My Sweet Ghost | Xiumin

✖️ Capítulo 15 ✖️

Depois de toda aquela reconciliação, fomos fazer o jantar juntos, coisa que não fazíamos há já algum tempo.

E foi muito bom. Voltarmos a rir e a divertimos-nos como antes, como quando ainda tinha a minha mãe.

Talvez o facto de lhe ter dito aquilo até foi bom, pois esclarecemos tudo e agora as coisas até parecem melhores do que estavam antes.
Claro que se voltasse atrás não diria nada daquilo. Mas talvez fosse pior pois não lhe estaria a ser honesta e lhe estaria a esconder uma coisa muito importante.

Fizemos pizzas. Coisas que também só fazíamos aos sábados à noite... quando a minha mãe ainda era viva. Depois que ela morreu... nunca mais.

Comemos na sala, coisa que ele nunca me deixara pois não queria que sujasse o sofá e que o sítio para comer era a cozinha. Mas isso não era o importante.

O importante era estarmos bem e voltarmos a ter uma boa relação como sempre tivemos. E isso deixa-me tão feliz... Mas ainda havia uma coisa para resolver.

Ajudei o meu pai a arrumar a cozinha e fui para o meu quarto estudar um pouco.

Precisava tanto de falar com o Xiumin. Mas teria de esperar até o meu pai ir dormir para falar com ele. Imaginem que o meu pai me apanhava a falar "sozinha". Ainda me internava em um manicômio.

Quando ouvi a porta do quarto do meu pai ser fechada, fui para a casa de banho, tomei um banho, lavei os dentes e vesti um pijama largo e fresco pois estava bastante calor.

Deitei-me na cama e preparei-me para ver um filme enquanto não vinha o sono. Mas ouço alguém a bater à porta.

— Sim?

— Sou eu. Posso? — Xiumin perguntou.

— Claro. Entra.

Era a minha deixa e eu não poderia deixar passar. Ele não merecia nada daquilo que eu lhe fiz.

Ele entrou, fechou a porta devagar atrás de si e veio até mim. Fiz sinal para ele se sentar do meu lado e ele assim o fez.

— Vinhas dizer-me alguma coisa?

— Sim. Queria saber se ainda estavas chateada comigo.

— Óbvio que não. Depois daquilo que fizeste ninguém conseguiria ficar chateado contigo.

— Ainda bem — ele ia-se levantar mas eu puxei-o pelo braço de volta.

— Espera... eu queria agradecer-te pelo urso... e pelo bilhete também. Se bem que tu é que merecias um pedido de desculpas, eu é que agi mal. Por isso, desculpa-me por aquilo a sério, eu não queria mesmo falar assim contigo.

— Já passou. O que importa é que estamos bem e que saibas que podes confiar em mim.

— Eu sei que sim. E tu também podes confiar em mim. E eu sei que me escondes alguma coisa.