CAPÍTULO ONZE

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Alice.   

Meu Deus, foi muito engraçado sabe que Nicole estava batendo em George, tipo, ele bem que mereceu. Pra que esconder da mãe? A mãe dele é tão gente boa, tão aberta com ele. Bom, todas as nossas mães são abertas com todos nós, são maravilhosas demais.

— Quer me contar alguma coisa também, Alice? – minha mãe me perguntou.

— Oi? Tipo o que?

— Não se faz de besta, garota. Tu sabe que teu pai também vai vim falar contigo, não é? Então é melhor você falar logo comigo.

— Mas eu não fiz nada, mãe, que isso.

— Então tu não tá fumando?

— Não. Quer dizer, só uma vez.

— Só uma vez, Alice?

— Só uma vez, mãe, só aconteceu uma vez, meu Deus.

— Por que você está tão nervosa? Diz aí... já aconteceu algo a mais que isso?

— Não, ué. E não estou nervosa.

— Bom, enfim... vai lavar os pratos.

— Mãe, eu já arrumei toda a casa, o que custa a senhora lavar os pratos?

— Custa o meu tempo, querida, e vai logo lavar. Não faz nada da vida e só reclama.

Me levantei do sofá e fui para a cozinha, mas antes de lavar os pratos eu conversei com o George, enviei as fotos que minha mãe tinha me mandado e ele falou uma coisa que fiquei sem reação. Como assim ele tem uma queda por mim? Meu coração disparou, mas a conversa continuou numa boa.

Termino de lavar os pratos e volto para a sala assistir.

Faltar colégio, ficar sem o que fazer, é a coisa mais chata do mundo. Mas é muito bom poder voltar logo, já, já estou de voltar ao colégio e fico muito feliz com isso. Não quero nem contato com aquelas garotas, prefiro ficar na minha como sempre fiquei, nem olhar para a cara delas eu vou.

Fiquei mexendo no meu celular enquanto ficava sentada no sofá, eu quero tanto ter alguma coisa para fazer, parece que o dia não acaba. Tudo bem, eu não terminei a atividade que o George trouxe a 2h atrás, mas eu posso termina depois, quando eu não tive entediada.

— Alice, você que ir para a loja comigo e Lorenzo? – perguntou minha mãe ao descer as escadas.

— Não, prefiro ficar aqui em casa mesmo.

— Tem certeza? Depois de lá amos para a pizzaria.

— Tá tudo bem, traz pizza pra mim.

— Não mesmo, estou lhe chamando.

— Nossa, mãe, pelo menos uma fatia.

— Vou pensar em teu caso. – ela entrou na cozinha.

Meu celular começou a vibrar e pensei que era George mandando mensagem, mas não era.

Pablo: Oi, e aí.

Eu: Oi, moreno. E aí?

Pablo: Que isso, fico mal-acostumado.

Eu: Para disso, kkkk.

Pablo: Tá fazendo algo além de nada?

Eu: Pior que não estou fazendo nada mesmo.

Pablo: Que bom então, vamos dar um rolê?

Eu: Rolê? Aonde?

Pablo: Não sei, aonde tu quiser.

Pablo: Mas vamos no shopping primeiro. Comer algo, assistir um filme talvez, não sei.

FILHOS DO MORRO (GDDM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora