XXIV - pesadelo

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- Meu Deus quantos doces!. - falo olhando para a mesa que tem doces e um bolo grande, estou em uma festa de aniversário queria o que, vou pegar só alguns, qual o problema, tem tanto que vai acabar sobrando, pego vários brigadeiros e fico comendo aqui mesmo.
- A gorda já ta comendo os doces, corre porque ela vai comer tudo. - vários meninos vem correndo pra cima de mim e tomam os doces da minha mão.
- Você já tá gorda, vai rolando pra casa e deixa os doces pra gente.
- Eu como o tanto que quiser. - falo.
- Não mesmo.
Ele e mais três meninos me seguram pelos braço e me arrastão para o banheiro da casa, eles me jogam no chão e começam a chutar na barriga.
- Sua baleia, porque tá fora da água vai morre.
- Então vamos ajudar ela a voltar pra água.
Eles me puxam e enfiam a minha cabeça dentro do vaso, tento me soltar mais não tenho forças para isso.
- Saiam daí agora! - uma mulher chega e eles vão embora.
Ela me ajuda e me enxugar.

Acordo chorosa, porque sonhei com isso, isso foi há oito anos atrás, foi ai que comecei com isso, na verdade era bulimica e aos 14 anos comecei com a ana também.
Me levanto e vou tomar banho, meus dois dias de NF já se foram, então me troco e vou para cozinha com dificuldades, não estou com as muletas então me escoro em tudo, começo preparar meu chá e pego uma maça pra comer.
- Já de pé. - fala meu pai.
- Sim, perdi o sono. - respondo.
- Está sem as muletas, que bom.
- Estou tentando. - ele puxa a cadeira e se senta, ele começa a prepara um pão com presunto e queijo.
- Já estão todos acordados, vou fazer o café. - fala minha mãe entrando na cozinha.
- Só vou terminar de fazer meu chá e vou fazer uma caminhada.
- Caminhada ?. - minha mãe me encara.
- Qual o problema ? Ela está se recuperando, isso vai ser bom para ela.
- Ela está emagrecendo denovo.
- Mais está comendo - ele aponta para a maça na minha mão. - Ela só está saudável, deixa ela.
- Ok, se é assim. - minha mãe fica com uma expressão de raiva.
- Bom já vou indo. - coloco o que sobro da maça no lixo, pego meu copo e coloco o chá, volto pro quarto para pegar as muletas e saio de casa, começando a caminhada.
Depois de duas horas andando, volto para casa, tomo banho, me troco e vou para a escola, quando entro fico lembrando do barulho e da gritaria que foi ontem, pelo menos a Jane está bem, entro na sala e me sento, Ryan também já está na sala, só fico mexendo no meu Instagram, sento na primeira carteira e ele senta na última carteira da fileira do meu lado direito, então é fácil evitar contato.
As aulas passam rápido, ainda bem, o sinal toca, está na hora de ir embora, mas ao invés de ir para casa pego um ônibus que para na frente do hospital onde está a Jane.
Chego lá, na frente do hospital vejo o carro do Ryan, sinto meu corpo travar, sei que tenho que superar mais não estou pronta para isso agora, não importa ver a Jane é mais importante que isso, entro focada em tudo, por mais estranho que seja fico na esperança de velo, como se nada tivesse mudado.
Entro no quarto da Jane e a mãe dela sai, me sento no sofá ao lado dela.
- Finalmente você acordou. - falo.
- Só quero ir embora.
- E quando você vai ter alta ?.
- Hoje de noite.
- Que bom.
- Tá estranha, você encontrou com o Ryan ?.
- Não, porque ?. - falo como se não soubesse de nada.
- Ele estava aqui, mais um pouco e vocês se encontravam.
- Ele veio te visitar ?.
- Sim e não, ele veio atrás do pai dele mais como o pai dele estava aqui a gente acabou conversando.
- Entendi.
- Ele me falou de você e a Cassie.
- Que ?. - que droga.
- Sim, bom eu já imaginava, porque as duas são assim e vocês conversaram.
- Hum. - não sei o que dizer.
- Bom, eu já cansei de falar a mesma coisa sempre, então vamos mudar de assunto, você ainda gosta do Ryan né ?.
- Não ... sim, mais não dá.
- Não dá porque ele quer seu bem, eu já te enchi o saco por anos e a nossa amizade nunca acabou.
- Mais ele já teve uma experiência ruim com tudo isso e ver ele se preocupando tanto comigo ... eu sinto como se fizesse mal a ele.
- Como não sabe, ele não tem mais animo pra fazer nada, com você ele tinha algo pra se preocupar, pra amar, você não sente falta de ficar junto com ele ?.
- Claro que sim.
- Então para de ser boba.
- Eu vou pensar.
- Pensar. - ela me olha com raiva.
- Sim, e se ficar me enchendo nem isso eu faço.
- Não falo mais nada.
Nós ficamos conversando até a hora da visita acabar, então fui embora para casa.
Minha mãe já estava fazendo a janta, então fui para o quarto fazer meus exercícios, depois fui para a cozinha e enchi o prato de salada de alface com tomate, e peguei um pedaço pequeno de frango grelhado, depois fiz mais exercícios, tomei meu banho e fui dormir.

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Ainda sou eu, Chloe Benson (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora