AZARAIL

Minhas "Boas Vindas"

AZARAIL

A minha história aqui na terra, começa quando eu cheguei aqui, em uma noite fria a chuvosa. Nossa... como chovia e fazia frio naquela noite! Eu normalmente não sinto calor ou frio. Mas, quando cheguei, eu não estava na minha melhor condição. Estava muito fraca pela viagem até aqui, e ainda tinha que me adaptar as condições dessa dimensão. Entao, se alguém me encontra-se nesse estado, pideria fazer o que quisesse comigo, por eu não conseguiria me defender de nada naquele momento. 

Eu estava terrivelmente fraca, e antes de qualquer coisa, tinha que encontrar algum lugar seguro pra repor as minhas energias. Mas, como eu iria encontrar qualquer coisa, se mal conseguia me levantar do chão onde eu estava jogada. Então achei melhor ficar um tempo por ali, pelo menos até ter um pouco mais de energia. 

Eu me arrastei até chegar a uma parede, e me sentei ali, tentando me proteger da chuva. Só então, eu parei pra observar a onde eu estava. Era um beco muito escuro, com construções não muito altas de cada lado. Agumas portas, muitas janelas, e varias escadas de incêndio por tudo o beco. Havia também caçambas de entulhos, e mais uma porção de "licheiras grandes" espalhadas por tudo o local. 

Eu estava ali no chão, escondida no meio de duas dessa "lixeiras", tentando em vão me manter aquecida. Quando derrepente, escutei um barulho distante. Em seguida, escutei passos vindo na minha direção. Fiquei quieta, sem saber o que fazer. Eu pensei em pedir ajuda, mas me lembrei de meu pai dizendo, pra ter muito cuidado com os humanos, nem todos são bons. Então, desisti dessa ideia, e decidi esperar quieta, quem sabe àqueles humanos fossem embora. Mas, pro meu azar (como vocês dizem), os passos continuaram vindo na minha direção, e derrepente tinha dos homens parados na minha frente me encarando, com sorrisos diabólicos, como quando o caçador encontra uma presa facil. Só de olhar pra eles, eu senti um arrepio percorrer a minha espinha. 

Mal avia chegado e já estava com problemas. Não tinha como me defender, e pelo visto não havia mais ninguém naquele maldito beco, além de nós três. Não tinha pra quem eu pedir aguda (quer dizer até tinha, mas eu não iria mesmo pedir ajuda pros dois, não mesmo!!) 

Então só me restava uma coisa a fazer, encarar esses dois e arrumar um jeito de escapar deles. 

- Hora, hora... Olha o que encontramos. - o homem moreno, mais auto e o mais novo dos dois, disse pro colega. Eles me olhavam apreciando a presa facil que acabavam de encontrar. O colega, um homem loiro de no máximo 30 anos, também me encarava animado. 

- O que a gente faz com ela, hem? - o loiro disse pro outro, enquanto me olhava de um geito estranho, como se estivesse me comendo com os olhos. Isso me causou náusea, e eu fui obrigada a tomar uma atitude, meio desesperada confesso. 

- Acho melhor vocês dois me deixarem em paz! - falei enquanto encarava os dois nos olhos, e mostrava que não era uma humana. Mas, eles não demonstraram nenhuma surpresa em ver meus olhos brilharem. 

- Olha o que temos aqui? Sera uma anja? - o moreno perguntou.

- Acho que não! Você não viu que um brilhou em negro?!  - o loiro disse já tirando uma espada angelica da manga. E revelando seus olhos vemelhos pra mim.  - Com certeza anjo não é! - ele concluiu. 

- Nossa... Brilhante! Estua espantada com tanta perspicácia! - ironizei o tamanho da sua astúcia. - Isso vindo de dois diabretes... É realmente espantoso! 

Não, eu não sou louca por provocar dois demônios assim, principalmente no meu estado. Mas, eu tinha um plano em mente, e precisava que eles chegassem o mais perto possível de mim, pra eu poder contra atacar sem usar muita energia. Mas, pra minha completa frustração, a degraça daquele diabo loiro, apenas me arremessou do chão na parede do outro lodo do beco. Me fazendo quebrar a parede com a força do impacto, e me esburrachando em cima do capô de um carro estacionado na garagem daquela construção.