Amor Popular

Terapia Da Cadeira Vazia

Um vácuo ecoava veementemente no local de onde estava presente duas pessoas, uma garota e um homem ambos sentados em uma poltrona, a menina estava do outro lado da pequena mesa, e o homem de um outro lado. Este homem somente a encarava escutando a garota, observava a tristeza cujo a menina demonstrava, ela era gorda e aquele velho homem estava ali para ajudá-lo.
-Eu não aguento mais! - Dizia a menina tristonha, seu rosto jorrava lágrimas e seu nariz escorria, parecia estar chorando a um bom tempo. -Sempre quando venho aqui você me diz que eu tenho que começar a me amar! Isso está se tornando repetitivo, como um cd arranhado, mas nunca...Nunca, me diz como eu faço isso, como eu posso me amar? - A menina dizia expondo sua revolta de estar sempre ali fazendo algumas terapias e nada adiantar. Ela se odiava pelo fato de ser gorda e se achar feia, por isso ela simplesmente demonstrava a sua dor que ela sentia, pelas pessoas não aceitarem ela do jeito que está mesma é, pelo fato dela não ser como ela queria ser. -Ok, Ok. Jasmine, então iremos fazer isso hoje, não vou deixar pra amanhã, para daqui uma semana ou meses, vamos fazer isso hoje e agora. Pode ser? - Disse o psicólogo com um tom de voz altíssimo, após lhe oferecer uma uma proposta a Jasmine. -Ok! - Respondeu a garota com um tom de voz baixo quase sussurrando, todavia, as lágrimas ainda caiam pelo seu rosto, a garota estava ansiosa para acabar de vez com seu sofrimento, voltar a se sentir bem e se achar bonita outra vez. -Bom, eu quero te pedir que feche seus olhos. - O Psicólogo Diego dizia lentamente dando as ordens para a menina, e assim como ele ordenou ela o fez. -Agora me diga oque você odeia em si mesma, mas, seja sincera, não queira mentir pra mim. - Perguntou Diego. -E...e..Eu sou gorda...E..eu so...u..Feia. Eu estrago as coisas somente com a minha presença. - Respondeu Jasmine lentamente, e seu choro não parava, ela travava em dizer oque sentia dela mesma e cada vez que tocava nesse assunto ela acumulava raiva dela mesma, por isso seu choro se tornará constante naquele momento. -Ok, ok. E dês de quando você sente isso de si mesma? - Perguntou lentamente o velho fechando os seus olhos pensando no que iria fazer. -Dês dos meus onze ou doze anos de idade. - Disse Jasmine ainda com os olhos fechados. Ela estava concentrada na voz e nos comandos do aplicador. -Uou! Cedo de mais! Mas, agora pode abrir o seus olhos. - Ordenou ele e ela o obedeceu. -Agora naquela cadeira vazia tente imaginar você ainda garotinha com onze ou doze anos de idade. Você está conseguindo ver ela? - Perguntou o Psicólogo, e Jasmine somente fez um sinal com a cabeça dizendo que entendeu. -Agora não pare de olhar para ela. E oque você acha dessa garota? - Perguntou Diego olhando para ela. -Ela é linda. - Respondeu Jasmine. -Ok, agora diga para ela que ela gorda, diga para ela que ela é uma inútil, ou que a presença dela é um horror. - Disse o psicólogo usando de suas técnicas para o tratamento em um tom de voz alto. Ele dizia com firmeza, e com muita sabedoria. -Não...Eu não...Não consigo....NÃO, NÃO E NÃO! OK NÃO EU NÃO CONSIGO, ELA NÃO É UMA INUTIL E EU NÃO CONSIGO CONSTRANGE-LA! - Respondeu Jasmine berrando ainda olhando para cadeira na qual ela via em sua imaginação ela mesma quando criança. -Ok! Ok! E você está certa, não pode xinga-la e não deve. Porque ela é você mesma e você ama essa garotinha, então você deve cuidar dela, deve amar essa garotinha e não deixar que ninguém a machuque ou xingue essa menina. - Dizia com toda calma o psicólogos Diego, enquanto a menina ainda em choros compreendia em choros oque ele estava querendo dizer. -Quando você se sentir inferior lembre-se da menina e cuide dela, que assim você está cuidando de você mesma, da mesma forma que você a ama, estará amando a ti, da mesma forma que quer o bem dela vai querer o teu bem. Quando estiver se sentindo mau lembre-se de se cuidar da mesma forma que você cuida da garotinha. - Finalizou Diego com palavras de insentivos. Jasmine apenas se calou e compreendeu aquilo que Diego quis passar para ela, e então naquele momento seu choro estava se cessando aos poucos e sua dor parecia estar se aliviando. -Ok! - Ela simplesmente limpou os seus olhos de lágrimas pegou sua bolsa e saiu.