Quando a magia se revela

Parte cinco - A fada e o anjo

Uma semana depois, eu já estava mais tranquila. De alguma forma, algum guarda achou o corpo de minha cadelinha, e nós a enterramos com muito carinho numa cova que, tentei deixar a mais florida possível. Eu havia chorado muito, mas já havia me conformado, pois Madame Pompom já estava muito velhinha e vivia doente. Coitadinha...

Mas, o mais impressionante nesta semana que se passou, foi que, ainda não conseguia me esquecer do garoto dos cabelos brancos. Ainda não consegui descobrir quem ele é, ou, o que ele quer, mas alguma coisa me dizia que eu o veria novamente.

Eu estava sentada na rede da varanda, quando ouvi um barulho na mata. Olhei de relance, mas como estava muito concentrada no livro, não dei muita atenção. O barulho então voltou. Agora sim foi estranho. Fechei o livro e apurei os ouvidos. Nada. Me levantei e desci as escadas da varanda, indo na direção da mata, então mais uma vez um barulho. dessa vez, ouvi um barulho de árvore sendo partida.

Meu coração começou a bater mais forte e a adrenalina a tomar conta de meu corpo. Foi quando vi um forte clarão, seguido de um estrondo mais forte, e alguma coisa passou voando sobre mim, muito rápido, não sei o que era, mas foi muito veloz.

Eu estava assustada, minhas pernas queriam voltar para minha casa, mas meu cérebro parecia querer ver o que estava acontecendo. Foi quando o vulto voltou para a floresta e então os estouros começaram a ribombar novamente. E estavam chegando mais perto, mais perto e mais perto. Neste instante, minhas pernas pareceram ter ganhado a disputa com o meu cérebro, e então, corri para dentro de casa.

Quando estava quase nas escadas, pude ver... UMA FADA!

Sim. Uma fada! Ela, nem era pequenina como nas histórias, mas sim, do meu tamanho, com asas de borboleta vermelha, e logo atrás dela, um anjo? Sim! Acho que era um anjo, com seus cabelos brancos...

Ai meu Deus! Era o garoto de cabelos brancos! 

Os dois voaram para a parte de trás da minha casa, e então eu corri para dentro, subi as escadas que levavam ao meu quarto e olhei pela janela.

Os dois estavam brigando... É, acho que estavam brigando, e eu apenas assistia a cena, quando a fada lançou com um tipo de arco e flecha imaginário, uma flecha de luz no anjo, que por segundos não o atingiu, pois ele bloqueou o ataque e eu recuei até cair sentada em minha cama, maravilhada com a cena fantástica que eu estava presenciando.