Capitulo Quatro - Jess is not feeling well.

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Jéssica POV

- Onde estavam? Está quase na hora. – Chris perguntou franzindo a testa assim que Jéssica e John se aproximaram do grupo sentado na areia branca da praia.

- Me esbarrei com uma gata. – John sorriu sentando ao lado de Harry que tinha uma Brennan sonolenta entre suas pernas.

- Fui ao banheiro. – Jess respondeu contra vontade, reprimindo toda vontade de estapear o irmão. Porque diabos ele estava a atacando de forma tão descarada? O que ele pretendia com isso? A enlouquecer? Essa era uma de muitas perguntas que não saiam da cabeça de Jess, o irmão sempre fez brincadeiras obscenas com ela falando de seu corpo quando as mudanças de garota para mulher começaram, mas nunca passou de brincadeiras e alfinetadas, pelo menos até o último verão, no qual John vinha avançando o sinal aos poucos e só naquele momento Jess percebeu.

O primeiro dia do verão antes de John ir para casa dos avós maternos ele havia carregado Jéssica até o andar de baixo quando a mesma demorou para descer por pura pirraça de não querer ir aos Hamptons, no caminho Johnathan pousou a mão na bunda dela e a mesma fez um escândalo por isso, porém não obteve nada mais que um riso abafado dele e um tapa descarado em sua bunda.

- Quem era a gata? – Perguntou Leo.

- Não perguntei o nome. – Piscou Jonathan.

- Mais rápido que ele só a Chris. – Harry riu e recebeu um olhar reprovador de Leo que entendeu a piada na hora. – Opa! Cedo demais, me desculpa.

Adam olhou para Jess que ainda estava em pé e sorriu indicando o espaço vago ao seu lado na areia, mas antes que a mesma pudesse dá qualquer resposta ou algum passo, John a puxou pela mão fazendo-a cair em seu colo.

- Ficou maluco de vez? – Resmungou ela se mexendo em uma tentativa falha de sair de perto dele.

- Não, mas se você continuar se mexendo assim, eu vou ficar em pouco tempo. – Ele inclinou a cabeça para mais perto do ouvido dela e sussurrou, logo depois se afastou sorrindo.

- Eu realmente odeio você. – Jess saiu do colo dele e sentou-se ao seu lado cruzando as pernas.

- Brigando de novo? – Christian perguntou negando com a cabeça.

-Calem a boca, nossa tradição é em silêncio que eu me lembre. – Chris resmungou e todos se voltaram para frente olhando para o sol que se despedia.

Eles não demoraram muito na praia, assim que o sol se pôs, jogaram conversa fora e se levantaram caminhando de volta a suas casas, Jess foi o caminho todo tendo sua conversa com Adam interrompida por John e Christian que pareciam dispostos a colocar sua paciência a prova. Então sem nenhum vestígio de paz no corpo, Jess andou na frente quando sobraram apenas os melhores amigos que trocavam aparentes confidências, já que sussurram o mais baixo que podiam para que não fossem ouvidos pela garota.

- Tchau Jess – Ouviu Christian dizer assim que passou pelo jardim da casa e subiu as escadas brancas em direção à porta de entrada. Sem olhar para trás, ela apenas levantou o braço acenando e entrou em casa, não havia nenhum barulho do lado de dentro, subiu as escadas rumo ao quarto e viu que a porta do quarto dos pais estava fechada com a luz apagada, o que significa que eles já estavam dormindo, suspirando Jess alcançou a maçaneta do quarto, mas assim que a girou abrindo a porta foi empurrada para dentro e sua boca foi tapada por uma mão grande e a mesma se debateu em sinal de alerta.

-Calma, sou eu. – John disse ao pé do seu ouvido e ela apesar de irritada se acalmou e pôde ouvir o mesmo fechar a porta. – Boa garota, princesinha. – A mão livre dele deslizou para cintura dela e a mesma se mexeu tentando se afastar. – Baby, não se mexa tanto, está praticamente colada a mim. – Jess parou na mesma hora ao sentir algo que não gostaria de ter sentido crescendo dentro da calça do irmão. – Sua respiração está desregulada, algum problema? – Ele sussurrou ainda mais perto do ouvido e pescoço dela, involuntariamente seu corpo reagiu se arrepiando bem ali diante dos olhos dele e ela fechou olhos com raiva por não poder controlar aquele tipo de coisa, sentiu a mão dele livrando sua boca enquanto a outra afastava o cabelo dela do pescoço, podia gritar para ele sair e chamar a atenção dos pais podia empurra-lo para fora aos berros, mas seu corpo estava quente, seu coração descompassado e o hálito dele batendo em seu pescoço cada vez mais perto estava a alucinando de forma perigosa e imprópria.

John percebeu e Jess não queria e não poderia fazer mais nada para impedir aquele contato, ela mesma ansiava por aquilo, os olhos fechados, os lábios entreabertos e a respiração irregular a denunciava, não sabia por que estava se entregando a algo tão pecaminoso, não que seguisse a bíblia tão fielmente, ninguém em WalletWood seguia, mas incesto era algo chocante demais até mesmo para ela.

- Jéssica? – A voz da mãe foi se ouvida do outro lado da porta o que fez os irmãos olharem na direção da mesma, a maçaneta começou a ser virada e então John olhou para ela.

- Se inclina. – Disse baixo.

- O que? – Perguntou confusa com a respiração ainda ofegante.

-Se inclina! – Falou ele mais firme, então ela se inclinou e ele passou um dos braços dela por seu ombro.

- Johnathan? O que está fazendo aqui? – Katrina perguntou assim que entrou e avistou os dois filhos.

- A Jess não está se sentindo bem, deve ser algo que comeu no píer. – Ele disse 'ajudando' a irmã a caminhar em direção a cama king de cobertas claras.

-Jéssica, não deveria está de volta a dieta? – A mãe a cesurou.

- Eu voltei, só comi um pãozinho. – Jess respondeu se sentindo ainda perdida, não estava focando muito na conversa que ocorria ali, estava mais preocupada em quase ter deixado as coisas com o próprio irmão irem além do que deveria. Por estar tão distraída não percebeu quando Katrina saiu levando John e seus próprios resmungos porta a fora.

- Boa noite, princesinha. – Conseguiu ouvir a voz de John pela porta e logo se voltou à realidade, obrigou-se a andar até o banheiro do quarto e se jogou em uma ducha fria, mas não sem antes trancar a porta, não sabia o que a levou a se entregar daquele jeito sem pensar no quão errado aquilo era, mas até resolver, era assim que manteria a sua porta, trancada e faria o mesmo com aquilo tudo, seria apenas seu segredo o que era ruim, pois era algo que se precisava de uma segunda opinião confiável, mas o pensamento logo foi descartado só de imaginar todo discurso sobre o quanto tudo aquilo era errado, ela já sabia disso, precisava da solução, de ajuda para não fazer coisa pior, já que seu corpo implorava para que ela fizesse.

- Merda! O que diabos está acontecendo comigo? – Se perguntou saindo do Box e se enrolando na toalha, parou em frente ao grande espelho do closet depois de atravessar o quarto até o outro lado e se olhou atentamente, flashes do momento proibido invadiram sua mente e ela sentiu sua intimidade começar a reagir. – Merda, merda, merda, mil vezes merda!

Doce PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora