Capítulo 56 - "Diz-me que também sentes o mesmo"

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O que estava a fazer aqui?

Ross saiu do carro e veio diretamente a mim.

- O que fazes aqui? – Perguntei quando ele chegou ao pé de mim.

- Precisava de te ver.

- Para quê? – Perguntei com desinteresse.

- Porque já não sei o que fazer.

- Não estou a perceber absolutamente nada.

- É que não há nada para entender – aproximou-se de mim ficando a poucos centímetros do meu rosto – É fácil de entender – pôs o meu rosto entre as suas mãos – O que faço com o que sinto por ti?

- O que sentes por mim? – Perguntei. Ainda não conseguia acreditar no que ele estava a dizer.

- Sim – assentiu – O que sinto por ti. Tu pões-me louco, Sara – deu-me um beijo, mas desta vez foi diferente, foi muito mais intenso, com sentimentos no meio.

Finalmente Ross estava a declarar-me o seu amor sem medo nem nada, a superar obstáculos. E eu tinha-o ajudado a fazê-lo, tinha-lhe ensinado a superar tudo, deixar tudo para trás e seguir em frente.

- Ross… – Sussurrei quando me afastei um pouco dos seus lábios.

- Diz-me que também sentes o mesmo – beijou rapidamente os meus lábios – Diz-me que me amas como eu te amo.

- Ross – esta era a minha oportunidade, não podia desaproveitá-la – Eu também sinto o mesmo – admiti – Também gosto de ti como tu gostas de mim.

- És perfeita – abraçou-me, sussurrando-me ao ouvido – És a pessoa de que estive à espera todo este tempo, a que me ensinou milhões de coisas para lutar pelo que quero verdadeiramente, eras quem eu estava à espera – beijou-me na testa e de seguida juntou-a com a sua – Promete-me que nunca me falharás – pediu.

- Prometo que nunca te falharei – beijei-o e abracei-o, precisava de o sentir perto, precisava de o beijar e dizer-lhe o quanto gostava dele, que ia dar o meu melhor para que ele não sofresse como já tinha sofrido.

- Pensei que sair com a Brook seria uma boa ideia – disse-me ao ouvido – Mas só serviu para perceber de que preciso de ti, tu és a única que me faz sentir querido, me faz sentir vivo, tu tens o remédio perfeito para a minha dor.

Sentia que ia morrer nos braços de Ross, sonhei tanto com este momento e finalmente estava a acontecer, tinha vontade de chorar. Os meus olhos deixaram escapar um par de lágrimas.

- Obrigada – agradeci sussurrando.

- Porquê? Não chores – limpou as lágrimas que caíram dos meus olhos.

- Por teres entrado na minha vida – beijei-o na bochecha – Não queres entrar? – Perguntei.

- Mas estão os teus pais e não quero incomodar.

- Não vais incomodar, a estas horas só a minha mãe é que deve estar acordada.

- Está bem – aceitou, deu-me a mão entrelaçando os dedos e caminhamos até minha casa – Estás linda com esse vestido.

- Obrigada – sorri.

Abri a porta e encontrei-me com a minha mãe tirando as coisas da mesa, o seu olhar dirigiu-se logo a Ross.

- Tens muito para me contar, não é? Venham sentar-se comigo e tomamos uma chávena de café.

Sentamo-nos à mesa, os nervos de Ross notavam-se a milhas. Agora tinha de contar tudo à minha mãe.

- Mãe, já sabes um pouco disto. Ontem falamos.

- Sim eu lembro-me, Sara – olhou para Ross – Tu és o Ross?

- Sim senhora, eu sou o Ross – sorriu tímido – Lamento apresentar-me assim e não como deve ser – suspirou – Mas há muitas coisas das quais gostaria de falar consigo.

- Sou toda ouvidos, rapaz.

- Bom – começou a dizer – Você não me conhece a mim e eu também não a conheço, se calhar a Sara já lhe contou um pouco da minha história.

- Sim, ela contou-me e lamento muito.

- Não, não se preocupe. Queria agradecer-lhe por ter tido uma pessoa tão linda como a Sara.

- Bom, nisso saiu à mãe – ri-me com o comentário da minha mãe.

- Sim, e não duvido disso – prosseguiu – No princípio, quando ela chegou a minha casa tratei-a mal, humilhei-a diante de toda a gente sem me importar com o que ela pudesse estar a sentir nesse momento, mas ela esteve sempre lá a ajudar-me ou a ajudar os meus irmãos, apesar de tudo. Ela foi a única pessoa que me ajudou a seguir em frente, a deixar para trás o meu passado obscuro e viver o presente – respirou fundo – Isto tudo… – Olhou para mim – Isto tudo para lhe pedir que seja minha namorada.

- Ross… – Ainda não conseguia acreditar no que estava a ouvir.

- Sara é muito fácil, só tens que dizer “sim”, “não” ou “vou pensar”.

- Achas mesmo que te ia dizer que não? – Perguntei. Um sorriso formou-se no rosto de Ross, finalmente estava a ser feliz.

- Acho que devo deixá-los sozinhos – disse a minha mãe – Já é tarde e tenho muito sono. Sente-te como em tua casa, Ross.

- Muito obrigada, sogra – brincou.

- De nada querido – foi-se embora para o seu quarto.

Olhamos um para o outro e rimos juntos.

- Sabes que agora és minha namorada? – Disse pegando-me no queixo.

- Sim, eu sei mas ainda não acredito.

- Então acredita Sara, é a verdade – beijou-me – Amo-te.

- Eu amo-te mais.

- A tua mãe é um amor – admitiu.

- Sim eu sei, ela apoia-me como ninguém – sorri e beijei a bochecha de Ross – Acho que já é tarde, é muito perigoso andares aí de carro.

- Não me vai passar nada...

- Vou deixar-te lá fora então – vesti um casaco pois só tinha um vestido e estava frio.

- Entra dentro de casa rápido – ordenou – Estás a tremer – abraçou-me para me dar calor.

- Vemo-nos amanhã – fiz um enorme esforço para me separar dele, se pudesse tinha ficado horas nos seus braços.

- Não vou estar acordado muito cedo – avisou.

- Se não estiveres eu acordo-te – adverti.

- Está bem, é uma boa ideia.

- Ok, ok, tens de ir embora, não quero chegar atrasada amanhã – beijei-o rapidamente.

- Hey! Isso não foi justo! – Queixou-se.

- Porquê?

- Porque queria um muito… – Aproximou-se de mim – Muito, muito, muito maior – dito isto deu-me um beijo lento, com amor, um beijo que dizia mais do que mil palavras.

Hey, desculpem a demora pelo capítulo mas só agora é que consegui vir ao computador. Amanhã vou tentar acabar a fanfic ;)

Just a MaidOnde histórias criam vida. Descubra agora