after the end

Cap. One

Hoje faz vinte e dois anos que a Alemanha e toda a Europa estão sendo bombardeadas pelas potências asiáticas, em uma guerra sangrenta em busca de poder e água.
A América Central foi dominada há dezesseis anos por norte coreanos e teve a sua população dizimada.
Doze anos atrás, a antiga potência norte americana foi derrotada e dividida em dois poderes centrais asiáticos. Desta forma, a América Latina foi a única de toda a América que não se rendeu, ainda possuindo conflitos sangrentos em meio às águas amazônicas, objeto de anseio mundial. 
Acordo em meio aos meus pensamentos, ao perceber que já se passara do horário de levantar-me da cama. Hoje eu e a minha irmã iremos a vila, ajudar a nossa mãe a vender o pouco excedente da produção de trigo.  Assim sendo, logo cedo, tive que me vestir, preparar o café da manhã e conferir se tudo estava nos conformes para partirmos, tendo em vista que há uma grande distância de nosso pequeno sítio até mercado principal.
O caminho para nosso destino foi tranquilo, longo e bastante cansativo, por conta da exorbitante quantidade de buracos e pedras na estrada.
Logo quando chegamos, fomos abordadas por Alfred, um senhor de meia idade, dono da animação de uma criança de cinco e tio de minha mãe.
- Olá Alfred! Como tens passado? fiquei sabendo da fratura que tivestes na perna, fiquei com receio de ter acontecido o pior! - disse mamãe, demonstrando preocupação com o seu tio.
- Ah, não seja exagerada Dora, estou bem sim! até parece que uma quedinha daquelas derrubaria um homenzarrão como eu- diz ele se gabando, enquanto mamãe finge concordar com o que ele acabara de dizer - ah! e vejo que trouxe minhas duas sobrinhas, e como estás duas cresceram! a última vez que às vi Daphine ainda não sabia ao menos andar de bicicleta- completou.
- Então não faz tanto tempo assim, porque até hoje ela não  aprendera- digo e recebo um tapa de minha irmã.
- Ei! Isto não teve graça alguma. E andar de bicicleta não é tão fácil quanto fazem parecer- Daphine diz, enquanto faz um bico gigantesco.
- Senti a falta de vocês!- Alfred diz e ri da "cara de zangada" que Daphine faz.
Alguns minutos depois mamãe chega a conclusão da necessidade de irmos entregar o trigo à Georg e Hagi, dois clientes que sempre encomendam um pouco de nosso trigo.
Quando terminamos as entregas já passava das duas horas da tarde, então fomos direto a casa de tia Jeffrey, irmã de Alfred, para podermos comer o desjejum e em seguida irmos montar a nossa pequena barraca no mercado.
O que não esperavamos era que um incidente do tamanho que a pequena vila interiorana de Delfic, ou qualquer outra vila em toda a Alemanha, nunca havia presenciado antes, iria acontecer justamente naquela tarde.