I. Liability

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GUESS WHO'S BACK YEAH IT'S ME

depois de quase um ano sem postar absolutamente nada neste site

Será que alguém ainda vai ler isto aqui eu vos pergunto

Perdoem qualquer errinho, eu revisei e postei pelo celular (e eu nao enxergo muito nessa tela pequena porque eu tenho a vista de uma senhora de 90 anos)

Não se esqueçam de votar e de comentar se possível, boa leitura a todos ♡

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Eu pensei que a primeira coisa que viria em minha mente assim que eu tomasse meu lugar à mesa seriam as suas costas saindo pela porta da frente, assim como aconteceu há pouco mais de um ano.

Eu sempre venho aqui.

Digo, todos os dias dezenove, de todos os meses.

Fecho a minha sala no escritório depois das onze da noite e Namjoon olha para mim como quem sabe o que eu farei.

Então eu caminho em silêncio até aqui. Abro a porta do café e deixo o cheiro aconchegante me envolver como quem me abraça e diz "Está tudo bem, querido. Sentir saudades, sabe?".

Por fim, caminho até a mesa ao lado da janela, que me dá uma vista da rua e das pessoas que passam apressadas.

Um dos garçons, já tendo decorado minha rotina mensal, olha para mim como quem pede permissão para preparar as bebidas, que me são entregues alguns minutos depois.

Um café expresso sem açúcar para mim.

Um latte para a cadeira vazia à minha frente.

A cadeira na qual você costumava sentar todas as vezes em que vínhamos aqui, nos dias dezenove, comemorar nossos meses de namoro.

O mesmo pedido que você fazia, no mesmo café. No mesmo horário em que, naquele dezenove de janeiro, nós começamos a namorar.

Desde que nós terminamos, então, depois de três anos de namoro, eu continuo vindo aqui na mesma data. Mentindo para Namjoon (e, em parte, para mim mesmo), dizendo que é apenas hábito meu, e que nele não há nada de forte relacionado a você.
Mas, no fundo, tanto Namjoon quanto eu sabemos que a minha vinda mensal ao café é só uma das maneiras que eu encontro de tentar canalizar toda a saudade que eu sinto de você, Tae.

E são entregues na minha mesa os dois pedidos que nós fizemos por tanto tempo. Eu passo algumas horas sentado aqui, aproveitando meu café. Sempre na mesma cadeira, mas agora olhando para as pernas apressadas que caminham ao lado de fora (porque não há mais motivo ou beleza suficientes que me façam querer manter o meu olhar em algo dentro do café).

Por vezes eu fico apenas sem fazer nada, em outras eu tenho inspiração suficiente para terminar alguma das minhas letras que são entregues à produtora. Eu termino o conteúdo da minha xícara, deixo o dinheiro sobre a mesa e saio, sabendo que o latte ainda está na madeira escura, com o creme já desfeito e sem ninguém para bebê-lo.

Eu não sei, de verdade, se o garçom bebe o copo ainda cheio depois que eu saio. Eu não sei se ele apenas joga fora, como se respeitasse o vazio que ocupou a cadeira durante todo momento em que eu estive lá dentro.

Eu só sei que ele simplesmente já sabe a minha rotina mensal e, mesmo que deva ter vontade de me perguntar o porquê, ele apenas respeita minha vontade e deixa o pedido sobre a minha mesa, posicionando as bebidas nos lugares corretos, dizendo-me para aproveitar meu café.

Geralmente eu chego aqui quando já anoiteceu, e aproveito o reflexo das luzes da cidade no vidro mescladas à visão das muitas pessoas que, para mim, meio que não têm face. Mas hoje eu decidi vir mais cedo, um pouco antes do sol se pôr, porque tive um tempo livre.

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⏰ Última atualização: Aug 27, 2018 ⏰

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Writer in the dark • taegiOnde histórias criam vida. Descubra agora