Capítulo 33 - Sequestro.

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Shirley.

Algum tempo depois senti o carro parar e Adonis voltou a descer do carro, abriu a porta apenas para me tirar de lá de forma grosseira. Assim que consegui me situar, olhei melhor o ambiente a minha volta meu coração voltou a acelerar. Estávamos num beco sem saída, mais ou menos à uma esquina de distância da minha casa.

Eu estava tão perto de ser salva... bastava um grito. Bastava correr e logo eu poderia estar a salvo dele.

Me perdi entre ideias de como fugir de Adonis quando o mesmo apertou meu braço com força.

- Ai! - Falei tentando puxar meu braço e então ele me arrastou até o final do beco, me encostando na parede.

- Escute bem... - Começou. - Vou te soltar, você vai entrar na casa e deixar a porta aberta. Mas se você tentar qualquer gracinha eu entro lá e te mato.

Adonis disse e eu empalideci de medo.

- Quem te garante que eu vou te obedecer? - Ousei perguntar num surto de coragem, ele riu.

- Ah, Shirley... você é inteligente e sabe do que sou capaz. - Ele alisou meu rosto, sorrindo com deboche. - Agora vai.

Ele me empurrou e eu caminhei até minha casa, completamente tensa. Ousei olhar para trás a pude enxergar os contornos do corpo dele sob a pouca iluminação do beco.

Engoli em seco e voltei a caminhar até minha casa, enrolei o máximo que pude ao procurar as chaves e abrir a porta e so entrei quando vi que não dava mais pra enrolar.

Assim que adentrei a sala analisei o local a procura de alguma coisa que eu conseguisse usar numa fuga, mas não tinha nenhuma alternativa válida para tentar. Senti o pânico tomar conta de mim, oque será que aquele louco queria me trazendo para minha casa?

Logo hipóteses nada legais começaram a surgir na minha cabeça e eu comecei a chorar, e quando Adonis apareceu na porta da sala agi por instinto e fiz a primeira coisa que meu veio a mente: Correr.

Corri até meu quarto e me tranquei em seguida, Adonis começou a esmurrar a porta do quarto segundos depois.

- Sua vagabunda, abre essa porta! - Ele vociferou.

Enquanto ele esmurrava a porta eu me desesperava mais e mais. Tentei sair pela janela pequena que tinha ali mas antes que eu conseguisse passar por ela de fato a porta de abriu violentamente, Adonis veio até mim com uma cara muito irritada e me puxou pelos cabelos.

E eu so consegui gritar de dor e chorar.

- Você acabou com a minha paciência! - Ele disse depois de me dar um tapa no rosto. - Agora você vai fazer oque eu mandar, entendeu, e sem gracinhas.

Dito isso ele me soltou e me obrigou a fazer uma mala com algumas roupas, em seguida ele me fez escrever uma carta. Ainda em silêncio eu escrevi cada palavra que ele ditou pra mim, meu desespero aumentava conforme eu escrevia e entendia qual a finalidade de tudo aquilo.

Ele faria de tudo para que eu não fosse encontrada.

- Vamos embora... anda!

Ele vociferou novamente enquanto me puxava pelo braço.

...
Felipe

Meu dia hoje foi corrido e mesmo com tanto trabalho e coisas para fazer, eu não conseguia tirar o sorriso do rosto. Desde que reatamos minha relação com Shirley estava a cada dia melhor e eu estava cada vez mais apaixonado.

A minha maior ansiedade de cada dia era poder tê-la por perto tamanho era o amor que eu estava nutrindo por ela. Meu expediente havia acabado e logo eu reuni minhas coisas na bolsa e segui até a garagem, peguei meu carro e comecei a dirigir rumo ao trabalho da minha morena.

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