Até que a morte no separe

Prólogo

Eu estava conversando com a tia Sandra quando um barulho agudo nos chamou a atenção. Nos viramos na direção de onde vinha o som e me surpreendi ao ver Alex com uma taça na mão.

A festa foi preparada por nossos amigos para comemorar a compra da casa dos nossos sonhos. Todos os convidados estavam espalhados pelo jardim.

Percebi Alex começar a tremer quando recebeu a atenção de todos, o que me fez sorrir.

- Com licença. – ele disse. – Gostaria de agradecer a presença de todos vocês neste dia importante.

Ele sorriu e todos sorriram também. Como sempre acontecia. Era impossível não sorrir com Alex, sua felicidade sempre foi contagiante.

- Katherine, poderia vir até aqui?

Confirmei com a cabeça e caminhei lentamente até ele.

- Bem, todos sabem o quanto a Kate me faz feliz. Afinal, quando estou com ela é notável que o sorriso não se desfaz em nenhum momento.

Senti meu rosto corar.

- Kate, - ele se virou para mim. – Você tem me feito o homem mais feliz deste mundo. E eu tenho certeza de que quero passar o resto da minha vida com você. Passamos por muitas coisas juntos e isso nos fortaleceu. Agora, com a nossa própria casa e tantas outras coisas que conquistamos, não há mais dúvidas. Na verdade, nunca houve

Olhei para minha mãe que estava chorando e só então percebi que também estava chorando. Meu coração estava acelerado, e eu tinha medo de Alex pudesse ouvir as batidas que estavam tão altas. Naquela altura eu já tinha percebido o que estava acontecendo.

- Katherine Evans você aceita se tornar minha esposa?

Todos começaram a aplaudir o que fez com que mais lágrimas caíssem. Olhei para os olhos de Alex que esperavam por uma resposta ansiosamente. Suas mãos procuraram as minhas e pude sentir que ainda tremiam. Percebi que não conseguiria falar então apenas confirmei com a cabeça. Ele rapidamente se levantou e me abraçou tirando meu corpo do chão.

- Eu te amo. – ele sussurrou no meu ouvido.

- Eu também.

Em seguida ele levou a mão até o bolso de onde tirou uma caixinha aveludada, ao abrir pude ver duas alianças douradas. Ele retirou uma e colocou em meu dedo. Em seguida peguei outra e coloquei em seu dedo.

De repente confetes foram lançados no ar e todos se aproximaram para nos cumprimentar e desejar felicidades. No meio da multidão procurei por minha mãe que tentava desesperadamente se aproximar de mim mas a multidão de pessoas a impedia. Ri da cena e pedi licença para que a deixassem passar.

- Minha filhinha, eu te desejo toda a felicidade do mundo! – ela disse chorando e em seguida me puxou para um abraço – Eu te amo muito.

- Mãe, não me faça chorar de novo! – retribuí o abraço. – Eu te amo muito mais.

- É bom você cuidar muito bem da minha filha. – ouvi a voz grossa do meu pai. Ele forçava uma cara de mau, e caso alguém que não o conhece visse a cena poderia pensar que a situação era muito grave, mas nós sabíamos que aquilo não passava de encenação. – Felicidades Alex!

- Obrigado! – Alex sorriu abertamente o abraçando em seguida. – Eu vou cuidar dela com a minha vida.