Garbage bag and coffee

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Lauren Jauregui's POV

Demorou um pouco para que Vero chegasse depois que os jovens deixaram o posto e eu pude enviar minha localização a ela, de modo que apenas me sentei sobre um pedaço de concreto, suspirei entediada e esperei por ela, observando o passar dos minutos.

[...]

- Como assim você não trouxe outra roupa pra mim?! Eu não acredito Verônica! Às vezes você é mais burra do que eu penso! - Falei já me exaltando ao perceber que ela não havia nem ao menos pensado que eu precisaria de roupas limpas para entrar em casa.

- Ofende, mas não me mata por favor. Desculpa, ok? Você desligou o celular do nada, eu me preocupei. Quando recebi sua localização já tinha saído de casa! - Ela tentava me acalmar enquanto eu já podia sentir meu sangue ferver. Talvez eu não precisasse ter me exaltado tanto, mas isso me atrasaria, e eu precisava chegar à empresa o mais rápido possível, além do fato de que ela me deixara esperando quase uma hora. Tudo isso em conjunto com a irritação que já sentia pelo apagão, me fizeram perder totalmente o fio de paciência que me restava.

- Eu devia te matar! Tempo é dinheiro, Verônica! E agora eu estou aqui nesse fim de mundo enquanto deveria estar me arrumando para uma reunião na empresa! - Falei espalmando minha mão sobre o capô do carro e usando um tom mais alto que o anterior. A essa altura, podia apostar que meus olhos já haviam tomado uma coloração negra, já que Vero olhava para mim com um semblante um pouco assustado, mas que logo foi substituído por um extremamente irritado.

- Lauren Jauregui! Você não venha com esses olhinhos de demônio pra cima de mim! Eu já vim te ajudar sendo que poderia ter simplesmente te deixado mofando aqui! - Ela disse igualando seu tom ao meu, enquanto apontava para mim com o indicador e avançava alguns passos para frente na minha direção. - Agora vê se para de bancar o satanás descontrolado e foca no que interessa, que por acaso não é me matar. - Diferente da maioria das pessoas, Vero não tinha nem um pouco de medo de me afrontar, mesmo sabendo que se eu quisesse eu a mataria facilmente. Mas eu não acho que seria capaz de ferí-la de qualquer forma. Assim que ela acabou de falar, eu já percebi meu corpo ceder num suspiro que me trouxe ao estado normal. Depois de alguns segundos ela também suspirou e continuou voltando ao seu tom de voz usual. - E aí, o que vamos fazer? - No momento em que ela disse isso eu a olhei e uma ideia surgiu em minha mente. Um pequeno e debochado sorriso surgiu no canto de meus lábios.

- Suas roupas... É isso que vamos fazer. - Sua expressão agora parecia confusa, mas também apreensiva.

- Como assim "minhas roupas"?

[...]

Passada uma meia hora já estávamos no carro dela a caminho da cidade.

- Sabe, até que esse look caiu bem em você. Deveria aderir ao seu guarda roupa. - Eu falava em tom sarcástico e segurando o riso enquanto Verônica me fuzilava com o olhar. Já que as roupas que eu usava deveriam ser destruídas afim de não deixar vestígios, obriguei-a a me dar suas roupas e dei a ela um saco de lixo que achara dentro da loja de conveniências para que não precisasse voltar somente de calcinha e sutiã para casa.

- Se eu não tivesse vacilado com você primeiro, ia ter volta Lauren, pode apostar. Onde vai ficar? - Ela disse ao chegarmos na cidade. Eu apenas soltei uma pequena risada.

- Em casa, obviamente. Ou achou que ia trabalhar vestindo isso? - Falei me referindo às roupas dela que agora eu vestia. Eu nem se quer percebi quando ela tirou uma das mãos do volante para me dar um tapa na parte de trás da cabeça. - Ai! Porque fez isso?! - Me fiz de desentendida passando minha mão sobre o local onde o tapa havia pegado.

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