Eles se encaravam desconfiados. Por que ela tinha que ser tão teimosa? Jason suspirou resignado destampando a vasilha rosa, e sob o olhar da pequena pegou a colher.
— Vamos só experimentar — Jason disse, fazendo aviãozinho.
Charlotte fez carinha de queixa, coçando o rostinho.
— Eu sei que não é a mesma coisa, só temos que experimentar — ele pediu, ao encarar os olhinhos lacrimejantes desistiu da papinha — Não conte nada a mamãe — Jason sussurrou ao colocar os flocos de milho sobre a cadeirinha.
Ele brincou, fazendo caretas para a criança que riu empolgada.
Kate encostou-se à porta da cozinha, tinha que agir mais uma vez como a cruel. Realmente não via nada de saboroso naquelas comidas para bebê, quem sabe a melhor opção fosse recorrer às receitas da mãe e da sogra. Meneou a cabeça, rindo de si, não era mãe de primeira viagem. Tivera uma longa batalha para realizar o sonho, e no final tudo valera a pena.
— Você acha mesmo que consegue? — Ela perguntou, mordendo o lábio inferior, enquanto o marido escondia a caixa de cereais.
— Ganhei aquele diploma do CPI (curso para pais inexperientes), podemos ficar sozinhos por algumas horas, amor.
—Uhum, e qual o plano?
Jason levantou-se, cruzando os braços. Era pai e conseguiria manter as crianças limpas e obedientes.
— Passeio no parque, ginástica e uma partida de basquete.
A pequena mexeu os bracinhos, soltando gritinhos e risadas assim que a mãe a colocou apoiada no quadril. Kate beijou-lhe o rostinho sujo de farelo, olhando para o esposo com suspeita.
— Deixei a agenda das crianças na porta da geladeira. Não esqueça a bolsa e mantenha os olhos na Mel, principalmente se levarem aquele filhote junto. Cuidado ao atravessar a rua e peça ajuda a Hope.
— Olhos de águias, meu amor — Jason retrucou dando uma piscadela.
— Excelente, volto à noite e juízo. Não deixe que a loirinha impertinente te estresse.
— Nenhum marmanjo se aproximará da minha filha — ele retrucou convicto.
— Meu pai dizia o mesmo e olha essa aliança aqui — ela brincou, beijando — Se eles não descerem em meia hora, chame-os novamente. Também deixei o número da babá caso precise.
— Confie em mim, amor. Iremos nos divertir muito — ele argumentou, pegando Charlie.
— Amo vocês — a loira disse, beijando a abdômen gordinho da filha.
Jason ergueu a filha, fazendo rir e mexer os braços e pernas. Sentia falta da época que os outros três tiveram essa idade, divertiam-se com suas brincadeiras, adoravam seu colo e abraços. Mas... Hope tornara-se uma adolescente regida pela tecnologia, por vezes estivera a ponto de jogar o iphone pela janela do carro. Ao menos Melody e John com seis anos gostavam de sua companhia.
— Vamos acordar seus irmãos ao nosso estilo — Jason disse sério e ela respondeu animada com sílabas sem nexo. Colocou-a na bolsa canguru e pegou o apito, após ter certeza que o protetor de ouvidos estava bem posicionado.
O barulho agudo e irritante fez com que Hope erguesse da cama, desnorteada, fitou o quarto escuro.
— De novo, não! — Ela gritou furiosa.
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Antecedentes das confusões da paixão
Roman pour AdolescentsNicole é uma típica adolescente, que possui curvas que acredita serem extravagantes. Ela possui uma irmã e dois grandes amigos de infância. No entanto, esconde uma paixão por Henry, que tem um rosto comum e um lindo sorriso escondido nos livros. ...