Capítulo II- Militar Wallacy

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― Quem aquele nanico pensa que é quem? ― resmungo. ―Prontinho, Comandante― anunciei para meu pai que insistia que eu o chamasse daquela forma.

―Muito bem, soldado ― falou ele com grosseria ―agora vamos preparar o seu casamento.

― Ah, sim, desde que tenha bastante comida ―falei com fome.

― Nem ficou direito perto daquele viadinho, e já está se transformando em um. ―

Após uma tentativa de ofensa saiu para falar com o advogado.

― Idiota ― xinguei baixo.

Fui em direção aos cavalos no estábulo, onde poderia acariciar algo que verdadeiramente gostasse de mim.

― Onde ela esta? ― perguntei para o homem que estava escovando um belíssimo cavalo negro.

― Ela está no estábulo 15, lá e onde eles a alimentam os cavalos. ― respondeu sem sequer olhar para mim.

Segurei o meu chapéu debaixo do ombro e fui atrás da minha Égua. Ela tinha sido o último presente da minha mãe para mim, antes de ser morta em uma viagem.

Foi chegando ao estábulo 18, que percebi que tinha passado do estábulo 15.

― O que está fazendo? ― gritei ao ver que um homem estava quase marcando minha égua, com o símbolo da "Família da Paz".

Os cuidadores de cavalos pararam e olharam para mim com um cara que eu não conseguia entender.

― Seu pai quem mandou, senhor― esclareceu o homem que estava com a lança quente nas mãos. ― Parece que vai ser o seu presente de casamento para o Príncipe Ian.

―Escutem bem e obedeçam ao seu senhor. Quero que negociem com os reinos ao redor deste reino e negociem atrás de uma Égua de cabo longo. Um presente digno de meu marido, e não, minha égua de batalha ― ordenei.

― Desculpa, senhor. Seu pai ordenou para que se o senhor desse alguma outra ordem que fosse contra as regras dele, era para cortarmos a cabeça de sua Égua e comprarmos um cavalo de Manga longa do Sul.

Fiquei furioso, virei as coisas e sai em busca do meu pai.

Ao passar pelo o estábulo 13, meus olhos se focaram em Ian que acariciava um belo cavalo de pelagem negra, que estava a pouco sendo escovada pelo o cuidador.

Foi quando ele me avistou.

― Posso saber se está me seguindo? ― acusou todo cheio de si.

― Vê se si toca. Não quero falar com você, preciso falar com o comandante.
Marchei com força até ele que continuou me encarando.

― Parece que você ficou sabendo dos planos do Comandante.

― Como é que é? ― O encarei com raiva. E isso foi suficiente, por apenas um segundo, a armadura dele desparecer contra mim. Não estava chorando, mas algo tinha mudado. Depois disso, ele se armou novamente.

― Foi plano do seu pai cedermos nossos cavalos preferidos um para o outro.

Soltei o chapéu e segurei os ombros dele.

― Se eu souber que você teve algo a ver com isso, eu te mato!

―Sério isso? Uma ameaça? Tenho que te lembrar que você também morreria e nossos reinos ficariam na idade das trevas novamente. ― Alertou sem demonstrar nenhum medo ou nada, até que vi um pequeno sorriso no seu rosto.

― Filho da mãe.

Soltei ele.

― Assim é melhor. Para sua informação eu não daria meu cavalo para você nem que tivesse que ser morto para dá lo a você. Nesse caso, era isso ou minha virgindade para você. ― Ele falou e eu continuei encarando ele.

Destinado a um escocês militar (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora