A princesinha do Vader

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A muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante...

Leia estava encrencada, muito encrencada e Vader não sabia como sua pequena princesinha poderia ter feito tal rebeldia. Sabia que a filha sempre teve um gênio forte e que nada a impedia de fazer o que quer que fosse, mas aquilo era demais. Uma tropa de stormtroopers havia saído a procura dela por ordem sua e assim que ela fosse encontrada teriam uma bela conversa.

—Senhor, nós achamos a sua filha — avisou um oficial entrando na sala.

—Traga ela aqui.

—Sim, lorde Vader.

O oficial saiu porta afora e logo voltou com Leia que parecia realmente indignada por estar ali.

Assim que o oficial se retirou da sala a garota lançou um olhar mortífero ao pai que não pareceu abalado com a atitude. Ele queria respostas.

—Pode começar a se explicar mocinha — disse cruzando os braços — Onde está?

—Onde está o que? — se fez de desentendida.

Leia era uma ótima manipuladora, mas Vader não deixaria seu coração ser amolecido pela carinha de inocência que a filha carregava, não daquela vez.

—Leia Organa Skywalker, você sabe do que eu estou falando, não brinque comigo.

—Pela força father. Isso tudo porque eu peguei teu fone de ouvido?!

Às vezes o lorde sombrio não conseguia acreditar que aquela era a mesma garotinha que desenhava flores e corações em seu capacete e capa, fazendo-o ter que andar pela nave com aquilo durante todo o dia, o que era vergonhoso, mas deixava sua princesinha feliz e isso não tinha preço. Bendita aborrescencia e seus males.

—Não fale assim comigo mocinha! E não é fone de ouvido é headphone, agora desembucha.

—Eu não sei onde está. Talvez eu tenha esquecido na Millennium Falcon — deu de ombros.

—Está andando com aquele menino e o cachorro estranho dele de novo, Leia?

—Ixi, vai começar... — sussurrou esperando a bronca.

—Eu já disse que não quero você andando pela galáxia na velocidade da luz com esse tal de Han Solo — apontou o dedo para a filha que bocejou esperando que aquilo acabasse — Está de castigo por uma semana.

—Mas, Father... — protestou.

—Sem mas! — esbravejou — Pense melhor da próxima vez quiser pegar meu headphone sem permissão. Agora vai pro seu quarto, vai.

Sem responder ao pai, Leia seguiu para fora da sala a passos duros, ouvindo o pai gritar sua última sentença antes que a porta se fechasse.

—E avisa pra esse garoto Han Solo tomar cuidado se não eu corto o braço dele com meu sabre de luz.

Assim que a filha saiu de seu campo de vista, Vader se sentou soltando um suspiro cansado. Sabia que no fim não importava o quanto ela crescesse e ficasse rebelde, ela nunca deixaria de ser sua princesinha. E tinha mesmo que ficar de olho no Solo.

Darth FatherWhere stories live. Discover now