CHRISTOPHE SE DEU CONTA da insegurança a qual Eulalia vivia com aquela criança. Assim que entrou no prédio, ele percebera a situação precária e insalubre as quais elas viviam.
O mofo se instalava pelas paredes das escadas. Havia fios soltos caindo do teto, o que poderiam causar um curto circuito e por consequência, um incêndio.
O cheiro forte era de sujeira, do chão empoeirado e com os azulejos quebrados. Aquele lugar era péssimo. Não que Christophe fosse arrogante, mas era a verdade. Aquele lugar era muito perigoso.
Aquele edifício oferecia dezenas de riscos aos moradores. Assim, a primeira coisa que faria seria tirá-las daquele lugar e levá-las ao seu apartamento.
- Vai me deixar entrar, ou me deixará plantado aqui fora?
Ele viu o rosto dela pálido e preocupado, então se aproximou e apoiou um dos longos braços no batente, enquanto assistia à respiração de Eulalia ficar cada vez acelerada. Então ele a afetava...pensou ele.
Eulalia destrancou a porta e ele levou as bolsas para dentro do ambiente insalubre e úmido, colocando-as sobre o velho sofá. Então, Christophe virou-se e ele passou a encará-la, aguardando as explicações as quais ela lhe devia.
- Pode começar a falar... - Inquiriu ele, cruzando os braços sobre o peito musculoso.
Eulalia balançava a criança no colo e então, ela respirou fundo para começar a falar. Depois, colocou a bebê sobre a cama de solteiro no quarto, em segurança.
- Eu...
- Não acha que já passou a hora de gaguejar? Vamos, estou esperando.
Ele sentiu que ela estava na corda bamba, mas Christophe não cessaria em pressioná-la, enquanto Eulalia não contasse a verdade.
- Por que passou aquela noite comigo? - Indagou Christophe.
- Eu não tinha ideia que era você!
- Tem certeza disso?
Christophe ergueu uma sobrancelha e passou a se aproximar dela, como se fosse um predador.
- Não vai acreditar em mim, não é?
Ele contornou o sofá, passando a reparar o interior do apartamento dela.
- Quem diria que uma virgem se comportaria de forma tão sensual sob os lençóis. - Disse, de maneira cruel. - Acha que não percebi que era pura?
- O que queria que eu fizesse? - Vociferou ela. - Não sou o tipo de mulher vulgar como as quais você anda!
- Sei disso, sei muito bem. Nunca tinha dormido com uma mulher virgem, mas até que não foi ruim. Aliás. Saiba que foi a melhor noite de sexo que eu tive em toda minha vida.
Diante dessa declaração, o rosto se Eulalia começou a ficar vermelho. Ele deu risada e sorriu de lado, observando como ela era pudica.
- Não vai falar nada?
- O que quer que eu diga? Que foi uma noite espetacular? - Respondeu Eulalia.
- Sim. Percebo que também gostou. Pois bem, está provado que somos perfeitamente compatíveis na cama.
- Como descobriu que era eu? - Pediu ela.
- O bilhete no criado-mudo. Guardei na minha carteira. - Ele retirou o papel e comparou com o post-it, o qual também estava guardado. - Eu não sabia o nome da pessoa, mas sabia pela letra. Você tem uma linda letra cursiva e tratei de guardar ambos os papéis. Após a comparação, decidi que ficaria em casa e descobriria de uma vez por todas a sua identidade. E aí está.
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O Direito de Amar - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 5 (COMPLETO)
RomanceAtenção: livro não está revisado! Futuramente, passará por uma nova revisão e edição! "Homens poderosos, afetados por paixões arrebatadoras." Christophe Dujardins é um advogado francês conhecido por seu forte senso de justiça e habilidades empresari...