Boitatá - Asas da Ira (Uma fanfic de World of Warcraft)

Prólogo - A tarefa

A Grã-Mestra Aponi Brightmane veio me dizer que eu tinha de escrever minha história para colocar nos arquivos da Capela da Esperança da Luz. Disse ela que os paladinos e cavaleiros sangrentos tinham esse hábito e como nós, os Andarilhos do Sol, agora fazemos parte da mesma organização deveríamos seguir a tradição.

Acontece que eu nunca gostei de ficar preenchendo formulário, escrevendo receita e muito menos livro de memórias. Sou uma taurena de ação! Mas adianta discutir? Não. Aponi é terrivelmente teimosa. Como um burro empacado!

Então cá estou eu toda encurvada para conseguir enxergar o papel apoiado nessa mesinha baixa que parece mais banqueta para apoiar os cascos. Tudo nesse inferno de templo é feito para gente baixinha! Os bancos rangem perigosamente todas as vezes que algum de nós shu'halo resolve sentá-los. Eu tentei sentar no chão para deixar as pernas esticadas por baixo da mesa, mas couberam? Claro que não.

Felizmente não somos os únicos a sofrer com a falta de consideração desses humanos e elfos. Os draeneis também sofrem. E acho que porque sofrem a mais tempo vieram preparados. Uma draeneia ao perceber meu desconforto ofereceu a beira em sua mesa adaptada e um espaço no seu tapete aconchegante. Ela me disse seu nome, mas a língua deles é toda enrolada e eu já esqueci. Aqui todo mundo se trata por irmão, irmã... então é assim que eu a chamo. Notei que tem cascos bem cuidados, deve ser vaidosa. Vou perguntar o que ela costuma usar para deixá-los tão lustrosos.

Enfim, vamos voltar ao trabalho porque daqui a pouco Aponi vem checar o tanto que eu já escrevi da minha história.

Vamos ver por onde eu começo...

"Eu nasci..." não isso é muito obvio. "Era uma vez..." não, garota isso não é conto de fadas...

- Hey irmã, você também está escrevendo sua história de vida para colocar nas estantes do Templo?

- Sim. – Respondeu sorrindo simpática. – Os Exarcas nos disseram que os humanos consideram importante.

- Como é que você começou sua história?

- Com meus pais. – Respondeu solícita.

Ótima ideia. Então vamos começar com meus pais.