A Vida!

4K 446 50
                                    

Carlos.

Sai do aeroporto que  nem um furacão, cheguei no condomínio que Saulo morava em 15 minutos!

O porteiro já me conhecia, então nem precisei parar.

Entrei no elevador e quando vi já estava apertando a campainha.

Saulo abriu a porta e ficou me olhando com a cara de surpresa.

- Oi Carlos tudo bem? Você não tinha que está num congresso?

-Sim Saulo eu até ia, mas vi algo no aeroporto que mudou meu rumo.

- O que Carlos? E alias entra que eu não vou ficar aqui na porta.

Nem percebi que estávamos na porta, minha angústia era muito grande que quando vi já estava na porta do apartamento do Saulo.

- O que você viu no aeroporto que fez você não ir ao congresso e mais vim bater na minha porta?

- Saulo nos conhecemos a quantos anos?

- Não sei Carlos, acho que uns 15 anos por que?

- Então você não mentira para mim, correto?

 - Correto Carlos, mas por que tudo isso, não estou entendendo você?

Nesse momento eu estava a ponto de estourar e Saulo de braços cruzados tentava me decifrar, e eu não queria perder mais tempo, eu precisava saber de quem era aquele bebê.

- Me diz, de quem e o bebê que estava com a Luíza?

Saulo não sorria, ele só me olhava, começou a passar a mão na cabeça e andar de um lado para outro na sala.

Eu entendia aquilo, ele não podia mentir para mim, e não podia falar a verdade, eu tinha pego ele.

- Fala para mim Saulo, de quem o bebê que Luíza estava no aeroporto?

Quando ele ia começar a falar, Sara apareceu.

-É dela, olhei para Sara que estava com o bebê nos braços.

- E posso saber quem é o pai, e não me venham falar que o pai e o doutor , por que não é, eu vi ele falando padrinho.

-Sem mentira, quem o pai desse menino?

Sara olhou para o Saulo, que não sabia o que fazer.

-Não vou mentir para ele, falei para vocês não me colocarem nessa, eu não ia mentir para meu amigo.

-É seu Carlos, esse bebê que esta nos braços da Sara é seu e de Luíza.

Eu não sabia o que falar, senti minha cabeça girar.

Saulo veio e me amparou.

Sentei e fiquei com as mãos no meu rosto, de cabeça baixa, tentava assimilar a noticia.

-Por que ela não me disse que estava gravida? olhei para Sara.

-Por que Carlos? será que você não sabe?

- Sara vai com calma, ele esta sensível.- disse Saulo.

-Sensível, pelo amor Saulo, um homem desse tamanho, juiz em uma comarca do tamanho da cidade de São Paulo sensível?

-Sensível ficou Luíza, gravida num país estranho e pior, sozinha pois o pai do seu filho sempre deixou bem claro que não queria ter filhos.

-Eu não sabia que ela estava gravida, porque ela não me falou?

-Por que você sempre disse  que não queria ser pai e nem casar, e   Luíza não queria que Gael fosse rejeitado pelo pai.- falou Sara me olhando nos olhos.

Eu me levantei e olhei naquele menino, e foi instantâneo, ele abriu um sorriso enorme e me deu os braços.

Eu sorri para ele e o peguei nos meus braços, e quando peguei Gael eu senti um amor tão grande que mau cabia no meu peito.

Olhei meu filho nos olhos e prometi que jamais iria abandona-lo assim como meu o pai fez.

Sentei com ele no colo,ele falava muitas coisas e de repente ele me olhou e disse: -Papa.

Eu sorri e chorei, abracei ele o mais forte que pode aso parei de apertar quando ele resmungou.

Estava brincando com ele, quando ouvi a campainha e Sara foi abrir.

Quando olhei para porta, eu vi a visão mais linda que meus olhos contemplava.

Luíza entrou e veio em minha direção, tomou Gael dos meus braços e como uma leoa o protegeu, como se eu pudesse lhe fazer algum mal.

Olhei para ela e Saulo mais que rapidamente puxou Sara nos deixando sozinhos na sala.

-Por que você não me disse que esperava um filho meu?

-  Eu só descobri quando estava na Nigéria, e você sempre deixou bem claro que não queria filhos, então não quis que meu filho fosse rejeitado assim como a mãe foi.

-Luíza eu sei que errei muito com você mas, eu jamais iria rejeitar um filho meu, e ainda mais com você.

-Pois bem Carlos, palavras bonitas, mas não mudam nada.

-Muda sim Luíza, quero reconhecer Gael e isso você não pode me negar, eu sou o pai e tenho direitos sobre ele.

-Sobre seu filho sim,até por que um exame de DNA comprova a sua paternidade,  e quanto a isso não tenho opção.

Eu não sabia explicar o que eu estava sentindo, mas o olhar de desprezo de Luíza me deixou de coração partido.

-Luíza quero dar meu sobrenome para ele quanto antes, e quero poder ver ele quando quiser.

-Carlos quanto a isso sem problemas, enquanto tiver no Brasil você poderá ver gael quando quiser.

- Enquanto você no Brasil? você pretende se mudar?

Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo, acabei de descobrir que sou pai já iria perder meu filho, não isso não ia acontecer.

-Nem pensar, Luíza Gael não sai do Brasil, nem ele e nem você, não vou deixar você ir embora de novo com meu filho, ouviu bem? posso ter errado da primeira vez quando fui um idiota, canalha filho da puta com você mas, não irei errar agora já perdi dois  anos da vida do meu filho, vocês não sai mais daqui, nem que para isso eu tenha que te amarrar na cama ou usar todo meu poder para te manter aqui, e outra Luíza não quero só o Gael, quero o pacote inteiro, então já fique avisada.

- Quem você pensa que é Carlos? você pode ter influência e tudo,mas não sou qualquer pessoa não, eu sei bem meus direitos, pode perguntar para meu advogado.

- Sobre seu filho você tem direitos, mas sobre mim, nenhum, e então não lhe devo nada, e não quero nada, alias quero sim, que você fique bem longe de mim,você já me magoou demais e de você hoje quero distancia.

Ouvir Luíza falar tudo isso na minha cara doeu tanto, que eu nem pude questionar.

-Luíza eu sei que te magoei, me perdoe, eu sei que errei e que mereço seu desprezo mas, eu não posso deixar vocês partirem para longe, eu quero fazer parte da vida de Gael, e você sabia que nos conhecemos hoje e ele me chamou de pai?

- Sim Carlos isso era esperado, ate por que eu sempre mostrei fotos sua para ele.

Eu fiquei ali sem saber o que dizer, ela falava de mim para ele.

Meu filho sabia quem eu era, eu não me contive peguei Gael nos braços e o beijei tanto, ele retribui sorrindo, quando parei de beija-lo ele me olhou nos olhos e voltou a me chamar de papai.

-Sim meu filho sou seu pai e prometo cuidar de você pro resto da nossas vidas.

O PromotorOnde histórias criam vida. Descubra agora