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🥀

point of view Jin

Mais um dia de volta à aquele lugar. O meu lugar. O lugar onde torno a chamar de casa.

Privé.

A casa está cheia hoje, ótimo. Quanto mais clientes, melhor.

É isso que eu ouço, e com o tempo aprendi que sim, é verdade.

Lá estava ele, o chefe como o chamamos, me lançando aquele olhar que diz "você sabê o que tem que fazer".

E sim, de fato eu sei.

Subo para me trocar no cômodo onde ficam as roupas de todos que trabalham nessa merda de lugar.

Habituado, visto uma de minhas meias- calças arrastão junto de uma calça jeans justa e rasgada por cima, com uma camisa de botões preta e um sapato da mesma cor.

Penteio meus fios rosados, passo um gloss de morango ressaltando meus lábios cheios e por fim, passo o perfume que ele me deu.

Eu sei que ele viria, é difícil um dia no qual falte, e quando o faz não hesita em me avisar.

Desço para o saguão, onde quase tudo acontece.

Um homem de meia de idade com um paletó surrado me encara sorrindo, retribuo de uma maneira forçada, mas ainda assim graciosa. Ele está me chamando.

Acompanho o dedo indicador dele em minha direção e sigo-o. Parando a sua frente, suas mãos vão direto a minha cintura.

— Sente-se, boneca. — obedeço-o com um sorriso largo, na intenção de agradá-lo e parece funcionar. Homens são idiotas. — Aceita um drink?

— Aceito, obrigado. — assinto.

O barman estava para me entregar o Martine, — bebida a qual odeio, mas deve ser a única que esse velho possa pagar — quando sinto um braço forte rodear minha cintura e uma mão alcançar a minha que estava indo em direção a taça.

Desculpe-me, senhor, mas ele já está acompanhado hoje.

Vejo o homem crispar os lábios em menção de total desgosto e então acenar com cabeça se retirando dali.

— Namjoon, eu já disse para você parar de fazer essa porra — quase rosno e vejo-o deixar os ombros cair —, eu acabei de perder um cliente por sua culpa! Eu não sou propriedade tua.

— Eu sei que não — diz firme —, mas sinceramente sua preocupação é "ter perdido um cliente"? — diz como se o que eu acabasse de dizer fosse absurdo, ele vê que eu não nego e continua — Você sabe que eu pago quanto você quiser.

— O que você quer afinal, Namjoon? — falo com impaciência no meu tom, se o chefe presenciar essa cena eu estou ferrado. — Você nem vem aqui 'pra foder comigo.

Vejo-o suspirar frustado. Não o entendo.

— Jin... — o mais alto me chama passando sua mão delicadamente em meu rosto — Você não entende, não é? — eu nego com a cabeça e ele se aproxima cada vez mais, gradativamente. — Eu quero você, não é sobre foder, você não é qualquer um para mim.

Não consigo evitar de sorrir. Com Namjoon isso acontece com frequência, o que não deveria ser, já que o mesmo apesar de ser carinhoso e se mostrar diferente, ele não é.

São todos iguais.

Mas não consigo evitar a euforia que se espalha por dentro de mim.

— Vamos para o quarto. — digo.

privé | namjin Onde histórias criam vida. Descubra agora