Por onde eu posso começar? Prazer, meu nome é Park Jimin, tenho 23 anos e sou casado com a mãe do homem em que me apaixonei, clichê não é? Um tanto engraçado, que o garoto nem ao menos sabe meu nome, nunca vi tanto ódio em uma pessoa só, tudo porque ele acha que eu vou roubar o lugar do pai dele. Pobre garoto, diria que ele é inocente por não saber que o pai é o único errado nesse história, não o culpo, sua mãe (vulgo minha esposa) não o conta nada, inclusive o mesmo descobriu sobre o casamento no dia do casamento.
- Senhor Park? Sua esposa está pedindo passagem, deixá-la entrar? - Minha secretaria pergunta, simpática, tão simpática que eu poderia ver o útero dela se a mesma não tivesse ao outro lado da porta.
- Sim Yooni, ela é minha mulher. - Digo ríspido, não é porque sou novo que tem que dar em cima de mim, eu sou casado e quero o máximo de respeito.
Eu ainda acho que "minha mulher", não é quem diz ser, não existe uma pessoa doce como ela, e não esconder merdas por um sorriso "sincero". Mas ela não me deve nada, a não ser meu autoestima depois do meu penúltimo relacionamento. Oque não foi fácil de viver até hoje.
- Oi meu amor. - Como sempre, muito melosa. - Como anda o trabalho? - Ela senta em meu colo.
- Mesma coisa de sempre, papéis e mais papéis pra assinar. - Suspiro.
- Será que posso ajudá-lo a descontrair? - Reconheço esse tom de voz, maliciosa e manhosa ao mesmo tempo, pena que ela não percebe que a idade já a pegou.
- Sinto muito amor, tenho que terminar ainda hoje. - Mentira, eu só não quero transar, não com ela.
- Tem certeza? - Senta em meu membro, rebolando no mesmo.
- Amor, por favor, estamos em minha sala de trabalho. - Digo, já sem paciência.
- Porra Park Jimin, já faz meses que você me nega sexo, cadê o cara super ativo em que me casei? - Ela pergunta, curiosa.
- Estou muito cansado, por favor amor, prometo compensar outro dia.
- Tudo bem, entendo... - Sai do meu colo e senta na mesa. - Tem como buscar o Jeon hoje? Tenho umas coisas pendentes com meu ex marido a resolver.
- Claro, mesmo ele não gostando muito de mim. - Finjo sorrir.
- Amor, isso só até ele se acostumar, Jeon é difícil assim mesmo, só tente o conquistar. - Ah, pode apostar que eu vou.
- Certo, quando terminar aqui, vou direto o buscar. - Pego alguns "papéis" e finjo estar muito interessado.
- Bom trabalho, querido. - A mesma sai, parecendo ter raiva.
- Tchau, querida. - Falo sozinho, num tom de ironia.
Ainda não sei porque me casei com ela, talvez porque ela me ajudou, talvez por eu gostar de mulheres mais velhas, realmente, não tenho uma resposta concreta pra essa pergunta. Se algum dia vou ter? Não sei, mas espero que nesse dia eu esteja numa casa bem longe, morando com o pequeno, que na verdade é maior que eu, Jeon.
Como eu só fingi ter algo pra fazer, fiquei sentado na minha mesa mexendo no celular até dar a hora de buscar a garoto, quando deu a hora exata, eu levantei, mandei arrumarem minha sala e avisei que só voltaria amanhã. Sai da empresa, fui até o carro, e segui em direção a escola do mesmo.
Esperei em cerca de uns dez minutos o mesmo, quando o vejo sair com dois amigos e uma garota pendurada em seu pescoço, de alguma forma, aquilo doeu... Mas melhor deixar quieto, talvez eu só tenho problemas no coração.
Quando o garoto me viu, logo fechou a cara, horas, por que tanto ódio? Eu nem ao menos amo a mãe dele, talvez seja isso, ele ama ela e tem medo de eu machucar a mesma, que bobo, eu não faria isso com ela, não a machucaria... Pelo menos tentaria não a machucar.
- Oi, boa tarde Jeon, boa tarde amigos do Jeon, é um prazer conhecê-los. - Sorri amarelo, na verdade não foi um prazer, bem longe disso.
- Boa tarde senhor Park, é um prazer conhecê-lo pessoalmente. - Diz um garoto, com um lindo sorriso quadrado.
- Jeon, será que podemos ir? - Disse sorrindo, pra não perder a educação.
- Por que minha mãe não veio me buscar? - Indagou nervoso, mal sabia Park que o mesmo havia o observado no banho.
- Bom, ela teve que ir resolver alguns problemas, não se preocupe, logo logo ela estará de volta. - Fiquei sério. - Então, podemos ir?
- T-ta... - Horas Jeon, por que gaguejou? - Tchau Lisa, Tchau Tae e Hope.
- Tchau. - Disseram em coro.
Quando o garoto entrou no carro, Park suspirou, tava na cara que o mesmo era apaixonado pelo garoto, quando o perfume do Jeon entrou nas narinas de Park, foi como se o mesmo estivesse nas nuvens, parecia que havia voltado a adolescência e Jeon é o seu primeiro amor.
- Então, como foi a aula? - Como sempre, péssimo pra puxar assunto.
- Ah, teve aula. - Disse óbvio.
- Nossa, me surpreenderia se não tivesse. - Revirei os olhos.
- Desculpe, não estou com cabeça hoje. - O mesmo suspira, frustado.
- Quer conversar? - Park para o carro.
- Eu... Eu acho que estou apaixonado por um homem. - Disse mais rápido que a parte rápida de Rap Lord.
- O-o q-que? - E foi em uma frase, que o pobre coração de Park foi aos pedaços.
Continua...
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Amor onde não deve.
Teen FictionOnde Park Jimin se encontra apaixonado por um garoto, mas espera, Jimin não é casado? Será que o mesmo abrirá mão pelo amor por seu enteado? Afinal, Jeon Jungkook não é apenas um adolescente? {•••} - Kim Taehyung, as vezes você passa do limite em s...