Capítulo 1: Não se deve entrar em ruas estranhas.

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Mary entrou em uma ruazinha estreita que ela nunca tinha reparado antes

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Mary entrou em uma ruazinha estreita que ela nunca tinha reparado antes. Mas aquele não era o caminho mais rápido de se chegar em casa, e ela precisava voltar antes do anoitecer. Porem, ela sempre foi muito curiosa e não perderia a chance de ver todas aquelas lojinhas, com vitrines expondo objetos curiosos que ela precisava ver de perto.
Ela então seguiu em frente, sua tia não iria reclamar de apenas alguns minutos de atraso. E ela sabia que quando Mary estava com a Livi, sua melhor amiga, ela não via o tempo passar, sempre se atrasava para o jantar em família, que na maior parte do tempo se resumia nela e sua tia Elisabeth. Mas hoje era um dia especial, Rive voltaria para casa.
Rive era a única filha de tia Elisabeth, ela era mais velha do que Mary e já estava na faculdade. Mas ela voltaria hoje para comemorar o aniversario de Mary que seria em alguns dias. Mas era bem possível que Rive ainda nem tivesse chegado, pensou Mary, o que dava a ela alguns minutos a mais para apreciar todos aqueles vasos antigos que ela estava agora se aproximando para ver melhor os detalhes.
Sempre foi assim, pensou Mary, essa era uma das únicas coisas que tia Elisabeth não abria mão de fazermos juntas. Jantar e conversar sobre tudo que tínhamos feito no dia, era como uma tradição de família.
Tia Elisabeth e Rive eram sua única família, depois de sua mãe ter sumido, ou morrido. Não sabíamos muito bem o que tinha acontecido com ela. Mary foi criada por Elisabeth, mas ela não era sua tia de verdade. Na verdade, era a melhor amiga de sua mãe.
Criar ela foi como um favor muito longo e trabalhoso que sua mãe teve a cara de pau de pedir a sua melhor amiga.
Mas Mary nunca reclamou muito de sua vida, afinal tia Elisabeth era uma das melhores pessoas que ela conhecia. Era tão amorosa e generosa com ela que não tinha como reclamar.
Mary estava agora em frete a uma loja que lhe chamou a atenção. Não tinha uma vitrine cheia de objetos como as outras, mas a loja nos permitia ver o que tinha em seu interior, o que fez Mary se aproximar rapidamente, curiosa para saber do que se tratava. O vidro estava bem empoeirado, e ela não conseguiu ver muita coisa, apenas uma mesa redonda e algumas cadeiras. Mary então procurou alguma informação na frente da loja, tentando achar uma pista do que aquele lugar poderia ser. Ela então deu alguns passos para trás, tentando ler o que estava escrito na fachada da loja quando percebeu ter esbarrado em algo.
Ela não sabia bem como aquela pessoa tinha surgido, porque até alguns minutos atrás não tinha ninguém.

Era uma senhora, uma senhora pequena com um rosto assustador. Ela  tinha um tipo de capa azul em volta de si, com pequenas luas em amarelo por toda extensão da capa, que não era lá muito comum de se ver por ai. Seus olhos eram pequenos, e Mary quase não os conseguia ver, mas ela sabia, sabia que eles a estavam observando. Observava tão intensamente, que parecia querer ver por dentro dela. Mary imaginou que ela estivesse esperando um pedido de desculpas talvez, e se dirigiu a senhora se desculpando.
- Desculpe senhora, eu estava distraída e... – Mary foi interrompida pelo sorriso assustador que a velha senhora agora o exibia para ela, Mary pensou em correr, mas o que ela era afinal, uma criança de 5 anos no dia das bruxas?
Mas ir embora não era uma má ideia, afinal já estava anoitecendo e a rua parecia bem deserta agora que ela avia reparado.
Mary então se desculpou novamente e virou-se preparando para ir embora e nunca mais passar por aquela rua com velhinhas assustadoras de novo. Mas então algo que Mary não esperava aconteceu. A senhora estranhamente agarrou seu braço antes que Mary conseguisse se distanciar. Suas unhas grandes e pontudas pareciam que a iriam perfurar.
- Me solta. - disse ela tentando se livrar daquela mão enrugada em seu braço.

 - disse ela tentando se livrar daquela mão enrugada em seu braço

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- Caaalma mocinha, eu só estou curiooosa. – disse a senhora.
Sua voz era fraca e rouca. Ela falava como se tivesse cantando uma canção muito calma e medonha. Parecia que Mary estava em um filme de terror, ou em um pesadelo muito real daqueles em que a gente não consegue acordar facilmente.
- Ora ora... eu sabia. – disse a senhora agora parecendo ainda mais interessada. - Eu sabia que você não era qualquer uma, eu vi de looonge, quando você atravessou a rua, seus olhos... – e a senhora se aproximou ainda mais de Mary.
Mary agora queria realmente correr, correr muito, como uma criança aterrorizada. Ela não ligava se iria parecer uma criança, não mais, só queria estar em casa com sua tia.
- O que uma jovem Fox faz no mundo dos humanos eu me pergunto. – disse a senhora parecendo encantada com a mera presença de Mary.
- Como sabe meu nome? - perguntou assustada.
- Sei de muitas coisas querida. Sei também que você tem muitas perguntas sem resposta - disse ela com o sorriso assustador novamente em seu rosto - Porque não entra para conversarmos um pouco, pode ser bem esclarecedor para você.
E Mary se perguntou se deveria ir, ter respostas para perguntas como as que ela tinha, não era muito fácil de se encontrar. Mas por mais tentador que fosse, Mary sentia que não devia confiar naquela mulher, mas antes mesmo que ela pudesse negar, a senhora já parecia saber sua resposta. Ela então fechou os olhos, e quando os abriu, estavam vazios. Mary só via o branco dos seus olhos.
Em um pulo, Mary deu um pequeno grito de horror, e antes que ela conseguisse puxar com toda a sua força o seu braço daquelas unhas pontudas e sujas, a senhora disse:

- Aos quinze os nascidos bruxos irão mudar, e seu poder despertara.

A senhora se aproximou ainda mais de seu rosto, com aqueles olhos pálidos penetrando em sua alma.

- Em breve a verdade chegara pequena fox, e junto um novo mundo surgira.

Com isso a senhora começou a rir, um som horripilante saiu de sua boca.
- Não tenha medo Mary, e se prepare querida, se prepare para enfim descobrir quem você é de verdade. Os mistérios um dia serão revelados, tenha paciência e não duvide daqueles que te amam de verdade.
Ela então continuou a rir assustadoramente.
Mary juntou toda a força que tinha para se desvencilhar daquelas unhas, e com muita sorte, nunca mais teria que ver aquela mulher novamente.

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⏰ Última atualização: Aug 17, 2018 ⏰

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