Mais tarde daquele dia com Cassy, lembrei que mamãe e eu havíamos sido convidadas para um jantar ma casa do planalto. Isso mesmo.
Nós duas chegamos na quase mansão do Decã por volta das oito da noite. Fui arduamente coagida a vestir um vestido cor de rosa. Nada contra a cor, mas o tamanho do vestido me deixava extremamente desconfortável. Fora isso, era lindo... no manequim.
Seguranças rodeavam a enorme casa que aparentava ter pelo menos três andares.
Descemos do carro e fui em direção á campainha e apertei o pequeno botão. Alguns dos seguranças ficaram me observando. Nunca recebi tanta atenção de homens.
Ri internamente.
Alguns segundos depois, um homem de estatura baixa e rechonchudo veio até nós em passos apressados. O homem vestia um terno e tinha o nariz tão empinado como a Torre Eiffel.
- Senhora Amber - o homem se referiu à minha mãe enquanto abria o portão - O senhor Del Finkler espera por você. - ele nos deu passagem e me cumprimentou - Senhorita Amélia - disse em tom gentil. Acenei rapidamente com a cabeça enquanto passava por ele, caminhando sobre um longo caminho de pedras.
Aquele lugar definitivamente era uma mansão. Postes e holofotes iluminavam o lugar. O quintal era basicamente do tamanho do meu colégio e a casa, tinha mais janelas do que qualquer casa que eu já tinha visto antes.
Assim que paramos de frente as portas, junto com o homem, as portas - que eram duplas - se abriram. Ou melhor dizendo, dois homens fizeram isso. Eles estavam vestidos da mesma maneira que o homem que nos acompanhava.
Enorme.
Essa era a palvra que melhor descrevia aquele lugar. Tudo - tudo mesmo - era gigante e brilhante.
Estávamos em uma espécie de saguão, com tons dourados e pratas, como num verdadeiro castelo. Só não entendia o por quê de ter uma mansão como essa em uma cidade tão pequena e pacata como essa em que residimos. Quase não há lojas! As pessoas só se interessam nesse lugar quando estão querendo fugir da bagunça da cidade grande, ou sei lá, se esconder de alguém. Quase não aparecemos no mapa!
Estava tão concentrada em cada peça de cristal - isso inclui um lustre - que havia alí que nem notei a presença de Decã.
- Você está linda - ele elogiou minha mãe enquanto beijava sua mão.
Decã estava impecável como sempre. Ele usava um terno azul petróleo e sorria como um adolescente apaixonado. Eca.
Mamãe agradeceu o complemento com o mesmo tipo de sorriso, mas com um toque de constrangimento.
- Está belíssima, Amélia. - ele disse, virando-se lara mim.
Sorri docimente para o homem.
É necessário manter seus inimigos por perto - pensei.
Horas depois, ainda na mesa, os pombinhos riam incansavelmente. Eu estava sem wi-fi e créditos. O que eu estava fazendo? Isso mesmo, vendo minhas fotos. Depois de muitas fotos zoadas da Emma e Charlotte, encontrei uma minha e do Peter. Devo ter encarado por pelo menos meia hora. Na fotografia era visível apenas nossos sorrisos e mãos entrelaçadas. Nem consigo me lembrar de quando foi tirada.
E foi aí, que eu me lembrei; A foto de John - meu pai - com a Louise que estava na carteira do Decã.
Por acaso vi a foto que havia tirado do retrato que estava na carteira do planalto. Gelei da cabeça aos pés. Precisava colocar o plano em ação.
Tossi levemente.
- Decã, poderia me dizer onde fica o banheiro? - perguntei.
Ele olhou para mim com divertimento.
- Acho melhor um criado levá-la até o toalete. Você provavelmente se perderá - ele revelou.
Comecei a me levantar.
- Eu sou esperta. É só me explicar. - teimei.
E ele o fez. Se eu entendi alguma coisa? Não. Mas essa nem era a intenção.
Assim que adentrei um corredor vi muitas portas. Muitas mesmo.
Estava tudo vazio e silencioso, não tão iluminado, mas ainda assim bem claro. Todas as portas eram exatamente iguais, menos uma. Reconheci de longe a madeira Ébano, peculiar e cara. Era a única porta daquele tipo, negra.
Fui até ela e, para minha surpresa, estava destrancada. Adentrei a sala escura e procurei pelos interruptores. Assim que acesas, as luzes iluminaram um escritório, quase completamente decorado com madeira. Nele havia uma escrivaninha, com um notebook sobre ela, uma cômoda e uma silmples poltrona no canto da sala.
Tudo estava arrumado, como se ninguém nunca tivesse estado alí, além de mim.
Rapidamente fui até a escrivaninha e me deparei com algumas pequenas gavetas em sua parte inferior. Abri as duas primeiras, que guardavam nada mais do que fotos antigas e cartões de emprasas. Todas as fotos eram da Louise, mãe de Maggie. A terceira gaveta estava trancada.
Fui até a cômoda e abri as gavetas; seis no total. Só encontrei papel, até que na sexta, debaixo de todas as pastas e papeladas, encontrei um pequeno caderninho.
Peguei o caderno e, assim que ia abri-lo, vozes ecoaram pelo corredor.
Rapidamente, fechei a gaveta e coloquei o caderninho dentro do meu sutiã. Me levantei e corri pra trás da escrivaninha, que possuia uma espécie de tampo até o chão - feito da mesma madeira da porta - que a tornava um ótimo lugar para me esconder.
As vozes se aproximavam e percebi que tratava de minha mãe e Decã. A porta se abriu.
- Amélia? - ouvi Decã chamar. Fechei os olhos torcendo para que não adrentrasse o quarto.
- Acho que ela não está aí. - ouvi mamãe dizer e eles rirem logo em seguida.
A porta se fechou e logo suas vozes ficaram inaudíveis.
Saí do lugar correndo e fui de volta para a mesa de jantar, onde uma moça tirava tudo o que estava sobre ela.
- Posso ajudar? - ela perguntou docemente.
Respirei ofegante por causa da correria.
- Hã, sim, claro. Cadê minha mãe? Eu me perdi - respondi.
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Oi de novo!!!!!!!!!!!!
Amélia é perigosa, né?
Espero que tenham gostadoooooo
Beijinhos,
Cher
05/09/2018, 21:23
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Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão
Teen FictionCUIDADO: esta história pode parar seu coração por ser clichê! "A curiosidade matou o gato" é o que sempre insistem em dizer para Amélia, uma garota extremamente curiosa de dezesseis anos. Ame tem um crush, Gunner Campbell. Típico para essa idade, nã...