alcancei minha picape que estava a poucos metros de mim e adentrei a mesma jogando a bazuca no banco de trás. Dirigi mais que depressa, avistei um Tommy cercado de apenas um carro, ele estava abaixado escondido atrás do seu Jeep e trocava tiros. Os outros carros já tinham se mandado, eles sabiam que seria necessário apenas um pra pegar quem é que estivesse ali pra estragar os planos deles. Tommy estava encurralado, 6 terroristas com umas roupas bizarras metralhavam o carro e gritavam em uma língua que eu nunca nem vi. Eu já tinha estragado tudo mesmo, então eu só tinha duas opções, ou explodia eles ou eles explodiam meu amigo. Não pensei duas vezes antes de tirar a bazuca do carro mirar e dar mais um tiro.

 Tommy olhou para onde tinha saído o barulho e respirou aliviado ao me ver. Só depois disso que fui notar que ele estava puxando alguém do seu carro que estava completamente destruído.

- Anda babaca. -foi só isso que ele disse antes de colocar uma arma nas costas de seja lá quem fosse. Me aproximei deles e meu olhar curioso me entregou. 

- Eu consegui capturar esse mane aqui, e ele não para de dizer que é inocente e que o IRA o sequestrou porque ele é muito inteligente e eles precisavam de alguém inteligente. E mais um monte de blá blá blá.- Tommy explicou sem muita paciência. 

- Qual é seu nome? - Perguntei o segurando pela garganta e o levantando. Ele era tão magrinho, se bobeasse ate mais leve que Felicity. Ele se debateu desesperadamente e aquilo me fez rir.

- B...a..rr..y. - Ele disse com certa dificuldade e por fim o soltei. O encarei com um olhar de ódio e ele engoliu a seco antes de falar novamente. 

- Barry Allen, eu sou apenas um policial, trabalho como forense e eu vim para Israel em uma viagem de puro conhecimento, mas não sabia que eles iriam me sequestrar. Faz três meses que fui pego e todos esses meses eu fui obrigado a ajudá-los de alguma forma, hoje seria o último dia que eu os ajudaria e provavelmente eu seria executado... então, obrigado por me salvarem?

Ele sorriu de orelha a orelha, Tommy e eu nos entreolhamos e caímos em uma bela gargalhada. - Nós te salvamos? - Dissemos em couro antes de o encarar seriamente, percebemos que o garoto engoliu em seco ao ver que estava completamente ferrado.

- Eu posso provar que sou inocente. - Ele gritou em meio ao desespero e tateou os bolsos com certa pressa, olhei para Tommy e assenti para que ele atirasse caso o palito de fósforo tentasse alguma gracinha. -  Aqui, vejam, são meus documentos, seja lá quem for vocês, é só vocês procurarem na internet, vocês vão ver que não estou mentindo.  

Olhei para Barry e arranquei os documentos de sua mão, analisei um por um e tirei fotos de cada um deles antes de enviar para Diggle. - Jhon, quero que você verifique se esse cara é realmente quem ele diz que é. - Diggle concordou e disse que retornaria em alguns minutos.

- Enquanto isso Sr. Allen...- Disse em tom de deboche, já que não sabia se esse realmente era o nome dele.- Você vai nos dizer como pegar aqueles desgraçados e mata-lós. 

Ele estava pronto para começar a falar quando a voz de Diggle ecoou em meu comunicador. - Oliver, o nome dele é Barry Allen, ele realmente é um cientista forense que trabalha no departamento policial de Central City. E aqui na ficha dele consta que esta desaparecido a três meses, a última vez que foi visto ele embarcava em um avião para aproveitar as férias, depois disso não tem mais nenhuma noticia. 

- Okay Dig, obrigado. - Olhei para Barry e suspirei fundo. - Vamos fazer o seguinte, você me ajuda a matar aqueles desgraçados e nós ajudamos você a voltar para Central City com vida. Que tal, temos um trato? -  Estendi a mão e esperava que Barry fosse hesitar, mas pelo contrário o rapaz apressou em apertar minha mão.

- Sim, temos um trato.