Capítulo I - Príncipe Ian

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Sempre gostei muito dos livros que meu pai me deu. Aprendi a ler muito jovem por insistências dos meus tutores e de meu pai que incentivou a me aventurar entre as historias contadas dentro dos livros. Ele era um admirador sobre todos os universos que ele sempre visitava e se maravilhava. Porém, isso era antes de perceber que estaria indo para uma armadilha por causa do meu próprio pai.

Quando eu tinha 17 anos, perdi a pessoa que mais amava além do meu irmão, tragicamente em uma luta contra os militares dos reinos vizinhos. E por mais que dissessema importancia do Rei ir até aqueles arredores, princilpamente em uma época tão mais pacífica do que anos atrás. E mal sabia eu que no futuro saberia o real motivo.

Coisa que eu não sabia antes do verdadeiro acontecimento.

Quando completei 20 anos, fui convocado a ir ao gabinete do castelo, pelo advogado da família real.

Estava acompanhado por um homem que não conhecia, uma carta em cima da mesa com o selo de um lírio, o meu emblama de herança. Varios outros papéis estavam empilhados ao seu lado.

O advogado começou a ler os pergaminhos e documentos que estavam em cima da mesa.

― No dia 27 de agosto de 1690, no dia de nosso senhor, foi autenticado a leitura do testamento do Rei Felipe, que desejou que a leitura desse documento fosse feita quando seu filho mais velho completasse 20 anos e seu filho mais novo esrivesse com 14 anos.

- Ou seja hoje―interrompi a leitura.

- Sim, Príncipe Ian, hoje. - Falou ele olhando para mim, quase implorando que não o interrompesse novamente.

Antes que o advogado termimasse a leitura, escutamos três batidas na porta antes de ser aberta, e o comandante do exército, dois soldados, um foi para o meu lado como um guarda costas irritado. O outro que aparentava ser uma muralha de mais de 2 metros de altura com cabelos negros e a cara fechada, contradizendo a beleza de seus olhos que eram mais azuis que as profundezas do "Lago Enry", ficou atrás de mim.

Usavam os uniformes padrões do exército, e um Kilt exalando autoridade e tradição.

- Chegamos tarde! ― falou com uma voz grossa quase que intensa.

- Não, comandante Raimundo. Agora continuando... - respondeu. - Como era dito... - prosseguiu olhando para todos os papéis - "Deixo para o meu filho meu reinado que deve ser consolidado com um dos filhos do comandante Raimundo para assinar o tratado de paz entre as forças do reino de nossa sagrada terra.

O advogado parou de falar. E começou a olhar os papéis e pergaminhos que já estavam amarelados de tão velhos.

- Os senhores estão cientes de que a cada 90 anos um filho e uma filha de ambos os lados devem ter um casamento arranjado capaz de consolidar os reinos em justiça e em paz, correto?

- Espera que filha? Do que você está falando? - falei assustado com a possibilidade de um casamento.

- Pensei que seu pai tivesse te comunicado por carta- disse o advogado.

- Não chegou ao meu conhecimento nem um casamento!

- Sim, pois bem, vou explicar para o senhor.

- Explique por favor.

- No século XVIII, foi feito um acordo que consolidava o poder de nosso país com um casamento arranjado, ou seja, um filho e uma filha da realeza com um filho ou filha que representasse o poder militar da Escócia. Em prol da paz deveriam sacrificar-se em um casamento.

- Calma, então vou ter que casar com uma mulher que nem conheço? ―questinei, novamente o interrompendo.

- No caso do atual comandante, ele não teve filhas, apenas dois homens como seu pai.

Destinado a um escocês militar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora