Capítulo único - No amor tudo pode acontecer

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[...]
Quando entrei no quarto, vi Leôncio apontando uma pistola para Malvina, e no mesmo instante, avancei sobre ele. A arma disparou acidentalmente, Malvina foi atingida e desmaiou.
- Seu desgraçado! Tomando o seu braço, entramos em luta corporal e entre alguns movimentos bruscos, fiquei por trás de Leôncio enforcando-o. E segurando a pistola contra o próprio peito, ele disse:
- Nenhum de nós sairá vivo daqui! - Soando como um psicopata - Ele puxa o gatilho e a arma dispara.
Sinto minha barriga queimar, a dor é tão profunda que sinto que posso vê-la, então os sons começam a ficar distantes.
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Ao abrir meus olhos, deparo-me com Malvina a me observar.
- O quê?! O que aconteceu?! Malvina, você está bem??
- Sim, estou! Não se mexa muito, pois pode abrir seu ferimento.
- Mas o que aconteceu?
- Você foi atingido no abdômen, e até agora estava desacordado.
- Por quanto tempo eu dormi?
- Por 3 dias
- E Leôncio? Onde está aquele louco?
Malvina baixa a cabeça entristecida, e nada diz.
- Já entendi!
- Acho melhor você voltar a dormir, irá ajudá-lo a recuperar-se!
- Tudo bem! Não fique assim, se pensarmos bem, ele não era o melhor para você!
- Descanse, o médico recomendou-lhe repouso, vou avisar aos outros que você despertou -disse Malvina levantando-se da cadeira.
-Espere... Fique mais um pouco, faça-me companhia!
-Está bem! -docemente, voltando a se sentar- Sente alguma dor?
-Um pouco, mas nada que eu não possa suportar, já que estou à sua companhia. Ai... -Sinto uma leve pontada de dor, como se uma faca me atingisse o estômago-
-Coitado! Obrigada! Obrigada por me defender. Naquele dia, Leôncio estava revoltado, perdeu tudo o que tinha, morreu miserável -Disse com um sorriso amarelo.
-Por nada, defenderia novamente caso fosse necessário! Mas ele teve o que mereceu - Respondi tossindo.
Minhas dores e tosse foram aumentando, gerando preocupação em Malvina.
- Algum problema Dr. Geraldo?
- Me chame somente de Geraldo - Disse, ainda tossindo.
- Mas o que você está sentindo?
Tossi sangue, o que fez Malvina sair desesperada, gritando por ajuda.
- Socorro! Socorro!
Consegui ver Álvaro passando pela porta e me pegando pelos braços para levar-me ao hospital, contudo, não consegui escutar nem mais uma palavra do que estavam dizendo. E cada vez mais, foi escurecendo...
Quando despertei, já tinha chegado do hospital e estava em outro quarto da enorme mansão. Estava sendo observado por Malvina, que Retrucou:
- Graças a Deus! Você só me assusta.
- Desculpe-me!
- Não precisa pedir desculpas, agora vá descansar!
A cada dia que se passava, Malvina estava ao meu lado ajudando na minha recuperação, então, acabamos nos aproximando.
Chegou um dia em que eu e Malvina estávamos na sala de piano, onde ela estava mostrando mais um de seus dons. E eu disse à ela:
- Malvina, minha querida, há muito tempo que nós já estamos bastante próximos, e passei a te amar.
Ajoelhei-me, e prosseguir: Vamos estreitar nossos laços e nos tornarmos apenas um, você aceita casar-se comigo?
- Malvina, sem saber o que dizer, parou de tocar a bela sintonia e veio em direção a mim, dizendo:
Eu também te amo, Geraldo! Vamos marcar logo a data de nosso casamento.
E nos beijamos. Foi o melhor beijo em que já provei, demorado, delicado...
- Eu te amo!
- Eu te amo!
Após isso, fomos caminhar nos campos do casarão, e conversávamos sobre os detalhes para o nosso casamento. Quando ouço um tiro, e então percebo que ele tinha acertado Malvina na cabeça, ao olhar para frente, vejo Rosa, que grita: " você me trocou por ela, miserável!".
Continua...

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⏰ Última atualização: Aug 25, 2018 ⏰

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