Transe com seu professor.

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Era isso, um E em química. Muito bem Katsuki, você está de parabéns!

Eu sabia a porcaria da matéria, como tirei aquela nota? Por acaso eu estava drogado durante a avaliação? Tá, tudo bem que se fosse em uma segunda feira isso poderia acontecer, mas era quarta!

Mas que desgraça!

— Qual foi, Bakugou? Cadê o melhor aluno da escola agora? — Monoma riu, balançando a prova com um A gigante — feito por ele mesmo após receber aquela bosta —.

— Tá' comendo a sua mãe — retruquei — e continua balançando essa merda na minha frente pra ver se eu não soco ela no teu rabo — esbravejei ao me remexer violentamente na cadeira, fazendo que ia lhe bater, o que resultou em um olhar assustado do moleque.

Com um olhar de completa desaprovação para mim e minha suposta ameaça de agressão, ele suspirara e falara com um olhar cansado.

— Katsuki, xingar seu colega não vai melhorar sua nota — Quer me foder me dá um beijo, professor — Quero que fique após a aula. Tenho assuntos delicados a tratar com você — Aquele delicioso filho da puta disse com a voz grave e repreensiva.

— Ah, tanto faz — joguei a folha em cima da mesa e coloquei os pés sob o móvel. Já não bastava me encherem o saco a manhã inteira, ainda tive que levar mijada ao vivo como um moleque da quinta série.

Bufei.

Tinha algo errado, não era possível!

Tá, tudo bem que ele pode estar com raiva de mim por conta das vidrarias quebradas nas aulas práticas e as sumidas que eu dava em suas aulas teóricas, mas isso não justificava a nota. Eu era melhor que aquilo, eu sabia disso, a única resposta para aquela nota era ele, só podia ser ele!

Suspirei e admirei a sua concentração para com os papéis.

Mas agora me digam, como eu conseguiria me concentrar nas aulas com aquela divindade em minha frente? Como?

Izuku Midoriya era a verdadeira definição de mal caminho.

Alto, de corpo atlético, sorriso encantador e uma doçura inexplicável — tão doce que chegava a deixar meu pau diabético —.

E lá estava eu novamente admirando o corno do professor de química. Ele era tão magnífico, tão carinhoso e divertido, era uma maldade existir um anjo desses.

Grunhi, minha face entregava o olhar de garotinha apaixonada.

— Eu ouvi dizer que dar para o professor aumenta a nota — O loiro mongol cochichou no meu ouvido, trazendo-me de volta a realidade

— Não fode, Kaminari. O Midoriya não tem cara de quem se envolve com alunos, ainda mais com gente que nem o Bakugou — disse Kirishima, abusado.

—Vai saber, cara, o Bakugou não tinha cara de quem faz um "Glub Glub" no banheiro da escola. E olha só no que deu — riu o loiro.

— Realmente, quem diria que esse homem aqui seria conhecido como "boquinha de veludo da 303" — debochou uma voz sonolenta que se apoiara em minha classe — Bom dia.

Em meio a piadinhas e risadas em relação a minha pessoa, eu estava em um momento de paralisação temporária para evitar agredir meus amigos, afinal eu ainda tinha o bom senso de não cometer delitos na sala de aula.

Hitoshi fazia piadas e bagunçava meus cabelos, aumentando consideravelmente a carranca de minha face.

Mas sabe, eu juro por Deus que se continuarem com essas piadas ridículas, as veias de minha testa vão explodir e eu vou cometer um atentado hoje mesmo. O massacre vai ficar mundialmente conhecido como "O massacre do Glub Glub".

Em caso de nota baixa...Onde histórias criam vida. Descubra agora