Capítulo 21

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Casa Agnes

Manu acorda no dia seguinte por último e um tanto indisposta. Logo lhe veio à cabeça que algo poderia ter acontecido com sua irmã. Levantou-se e foi procurar por sua mãe, que estava na cozinha junto de Mateus.

- Mãe! Mãe! Mãe! - Gritava ela desde o quarto.

- Manu? O que foi? - Rebeca segura firme os ombros de Manuela no intuito de fazê-la se acalmar.

- Eu não sei, mas acho que é a Isa. - Contou ela toda angustiada.

- O que tem sua irmã filha? - Ela pede para que Mateus pegue um copo d'água com açúcar e assim o menino faz. Acompanha a menina até o sofá.

- Eu não sei mãe, mas acho que ela está correndo perigo. Eu posso sentir isso. - Ela chora. Seu amigo lhe entrega o copo e ela bebe o líquido quase tudo.

- Fica calma Manu. Foi apenas um sonho. A Isa sabe se defender! - O garoto tenta consolar a amiga.

- Não, não é isso. Vocês não entendem. Precisamos encontrar ela antes que algo ruim aconteça. Eu sei o que eu estou dizendo. - Manuela começa a se explicar e chorar desesperada. Mateus e Rebeca se olham.

- Tudo bem Manu. Acreditamos em você, mas agora você precisa se acalmar. Vou até a delegacia ver como estão as buscas. Acha que consegue ficar aqui? - Sua mãe fala no intuito de a acalmar. Sabia que no fundo, Manuela podia estar certa.

- Sim, eu consigo. - Diz finalmente se acalmando.

- Bom, já que a Manu está mais calma, acho que vou indo pra casa. Tenho que ficar de babá da Dóris hoje. - Mateus se apoia nas pernas e levanta. - Vamos nos reunir hoje Manu? - A menina concorda. - Okay! Vou avisar o pessoal e mais tarde a gente se encontra. Obrigada tia Rebeca! Tchau Manu! - As duas se despedem e o menino vai para casa.

- Você vai mesmo ficar bem filha? Ou prefere ir comigo? - Sugere a mãe.

- Pode ir mãe. Qualquer coisa eu te ligo ou vou até a casa do Téo. - Ela conforta a mãe.

- Tudo bem então, se você diz. - A mulher loira beija a testa da filha. - O café já está pronto e eu já comprei pão, ouviu?

- Sim.

- Mas é pra comer, não quero que você fique doente.

- Tá bem mãe. Eu vou comer.

A mais velha se levanta, vai até o quarto, troca de roupa e pega sua bolsa. Se despede da filha e vai rumo a delegacia. Manu, por outro lado, liga para toda sua turma, marcando uma "reunião de busca".
  Rapidame se levanta do sofá e vai tomar banho. Desta vez, ao invés de colocar mais uma de suas tiaras, resolveu colocar um turbante da irmã, desse jeito, sentia que estava mais próxima dela. Saiu sem ao menos comer alguma coisa como sua mãe havia lhe dito. Encontrou com o pessoal no local combinado e começaram então, a planejarem um roteiro de busca por Isabela. Depois que decidiram, as equipes foram divididas e assim começaram a procurar pela menina que havia desaparecido misteriosamente.

Em algum outro lugar...

Após a menina cair desacordada, o homem escuta barulho e abre rapidamente a porta, deparando-se com a menina no chão. Rapidamente a pega no colo e leva até a sua chefe.

- Senhora, a menina desmaiou. O que devemos fazer? - Seu tom de voz dava a entender preocupação.

- Coloque ela no cantinho dela. Daqui a pouco isso aí acorda. - Menospreza.

- Mas dona... - Ele é interrompido.

- Faça o que estou mandando e pronto. - Nem ao menos olha para a menina nos braços do homem, continua em seu computador.

- Sim senhora. - Aceita. Ele leva a menina de volta para quartinho e coloca ela no sofá. Como era a única ordem que lhe cabia, deu meia volta e saiu do quarto.

Isabela acorda no outro dia com uma dor no corpo horrível, como se um caminhão tivesse passado em cima dela. Olhou em volta e viu uma bandeja, desta vez havia suco e bolo, além de um pão. Foi até lá e comeu. Se sentiu um pouco melhor, mas ainda estava mal. Escutou a porta abrir, mas não tinha forças para correr, continuou onde estava, mesmo com as pernas bambas de medo.

- Ora, ora, ora! Parece que alguém acabou com o teatrinho. Você seria uma boa atriz garota. - Ela passa a mão no rosto da menina.

- O que você quer de mim? - Ela pergunta tirando a mão da mulher de seu rosto. A mulher ri.

- De você? O que você poderia me acrescentar? - Fala ainda rindo. - Meus objetivos contigo é atingir outra pessoa. E se sua mãe realmente amar você, ela virá até mim. - Sorri maléfica desta vez.

- Minha mãe? O que minha mãe tem a ver com isso? O que eu tenho a ver com isso? - Isabela começa com seus questionamentos mais uma vez.

- Se não quiser ficar sem almoço novamente, é melhor que cale a boca. - A mulher joga Isabela contra o sofá. - Isso é problema meu. - Diz extremamente nervosa. Ameaça ir para cima de Isabela, mas o homem que estava com ela a impede.

Isabela se encolhe no sofá temendo apanhar. Começa a chorar por estar assustada com toda essa situação. O sua mãe teria feita a essa mulher, para que ela tivesse tanto ódio de Rebeca?
A mulher e o homem que a acompanhava vão embora, deixando a menina sozinha naquele quarto escuro e úmido mais uma vez.

Continua...

Mais um capítulo aí jovens!

E aí, o que acham que vai acontecer agora?!

Bjos!

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