Quase três horas depois, Joohyun esperava os familiares do senhor, que mais tarde conseguiu lembrar seu nome. Seu Jorge já estava melhor, e mesmo que tenha recebido recomendação médica para que passasse a noite ali, estava ansioso querendo ir para casa. Graças a uma enfermeira que era vizinha do idoso, Irene descobriu que ele estava lidando com o mal de Alzheimer. As vezes pela manhã esquecia que estava em sua própria casa e saia andando pela cidade. Infelizmente existem pessoas como o homem que o agrediu, pessoas insensíveis e preconceituosas que não tem compreensão e nem respeito por pessoas de maior idade.
Uma mulher que aparentava ter uns 40 anos entrou correndo no hospital com feições de quem procurava por alguém. Joohyun se levantou, podia ser familiar do seu Jorge.
— Com licença, você sabe onde é a ala de identificação? Perguntou a mais velha.Joohyun reconheceu sua voz do telefone. Era a filha de Jorge.
— Você é Raquel? Eu sou a Joohyun, falei com você mais cedo no telefone.O senhor Jorge está ali na ala de recuperação, ansioso para ir pra casa.
Irene levou a moça até onde seu pai estava, e ficou aguardando fora da sala. Depois de tudo resolvido, Raquel agradeceu muito a Joohyun.
— Não precisa me agradecer. Seu Jorge é um senhor muito gentil.
Depois de insistir com o mais velho para que ele passasse a noite ali sendo monitorado, sua filha fez sinal para que Joohyun fosse com ela até a porta. A menina se despediu do mais velho, que já parecia sonolento.
— Vou deixar ele descansar hoje. Mais uma vez te agradeço por ter ajudado meu pai. Não consigo imaginar o que teria acontecido se você não tivesse parado a agressão. Você é uma menina muito boa. Vou em casa pegar algumas coisas para passar a noite aqui com ele, você aceita uma carona? Seus pais devem estar preocupados.Então Joohyun caiu em si e lembrou que já era noite. Hoje é o único dia da semana que tem a oportunidade de jantar com seus pais, pelo horário de trabalho dos mesmos. E SEULGI. IRENE ESQUECEU COMPLETAMENTE DE LIGAR PARA SEULGI. Imediatamente pediu licença e foi até o banheiro. pegou o celular na bolsa e viu cinco chamadas da amiga. Discou seu número e logo foi atendida.
//// Ligação////
— Seulgi? Ai meu deus seulgi me desculpa por não ter aparecido. Eu estava indo até o cinema e vi uma cena de agressão. Consegui levar a pessoa pro hospital, mas fiquei tão preocupada que esqueci de te avisar. Me desculpa mesmo.
— Calma Irene. Você tá bem? Se machucou? Eu imaginei que algo tivesse acontecido e fiquei preocupada com você. Qual hospital você está? Eu ainda estou na rua, vim jantar com meus pais.
— Eu estou bem. Me desculpa mesmo Seulgi. Estou no centro Chung-ang.
Saiu do banheiro e encontrou Raquel. Se desculpou pela saída repentina e agradeceu pela carona. Disse que uma amiga viria buscá-la. Dez minutos depois, avistou uma silhueta magra e alta,vestindo um vestido rosa com uma mochila pequena nas costas.
— Seulgi - Irene correu até ela.
— Ai meu deus Irene, você está bem mesmo? - perguntou abraçando a menina.Na mesma hora Joohyun encheu os olhos de água. Tinha passado por uma situação de bastante tensão sozinha e ver Seulgi preocupada a deixava mais tensa.
— Desculpa o incomodo. Estou bem, só me assustei bastante.
— Que bom que está bem. Não sabe o quanto me assustei quando você contou que tinha presenciado uma agressão. Meus pais estão ali no carro, vamos te levar pra casa.
Irene entrou tímida no carro, onde foi recebida por um casal simpático.
— Seulgi disse que sairia com uma nova amiga hoje e ficamos muito felizes. Mas ela voltou pra casa meio quieta meia hora depois de sair e percebemos que algo tinha acontecido então levamos ela para jantar - o pai de Seulgi falou.
— Deixe ela contar o que aconteceu, pai. — seulgi o cortou.
Enquanto Irene contava, os três pareciam chocados.
— Você foi muito corajosa em ter o defendido.
— Não ficou com medo Irene? — Seulgi perguntou virando o rosto para a menina.
— Sinceramente sim. Mas a situação de injustiça choca os olhos. Minha primeira reação foi aquela.
Os pais da menina foram muito queridos e ficaram fazendo perguntas a Irene sobre sua vida e seus pais. Inclusive emprestaram o telefone para que ela ligasse para eles. O resto do caminho foi de uma Irene cansada olhando as ruas pela janela do carro, pensando em dormir por muitas e muitas horas.
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Asexual, Seulrene
FanfictionOnde Irene é assexual e tenta aceitar isso enquanto lida com outros problemas e pressões sociais, quando encontra Seulgi e se sente em casa.