Capítulo 25.

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A noite cai, a lua minguante ilumina o céu escuro, deixando-o menos tenebroso do que aparentar estar.   Só a sensação amedrontante de presencia um possível regresso a Caça a Bruxa, me faz estremecer.  Da janela do quarto o observo, estrelas possíveis de vê-las brilhar rente a lua, um pequeno ar de sossego rodopia o quarto em um refúgio de madeiras, pedras e vigas.
Pronta para dormir; de camisão grande cinza, um short fino, jogo o cabelo todo para trás deixando-o se assentar, me afasto da janela em suspiros exaustivos,  exausta de saber que pessoas completamente estranhas me querem para me matar.

Me sento na cama ainda a observar a janela, meu estômago ronca enlouquecidamente, durante o dia a me sentir isolada dos demais esqueci de me alimentar.

__ Se eu não comer e bem capaz de morrer ao invés de me matarem. __ resmungo para mim mesma a levantar.

Sigo para a cozinha mas topo com a muralha de cara fechada com uma camisa branca, os azuis dos seus olhos ressaltam a me olhar.

__ Eu preciso comer alguma coisa. __ sussurro com pequeno sarcasmo.

Como resposta ele ergue a sobrancelha e trinca o maxilar, tão lindo mas tão mal-humorado.

__ Se você morrer eles não vão ter o porquê de quererem levá-la. __ diz.

__ Me levar? __ repito intrigada. __ Me levar para onde?

__ Parece que tem uma seita atrás de você, querem você viva para o líder. __ diz coçando a nuca.

__ Líder?

__ Diz a Raphaela que o líder a quer, todos que o segue são 8s.

__ So esqueceu de disser a esse líder para entrar na fila, já tem um bando de gente atrás de mim. __ Bill deixa escapar um sorriso que logo some.

Me dá as costa e segue para a cozinha, o sigo já que era minha primeira decisão antes de vê-lo.
Um sanduíche carregado pronto para ser triturado pelos meus dentes e seguir para o meu estômago e me fazer feliz, Bill observa  o vazio pela janela da sala enquanto me lambuzo saboreando cada pedaço.
Desvio meu olhar a ele que permanece pensativo, me aproximo mastigando o que restou de um sanduíche grande, paro em sua frente fazendo-o me olhar, fazendo surgir um estranho arrepio com seu olhar.

__ Parece que já se satisfez. __ apesar de não precisar porque foi uma afirmação,  respondo esboçando um sorriso.  Ele ri, e olha para o vazio da floresta.

__ A Piper está melhor? Vi  a expressão da Raphaela e não me parecia feliz com a filha está melhor.

Faço seus olhos me olhar e regressar a inexplicável sensação prazerosa que me faz sentir. Discreto suspira com um ar de decepção.

__ O que a Abi deu para menina? __ sussurro me aproximando.

__ Tempo. __ pausa. __ Para se despedir.

__ A Abi não conseguiu curá-la?

__ A menina já estava morta, so estava esperando a hora certa de ir. __ diz sério, normal até.

Agora sei o porquê que a Raphaela estava tão cabisbaixa vendo a Piper saltitando.
Meus pensamentos são interrompido por uma onde de sensações estranhas, me viro de frente para o Bill que me olha, esfrego meus braços na fracassada tentativa de decepar essa sensação tão perturbadora.

__ É você que sempre faz isso? __ ergue a sobrancelha como uma pergunta vazia um;  fazer o que?

__ Fazer o que?

__ Isso. __ pauso. __ Essa sensação chata, o mais estranhos e que toda vez que sinto isso, sempre aparece... __ lá no escuro da floresta entre as árvores e a escuridão vi um vulto perfeito de uma pessoa.

A última Bruxa.Onde histórias criam vida. Descubra agora