Capítulo 4

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 iHeartRadio Music Festival – Há alguns meses atrás – 2017.

Um festival sempre era um festival, o que significava que artistas estariam de um lado para o outro com suas respectivas equipes, preparando-se para fazerem o melhor de suas performances. Buscarem concentração era o que mais presavam. Alguns ainda conseguiam se distrair jogando conversa fora, porém, havia aqueles que presavam pelo que melhor pudessem lhes dar concentração, paz.

Hailee Steinfeld era uma dessas: ela só desejava ter um momento de paz onde pudesse focar em tudo o que lhe importava. Encontrava-se tão tensa, que se sentia como um alguém que poderia surtar a qualquer instante. Por isso, tomou uma respiração, olhou para o espelho diante dela, e fechou os olhos brevemente. Ao abri-los, no entanto, pôde escutar uma leve batida na porta. Franziu o cenho, e permitiu que quem pudesse ser, adentrasse.

A moça se encontrava vestida num roupão, e se sentiu um tanto quanto aliviada quando uma de suas assistentes adentrou ao camarim segurando algo que chamou sua atenção. De imediato, Hailee riu e questionou:

- Um buquê de rosas? Mas nem mesmo é o meu aniversário!

- Aparentemente há um admirador, senhorita Steinfeld.

- Admirador? – Riu novamente e chegou a negar com a cabeça ao aceitar o buquê, sentir o aroma das rosas inebriantes, e buscar por algum cartão que indicasse quem poderia ter lhe enviado. Mas ainda assim, questionou outra vez, pois apenas ler num cartão não lhe era o suficiente. Ao menos não era suficiente para sua curiosidade.

- Você poderia me dizer quem enviou isso?

A assistente deu um meio sorriso ao dar de ombros como numa resposta muda, porém, rapidamente deu vida à sua voz de uma forma um tanto quanto tímida por não poder dar o que a cantora desejava.

- Sinto muito.

- Sente muito por não saber ou por não poder dizer?

- Por não poder dizer. Realmente sinto muito!

- Certo. Vamos ver. Por quanto compraram seu silêncio? – Ela questionou ligeiramente séria, porém, rapidamente apressou-se em rir quanto notou a outra trêmula. – Tudo bem, você não precisa ficar nervosa. Eu só estava brincando.

- Oh. Certo! De qualquer maneira, deixarei você sozinha.

- Hã. Ok. Bom. Obrigada pelas rosas. São lindas. Não acha?

- Quem as trouxe têm um ótimo bom gosto. Você é sortuda.

- Sortuda? Ah. Bobagem!

Hailee riu pela ideia da assistente desde que esta provavelmente pensara que aquele buquê poderia ser de seu namorado. Contudo, ela se encontrava solteira há poucos meses, e nem mesmo em seus pensamentos seu ex-namorado poderia ressurgir ao ponto de lhe enviar rosas – não que este não fosse o tipo de cara que costumava lhe presentear com rosas.

De qualquer forma, seu ex-namorado passou a ser como a última pessoa a habitar sua mente quando Steinfeld se encontrara sozinha na companhia das rosas e do cartão. O cartão que recebera toda sua atenção quando letras maiúsculas fora tudo o que conseguira enxergar, sobretudo, quando seus olhos fitaram palavras em particular.

Palavras que remetiam ao que ela desejava saber: quem havia lhe enviado aquilo. E, ao saber, ao ver o nome escrito tão cuidadosamente no canto do cartão, ela apenas não conseguira acreditar no que seus próprios olhos enxergavam.

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