Eu queria ser livre, mas essa maldita gaiola me sufoca....

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Mais um dia nasceu, fazendo o pássaro monocromático suspirar e abrir os olhos, desesperançosos, observando ao seu redor, havia nada...

A cada dia que se passava, aquela gaiola estava sufocado mais ainda aquele pequeno pássaro destinado a ser livre, cantar e voar alto. Ele ainda podia cantar, mas sua tristeza em ficar preso naquela maldita gaiola o impedia cantar um canção alegre que aquecia seu pobre coração.

Você deve está se perguntando como foi parar o pobre pássaro preso nessa gaiola?

Ele foi traído por quem ele mais amou, por inveja de suas cores vibrantes e agora estava preso, cercado por pessoas desconhecidas, que o perturbavam ao todo instante para cantar para eles, que faziam fazer o pássaro brigar e xingar, mas era em vão, eles não escutavam, apenas ouviam apenas uns gurnidos que pensam que era a melodia dele. Até que um dia tudo isso mudou, quando o majestoso Rouxinol Azul pousou na arvores de magnólias brancas, que era perto da gaiola do pássaro monocromático e começou a cantar lindamente, que atraiu a atenção do pássaro triste, que se remexia alegre e tentava o acompanhar-lo.

-Como foi parar aí preso, pequenino? -Perguntou o Rouxinol.

-Fui covardemente traído e capturado, vá embora, antes que eles façam essa maldade com você, Rouxinol! -Disse o pássaro aflito.

-Maldades? -Perguntou o Rouxinol e o Canário respondeu tristemente:

-Eles cruelmente cortaram minhas asas, machucaram meu bico e as minhas belas penas brilhantes perderam a cor, agora só existe essa carcaça que está falando com você.

Preocupado, Rouxinol, cantou uma música que espantou todos os medos do pássaro monocromático. Assim que parou de cantar, o azulado disse:

-Não fale isso, ainda existe uma parte daquele ser de antes, vou lhe ajudar a traze-lo de volta...irei vim todos os dias, nesse mesmo horário e farei companhia a você, pequenino Canário monocromático.

E assim ele fez, todos os dias vinha cantar para o pobre Canário, contar suas aventuras pelo mundo e as maravilhas que o via. Que fez o canário ter sonhos sobre o mundo fora daquela sufocante gaiola, acordar empolgado em ver o Rouxinol no dia seguinte, aquilo fez seu coração se acalmar, mas quando o inverno chegou, fez o canário a voltar a ser o que era, já que não havia o Rouxinol Azul por perto e estava por perto dos seres humanos que o mal tratou, sua nova morada seria na sala de estar enquanto essa estação passava. Havia um que era novo, uma jovem garota, que estava quieta enquanto escrevia no seu pequeno caderno e batucava no mesmo enquanto parava para pensar ou observa-lo.

-Porque não solta ele, já que o mesmo só faz dormir? - O homem olhava arrogante para ela como quisesse bate-la, mas invés disso, disse-lhe:

-Ele é uma raridade, não vê? - Ela olha para ele com dó e volta a olhar o homem. -Não posso deixa-lo ir, de forma alguma!

Isso fez desesperar o pobre Canário, que a garota notou e disse baixinho para o mesmo:

-Assim que o inverno acabar você irá embora e talvez encontrar seu amigo Rouxinol?- Ela respira fundo e continua: -Escuto os dois todos os dias...sei como se sentir sufocado, sozinho e sem esperanças, já passei por algo assim, mas vou lhe dizer uma coisa, a vida nos dá arranhões para a gente se tornar forte e voar por ai, bastante alto! - Piscou o olho e voltou a escrever.

Ele tinha medo de acreditar naquela garota, mas ela foi tão gentil e continuou sendo durante todo inverno, que acreditou nas promessas que ela prometeu. Quando chegou a belíssima primavera, o pássaro voltou ao seu habitual lugar, ele suspirava desacreditado, ela não havia cumprido a promessa. Rouxinol Azul, apareceu, mas antes de cantar disse:

-Pequeno Canário! Você não está mais monocromático!

O Pequenino abriu suas asas e vendo que não estava totalmente cinzas, havia agora algumas penas coloridas, ele olhou totalmente surpreso e começou a cantar alegremente, que faz o Rouxinol acompanhar, mas foi parado com o som da porta se abrindo e saindo a garota de lá com a chave na mão. Ela abriu lentamente e disse:

-Seja feliz querido Canário, veja o mundo que eu não poderei nunca ver, vá ! - A garota chorava por libertar algo tão singelo e lindo daquele local.

Assim que o Canário, saiu de sua prisão finalmente, depois de tantos anos, viu que sua cor havia voltado e brilhava mais do que ele lembrava. Agradeceu a garota e voou para bem longe, acompanhado de seu amigo Rouxinol e foi ter sua própria aventura pelo mundo, voando bem alto!

.A GaiolaWhere stories live. Discover now