Assim estivemos durante muito tempo, não nos importávamos com mais nada naquele momento, adorávamos beijarmo-nos, o momento era simplesmente perfeito para nós. Depois daquele beijo continuamos a conversar até que adormecemos juntos. Pedíamos para que este momento não acabasse, tínhamos medo só de pensar que amanhã seria um novo dia e que tínhamos de voltar à realidade, fora daquele quarto, fora daquelas quatro paredes. O que se passaria se decidíssemos ficar juntos? O que pensariam as outras pessoas?
A mim não me interessava o que a minha família pense a esse respeito, mas Ross pensava de maneira diferente. Os seus pais sempre o aconselharam a procurar a mulher adequada mas sempre sendo da mesma classe. Por isso não teve problema ao ter uma relação com Ashley, ela era da mesma classe social do que ele, por isso não o impediram de nada. Mas o que aconteceria comigo? Se ele desejar algum dia ter uma relação comigo, como é que os seus pais reagirão? Ele não se devia importar com isso, já é maior de idade e pode fazer o que quiser.
Eram nove da manhã do dia seguinte e ainda estávamos a dormir. Ross despertou primeiro, sentiu a presença de alguém ao seu lado, um belo sorriso saiu do seu rosto quando me viu ao seu lado, olhou para as horas, já era tarde e eu não acordava, tinha que trabalhar mas ele não me queria acordar. Decidiu não me acordar, pois acordar umas horas mais tarde não ia fazer mal a ninguém. Lentamente acariciou-me tentando não me acordar mas foi inútil, comecei a mexer-me e abri os olhos lentamente.
- Bom dia – disse sorrindo.
- Bom dia – respondi.
- Como dormiste?
- Muito bem e tu?
- Bem – respondeu simpaticamente.
- Sentes-te melhor?
- Sim, já estou como novo.
- Que horas são?
- Ah… – Olhou para o relógio – São 9:10.
- O quê? – Gritei, rapidamente me levantei da cama.
- Hey, hey – deteve-me agarrando-me no braço – Onde vais?
- Trabalhar, devia ter-me levantado às 8:00 e dormi uma hora a mais.
- E o que é que tem?
Ia-lhe responder mas não sabia o que lhe dizer. O que tinha de mal levantar-me tarde? Se os pais de Ross não estavam não havia ninguém que me pudesse repreender.
- Acho que nada – disse duvidosa.
- Então volta para a cama – sorriu ternamente.
Depois de termos passado o dia todo juntos, Ross ajudou-me nas coisas da casa, já se sentia muito melhor. Partilhamos sorrisos, conversas e muitos daqueles beijos que pedíamos que fossem infinitos.
- Nunca pensei que tivesses tão bom humor – disse a Ross enquanto ele me deixava à entrada do meu quarto.
- Há coisas que tu ainda não sabes sobre mim – sorriu agarrando-me delicadamente na cintura para me atrair contra si e dar-me um terno beijo – Vou deixar-te descansar.
- Sim, obrigada. Vai fazer o mesmo, trabalhamos muito hoje.
- Sim – sorriu – Até amanhã – deu um curto beijo nos meus lábios para se despedir.
Vesti o pijama e deitei-me na cama. Poderá haver algo entre mim e Ross? Bom, se eu não o posso dizer, o destino vai ser encarregado de dizê-lo. Amanhã tinha de voltar tudo à normalidade, já não nos podíamos beijar onde quiséssemos por causa dos seus pais.
Um novo dia estava em frente aos meus olhos, um dia onde teria várias surpresas que não estava à espera. Levantei-me preguiçosamente da cama para tomar um duche, o dia estava perfeito para ir dar um passeio mas sabia que era impossível, hoje chegavam os donos da casa e tinha muito trabalho. Saí embrulhada numa toalha para depois vestir alguma coisa cómoda. Ao estar completamente pronta saí do meu quarto, do qual tinha que deixar para mudar-me novamente para minha casa.
- Chegaste cedo, Glória – disse à mulher que se encontrava a picar cebolas.
- Sim, temos de ter tudo pronto para quando chegarem.
- Exato – respondi.
- Bom, vou varrer o pátio, há folhas por todo o lado.
Saí da cozinha para ir buscar uma vassoura e começar a varrer a quantidade enorme de folhas que havia no pátio, ao longe estava o jardineiro que podava as árvores. Hoje todos tínhamos muito trabalho. Passado um bocado de estar a varrer um carro preto estacionou no jardim, obviamente era Dallas quem chegava. Vi como este saiu do carro, olhou-me de revés. Estaria chateado?
- Levantaste-te cedo hoje – disse para Dallas, quem chegou ao pé de mim e me cumprimentou com um beijo na cara.
- Pois, a pequena tem de ir para o colégio.
- Ainda está a dormir e falta uma hora para que acorde – avisei.
- Sim eu sei mas não conseguia dormir.
- E porquê? – Perguntei.
- Há uma pessoa que não me deixa dormir, a minha cabeça só pensa nela.
- E quem é essa pessoa? – Perguntei curiosa.
- Não é difícil de adivinhar – sorriu – Tu – fez uma leve pausa – Tu és quem não me sai dos pensamentos, Sara.
- Dallas, acho… Acho que já tínhamos falado disto.
- Sim, Sara – agarrou nas minhas mãos – Mas não me vou dar por vencido, quando quero alguma coisa luto até ao fim para consegui-lo – depois disto deu-me um beijo na testa – Vou cumprimentar a Glória.
Voltaram os problemas e as confusões. Porquê que nada podia ser perfeito? Porquê que os sentimentos eram assim? O que menos queria era fazer Dallas sofrer, fazer sofrer as pessoas era algo totalmente inadequado para mim, mas o que podia fazer? Não posso ter uma relação com ele se não o amo. Porquê que o amor é tão complicado?
Olá! Gostava de vos pedir, mais uma vez, para darem uma vista de olhos na fanfic da @SaraR5, "Princess of the Mafia", que é fantástica e eu tenho a certeza de que vão adorar :)
Se fizerem isso talvez publique mais uns capítulos hoje, mas só mais logo porque é hoje que eu finalmente ganhei coragem e vou escrever o capítulo gigante de Danger que me espera...
Obrigada por lerem, comentarem e votarem. Até logo <3
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Just a Maid
FanficSara é uma rapariga de 18 anos, humilde, de bom coração que decide trabalhar numa casa de ricos, a casa dos Lynch, uma família que se deixa levar pela arrogância, pelas aparências e pela ambição. Jamais pensou que trabalhar numa casa como esta seria...