Era uma vez, 15 anos, outra vez ( Fanfic Para todos os garotos que eu já amei )

2008

"Só por poder te abraçar,

Suspiros e sussurros de carinho e paixão,

Passei a noite inteira imerso na escuridão,

Pensando em você..."  (Trecho retirado da música 7 á Uma ou 7x1, interpretada por Forfun)

***

Era incrível como tudo ia tão bem... Pela primeira vez não era uma história inacabada escrita nas folhas dos finais das matérias de Lara Jean. Era tudo real... Peter,o garoto mais popular e revoltadinho da sala havia sido obrigado a sentar na cadeira logo a sua frente. Porque os professoras não aguentam mais a bagunça que ele fazia com os garotos do fundão.

 E a uma semana os dois não paravam de se alfinetar e conversar. Mas lá estava ele dividindo o fone de ouvido com ela... mas como sempre, ele deixava ela com seu MP3 e ia bagunçar pelo corredor da escola.

De 7 á uma... eu não sou seu, da banda Forfun era a música que Peter havia colocado pra ela ouvir. Lara Jean não entendia se aquilo era uma indireta ou um fora. Mas eles nem haviam jamais ficado.

Inclusive a vibe era totalmente outra, eles amavam se odiar. Viviam discutindo por qualquer coisa.

Peter não conseguia calar a boca nem deixar ela em paz um segundo, vivia tomando seu celular para jogar joguinho sempre que os professores viravam as costas.

Os jogos da época, e os celulares em geral eram ainda muito precários. Mas Lara Jean tinha a sorte de ter um celular de tela colorida. Pleno 2008, quem tinha um Sony Ericsson feito ela era considerado sortudo.

As brigas e as discussões foram dando espaço para algo diferente. Peter ainda a xingava de idiota com a maior satisfação do mundo e Lara Jean fazia o mesmo. Ela não conseguia evitar de gostar dele, porque ele era o único que tinha coragem de tirar uma garota tímida feito a Lara Jean do sério.

Era tudo basicamente perfeito... as aulas todas eles conversando e brigando feito dois malucos que tinham uma energia incrível para se xingar e as vezes simplesmente dividir o fone de ouvido.

Lara Jean sabia que os pais estavam passando sérios problemas no relacionamento e algo a dizia que tinha que tomar alguma atitude. Ou jamais poderia concretizar tudo que era bom entre ela e Peter e no futuro apenas se lembrariam do quanto se xingavam.

Ela tinha tudo pra deixar pra lá, mas o jeito que ela o olhava quando estavam de bem a fazia instintivamente correr contra o tempo.

Suspirou fundo e mandou um sms. Peter recebeu e respondeu... do jeito todo idiota e estúpido deles agirem um com o outro eles acabaram meio que marcando de ficarem na sala de aula. Seria um beijo. Só um beijo.

Com uma leve ajuda de Nando, um grande amigo de Peter, tudo parecia funcionar perfeitamente. A sala conseguiu ser esvaziada na hora do intervalo. Peter então entrou correndo dentro da sala e puxou a tranca pra que ninguém sonhasse em entrar ali.

Era tudo tão simples e inocente que é difícil descrever isso em palavras. Mas a melhor descrição é de um menino que havia iniciado na academia alguns meses atrás e que era talvez um palmo mais alto que ela...

Com os olhos arregalados escorado na porta como se alguém fosse tentar arrombar aquilo, ele fez algum sinal para que ela se aproximasse.

Só ele sabia o quanto havia sido difícil fugir dos amigos que estava no corredor tentando descobrir em qual sala ele havia entrado. Peter tinha conhecidos em todas as salas, então era visivelmente difícil ter privacidade. E olha que naquela época nem havia essa quantidade de celulares com câmera e internet prontos para postar em redes sociais como instagram, feito hoje.