The Girl Who Wanted More • Maze Runner

O Sangue

Denver

Após sairem todos de dentro do "esconderijo" de Hans, Aris se vira para Amanda.

-Pra onde vamos agora?- pergunta o garoto.

-Vocês, eu não sei e não é problema meu. -diz ela friamente.

-Amanda.- diz Gally e a cutuca com o cotovelo. Ela bufa. Não estava com paciência para Teresa e seus amigos, que tiveram a coragem de fugir e deixar Minho, Newt e Thomas pra trás, depois de tudo o que fizeram por todos no Labirinto. Amanda estava realmente irritada. -Vamos leva-los até a Base do Braço Direito. Talvez vocês possam ajudar com algo.

-Amanda não parece muito contente com essa idéia.- murmurou Aris olhando feio para a garota.

-Não mesmo, mas, fazer o que ne?- responde ela devolendo o olhar.

-Chega de briguinha idiota, trolhos.- diz Gally. -Vamos logo. Não temos a droga do dia todo!

Amanda volta a andar, na frente do grupo, não querendo falar com os demais. Estava chateada demais, irritada demais. Mas, Teresa ainda insistia no assunto. Foi até Amanda e parou ao seu lado.

-Me deixe sozinha, Teresa.- disse Amanda sem olhar para a garota.

-Você não vai me perdoar, não é?- diz Teresa visivelmente chateada.

-Por que eu perdoaria, Teresa?- diz Amanda, olhando para ela por um segundo, antes de voltar sua atenção para a frente. -Você vivia mentindo pra mim quando estavamos na CRUEL. Deixou nossos amigos serem levados, e não fez nada para ajudar. E eu te perdoei. Semore te perdoei. Sabe por que? Por que você era minha irmãzinha. E eu jurei no dia em que vimos nossa mãe ficar louca por causa do Fulgor que sempre iria cuidar e proteger você. E olha no que você se tornou.

-Amanda, eu já disse, tive meus motivos.- insiste Teresa. -Custa confiar em mim, agora?

-Custa.-diz Amanda rispidamente.

-Olha, eu sei que eu errei com você. Mais vezes do que gostaria de admitir. Mas eu te amo, e você é tudo que eu tenho. Nossos amigos me odeiam agora. Tenho certeza que Minho me socaria se me visse em sua frente, e ele anda me chamando de Traidora toda hora.

-Você meio que mereceu o apelido.- murmura Amanda, mas Teresa ignora.

-Mas eu fiz tudo o que fiz pelos nossos amigos. Eu sei que não foi do jeito certo, mas foi por eles. Tom jamais vai me perdoar, mas eu pensei que talvez você pudesse fazer isso. - diz Teresa e Amanda suspira.

-Teresa, eu preciso de um tempo, ok? Os últimos dois meses não foram os melhores da minha vida.

-Eu que o diga.- murmura Teresa. -Eu achei que você tinha morrido. Todos achamos. Você sabe o como isso foi doloroso? Mesmo que na época minha memória estivesse toda zoada, eu sabia que você era minha irmã, e eu te amava. E ver você morrer... Me destruiu. Por que nunca mandou um sinal de vida? Por que nunca tentou mostrar que estava viva? Que estava bem.

Amanda fecha os olhos com força.

-Eu não podia...- ela diz num sussurro.

-Você não pode me julgar, Amanda. Você também fez coisas que não queria fazer, mas teve.- diz a mais nova.

-Eu sei. Eu sinto muito.- diz Amanda. Teresa abraça a garota, e ficaram assim por um tempo, até Gally aparecer e as cutucar.

-Vamos logo. Vocês podem continuar o momento familia quando chegarmos lá!

{...}

Mais alguns minutos de caminhada, e o grupo chegou até a Base do Braço Direito.

Eles entraram e ficaram analisando o lugar, enquanto o pessoal de Vince trabalhava, andando de um lado para o outro.

-Quem são esses ai?- perguntou Lawrence, um dos guardas, se aproximando deles.

-São o pessoal que fugiu do CRUEL. -diz Amanda. -Cade o Vince?

-Não sei, brigou com a Doutora Cooper e saiu apressado para ir a algum lugar.- diz ele dando de ombros e se afastando.

Amanda faz um sinal para que Teresa a siga, e vai até o lugar onde sabia que Mary estaria.

Entraram dentro da pequena sala, onde Mary estava sentada analisando uma amostra de sangue e fazendo algumas anotações. Parecia bem concentrada, e por um tempo Amanda ficou se questionando se devia entrar ou não.

-Vai passar a tarde parada ai na porta, Amanda?- pergunta Mary sem tirar os olhos do microscópio.

-Desculpe. Teresa está aqui.- diz Amanda. Mary se vira e encara Teresa.

-Olá, Teresa. Faz muito tempo.- diz Mary com a expressão séria. Teresa cora.

-Oi, Mary.

-Como vai o Thomas?- pergunta a Doutora cruzando os braços.

-Bem, eu acho. - diz Teresa coçando a cabeça.

-Ok, o que está acontecendo aqui?- pergunta Amanda, confusa.

-Você nunca contou pra ela, não é?- diz Mary olhando para Teresa.

-Pelo jeito, nem você!- retruca Teresa irritada e vermelha.

-Me contar o que?- diz Amanda irritada.

-Sobre a cura, Amanda. Achamos que ela está no sangue de Thomas.

Amanda trava; esse tempo todo e nunca haviam lhe tido nada? Isso deixou a garota irritada.

-Obrigada por me contarem.- diz ela sarcasticamente.

-Amanda, isso não é tudo.- diz Mary. Ótimo, pensou ela, mais informações que ocultaram de mim. -Eu estava analisando uma amostra de sangue que, como o de Thomas, também combate o Fulgor e acaba com ele.

-Ta, e...?- diz Amanda cruando os braços. Mary sorri.

-Era o seu sangue, Amanda. O seu.

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