... 3 Horas e 30 minutos ...
Começamos a explorar a floresta depois de descansar um pouco, Henry e eu tínhamos planejado uma rota que passa por alguns locais bem peculiares e parecia que eram totalmente distintos do bioma atual, ao decorrer da caminhada eu percebia que Joyce ficava meio desinteressada com a paisagem e começava a me encarar sinceramente eu não a entendia, então eu fui falar com ela, já que Henry e eu estávamos um pouco a frente com o mapa.
— Ei Joyce, por que você fica me encarando de vez em quando?
— Annnn!?!? E-eu não fico te encarando... — Falou olhando para o lado contrário e começou a mexer no cabelo.
— Sério, as vezes eu não te entendo mesmo, mas de qualquer forma você anda meio distraída, cuidado! — Exclamei olhando-a diretamente, então ela vira para minha direção e nossos olhos se encontram, eu percebo que ela ficou toda corada, então pergunto.
— Ei, você tá bem?
- Tô! Agora vê lá se o Henry tá se virando bem!!! — Falou ela com um tom de voz bem agressivo.
Continuamos a caminhar até chegarmos em local próximo a mina abandonada e então Henry olhou para mim com uma cara já conhecida, que diz tudo o que ele queria fazer naquele momento, que era se afastar daquele local, mas Joyce insiste em ir para a mina e continua seguindo caminho, porém eu tento impedi-lá falando que já estava quase na hora de ir e ... 1 hora ... Logo após recobrar a consciência eu olho para os lados e vejo que todos tinham sumido, mesmo ainda sendo 16 horas parecia ser noite, eu então senti uma energia e comecei a procura-lá, eu vi um rastro negro que parecia querer me guiar para algum lugar... Eu segui essa coisa, porém não estava gostando da situação, meu corpo tentava me dizer para parar e tentar achar outro caminho, mas alguma coisa dentro de mim falava para eu continuar. Mal me decidi direito e me encontro na entrada da mina abandonada de (...), eu inconscientemente entrei, tudo estava escuro de repente, eu só seguia em frente, até que vi uma luz... Eu corri e corri até chegar perto, era uma caixa onde estava coberto por um pouco de poeira, eu tirei a poeira e vi algo escrito na placa metálica na parte frontal da caixa. Tinha escrito:
Os males da humanidade (...)
Então, antes de eu deixa-lá onde estava, escutei uma voz de um homem que repetia a mesma palavra repetidas vezes...
Morte...
Morte...
Morte...
Eu não conseguia me mexer, mas repentinamente meu corpo começa a se mover involuntariamente eu não estava entendendo nada, mas a cada centímetro que minhas mãos chegavam próximo daquela caixa, mais eu sentia minha mente cair em um poço sem fim, eu estava ficando totalmente desesperado quando minhas mãos chegaram nas trancas de prata da caixa. A luz regressa e eu me deparo novamente em um lugar escuro e úmido. Eu tento dar alguns passos e vejo que meus pés estão acorrentados, logo após eu me viro e vejo uma grande sombra se aproximando e quanto mais ela se aproximava mais eu ficava fraco e sentia que já estava em meus últimos suspiros ... 5 ... cada lembrança ... 4 ... cada sentimento ... 3 .... cada problema ... 2 ... estavam sendo consumidos ... 1 ... pelas sombras...
--:-- Na floresta de (...)
- Vai logo PORRA, mais de pressa ele tá muito mal!!!
- Eu tô no meu máximo, CARALHO!!! ALI!!! JÁ CONSIGO VER!!!
Eu não sentia minhas pernas, meus braços, minha voz não queria sair e uma coisa foi confinada dentro de mim, alguma coisa que eu já tinha visto, mas só em cativeiro...
25 de janeiro de 2015, 05:00 horas
Eu acordo...
A primeira coisa que vejo, é um teto estranho...
A primeira pessoa que vejo, é minha mãe como eu nunca tinha visto...
A primeira coisa que sinto, é simplesmente nada...
.
.
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— Pelo visto não aconteceu nada de grave, ele só bateu a cabeça muito forte, mas não vejo nem uma irregularidade no raio-x. Só vou passar uma receita para enxaqueca e um analgésico para dar alta.
* O medico então sai da sala *
— Então querido, ouviu o que o medico disse, está tudo bem. — Minha mãe fala com um sorriso mas é algo tão falso que... Não senti nada...
— Filhão você tem que prestar mais atenção quando anda na floresta, olha o susto que nos deu. — Falou meu pai com uma cara de preocupação, mas parecia que era algo mais sério que só um "susto".
— Vamos logo pra casa... — Então me enrolei no lençol da cama do hospital.
Alguns minutos depois me deram alta e eu fui para casa, no caminho de casa eu já não conseguia ver o dia como eu sempre via, era como se tudo tivesse defeitos, problemas que não tem resolução, são coisas que eu nunca imaginaria que perceberia na minha vida... Vejo isso quando olho para meus pais e só consigo ver o medo e preocupação no rosto deles, vejo que a expressão não condiz com a situação...
Chego em casa e vou direto para meu quarto, chegando lá tiro os tênis e os jogo em qualquer canto, vejo meu quarto arrumado como sempre deixo, mas sinceramente percebo agora que é inútil isso, pois sei que eventualmente ele irá ficar ao avesso, pego o celular e me deito na cama, olho o whatsapp e vejo as mensagens dos colegas da escola. Patético essas pessoas, sinceramente eu realmente não entendo por que se preocupar com alguém que não tem nem uma relação direta em sua vida, então vejo as mensagens de Henry.
Henry: Ei cara, você bateu a cabeça muito forte, você tá bem?
(...): Ah, eu tô bem sim, mas sinceramente eu estou sentindo algo estranho, mas não um problema em meu corpo em si... — Respondi, mas queria ter apagado tudo e ter dito algumas palavras que não são muito adequadas.
Henry: Hm... Melhore logo, quero mostrar minhas anotações sobre aquele local.(...): Tá, eu tenho que ir agora depois a gente se fala... — Respondi para não ter que ficar falando com ele.
Coloco o ante-braço na cabeça e fico um tempo em silêncio, mas logo é interrompido por uma mensagem da Joyce.
Joyce: Ei seu idiota vc tá bem?
(...): Ah, tô sim, mas com um pouco de dor de cabeça. - Respondi, mas estava sem nem um interesse em continuar uma conversa.
Joyce: Eu tava preocupada com vc, sério pensei que vc n ia acordar, vc tava gelado e quase sem pulso.
(...): Eu tenho que ir... Tô cansado, depois a gente se fala. - Respondi encerrando a conversa.
Joyce: Tá mas eu vou aí pela tarde.
Droga, ela vai vir aqui só pra encher o saco, essa vadia!
An...? Espera o que eu acabei de pensar? Ela é minha amiga só quer saber se eu estou bem... O que esta acontecendo. Comigo?!?!.
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A Maldição da Melancolia
CasualeRés a lenda que em uma cidade em ilhada no meio de um país, cuja localização é totalmente desconhecida, vivia um jovem que teve seus dias contados por uma maldição que acordou depois que o jovem sem nome foi explorar uma mina abandonada com seus ami...