Capítulo 30 - Um Conselho.

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Felipe.

Depois do acontecido com Shirley o tempo passou rápido e logo minha rotina foi voltando ao normal, estava quase tudo certo, mas eu pensei que com o passar do tempo eu fosse esquecer ela e tudo oque houve.

Mas ao contrário do que eu esperava ela e todos os momentos que passamos juntos insistiam em se manterem bem vivos na minha cabeça. E como se isso já não fosse o suficiente eu ainda precisava lidar com as investidas da Jéssica, que estava decidida a reatar nosso casamento, e da insistência da minha mãe em apoiar essa idéia maluca de reconciliação.

Por fim decido sair para almoçar e tentar espairecer a mente de tantos problemas, reuni minhas coisas na bolsa juntamente com as chaves do meu carro e saio da peripécia rumo a lanchonete mais próxima.

Um tempo depois eu já estava parando o carro no estacionamento em frente a lanchonete quando percebi uma mulher vindo na minha direção, conforme ela se aproximava notei que se tratava de ninguém menos que minha ex-esposa. Olhei em volta a procura de uma rota de fuga e infelizmente não encontrei nenhuma.

- Felipe, que surpresa te encontrar aqui! - Ela disse sorrindo.

- Oi Jéssica. - Falei, em seguida ela me abraçou e eu a correspondi por puro reflexo.

- Está indo almoçar? Posso sentar com você? - Ela perguntou gentilmente.

- Claro, pode sim... - Falei sem outra opção a não ser concordar.

Entramos juntos no lanchonete seguindo para o andar de cima, que era meu favorito por ser mais reservado. Jessica e eu começamos a conversar enquanto nossos pedidos não ficavam prontos e eu não via a hora de ficar para que enfim eu pudesse me livrar da loira, que vez ou outra inssistia em relembrar momentos da nossa época de casados.

Foi durante essa conversa que ela aproveitou o momento, se aproximando o suficiente oara me roubar um beijo.

Fui pego totalmente de supresa e por isso demorei um pouco para revidar, uma vez recuperado interrompi o beijo a empurrando.

- Jéssica! Você ficou louca...

Perguntei irritado a encarando. Eu estava prestes a faakr mais coisas quando vi de relance alguém se aproximar e uma voz conhecida ao meu lado.

- Com licença, o pedido de vocês...

- Shirley. - Falei a encarando surpreso e imediatamente me afastei de Jessica. - Não é nada disso qu...

- Tudo bem... - Ela me interrompe. - Eu so vim entregar o pedido de vocês, com licença.

Ela disse dando as costas para sair dali rapidamente.

Eu so consegui ficar mais aflito que o normal, cheguei a levantar e tentar ir atrás dela mas senti alguém me segurar pelo braço.

- Me solta Jéssica! - Falei é é a loira me encarou incrédula.

- Onde você vai Felipe? - Ela perguntou. - Eu não acredito que você vai atrás dela!

- Eu tenho que falar com a Shirley, explicar que esse beijo foi um mal entendido...

- Felipe, acorda! - Ela falou aumentando o tom ainda segurando meu braço. - Ela te traiu. Você não deve satisfação nenhuma a ela...

- Isso não é assunto seu. - Falei tentando não ser rude com ela. - Agora solta meu braço Jéssica, por favor.

A loira me encarou incrédula e soltou meu braço. Não pensei duas vezes em descer as escadas a procura de Shirley. Eu não pensava, apenas segui um impulso de ir atrás dela e tentar me explicar.

Procurei por ela por toda a lanchonete, mas ninguém sabia dizer onde ela foi. Por fim desisto de procurá-la, pago a conta e vou embora dali com a cabeça ainda mais cheia quando eu sai do trabalho.

Eu so esperava que isso acabasse logo.

...


Depois do acontecido na lanchonete decidi voltar para a peripécia e almoçar por lá mesmo, e eu também não me dei ao trabalho de saber onde Jéssica estava ou me desculpar por sair daquele jeito.

Eu so pensava numa forma de organizar a bagunça na minha cabeça no momento, depois de algumas tentativas falhas de prestar atenção ao trabalho eu me encosto na cadeira passo as mãos no rosto, ao mesmo tempo ouço a porta da minha sala se abrir e fechar novamente.

- Felipe, esta tudo bem?

Me endireitei na cadeira a tempo de ver Henrique sentar na cadeira em frente a minha mesa.

- Eu... não. - Admiti soltando um suspiro. pm

- Oque aconteceu? - Henrique voltou a perguntar, preocupado.

E então comecei a narrar o acontecido do início e nos mínimos detalhes, enquanto Henrique permanecia calado me ouvindo desabafar.

- Então , é isso. - Conclui. - Eu não sei mais oque fazer, ou como agir.

Falei me encostando novamente na cadeira.

- Eu posso te dar um conselho? - Ele perguntou, eu assenti concordando. - Vai atrás dela!

- Como é?

- Vai atrás dela, cara. Tá na cara que vocês ainda se gostam e tem saudade um do outro.

- Henrique. - Comecei. - Não sei se você prestou atenção na parte que eu falei que ela me traiu... isso não dá pra ignorar.

- Certo, mas pelo que eu tô vendo você que tenta ignorar o óbvio: Você é louco pela Shirley e quer voltar com ela, mas esse teu orgulho não deixa.

Ele disse me encarando e me deixando totalmente sem palavras.

- Então, cara, eu sugiro que você vá atrás dela logo, hoje a noite mesmo, e tenta recuperar o tempo perdido com ela.

- Você acha? - Perguntei meio bobo, mas no fundo eu sabia que era exatamente isso que eu deveria ter feito.

- É claro que sim... - Ele riu. - Bom, eu só vim aqui mesmo pra te entregar esses papéis... Mas fico muito feliz em saber que você vai atrás da Shirley. Vocês se amam.

- Henrique, eu...obrigado. - Agradeci de coração, mas eu não tinha palavras.

- Amigo é pra essas coisas... - Ele riu novamente e saiu da minha sala.

A porta foi fechada logo depois que ele saiu e eu permaneci sentado na cadeira, so que agora me perguntando como eu pude admitir isso so agora.

A Shirley realmente era a mulher da minha vida, e desta vez eu estaria disposto a esquecer tudo para ficar com ela.

Verifiquei as horas e decidi ir falar com ela quando a lanchonete fechasse, assim teríamos mais tempo para conversar.

Como não estava conseguindo me concentrar no trabalho, passei esse pouco tempo lembrando dos bons momentos que passei com a minha morena, a

saudade que eu estava dela...

Definitivamente, eu mal posso esperar por hoje a noite.

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