A ansiedade por pouco não me sufocava…
“É só viver!”, uma voz me dizia
“É só viver?”, uma outra perguntava.
Eram muitas pessoas, muitos sorrisos
Tantas lágrimas, tanta dor, tanta alegria!
“É só viver?”, Uma voz perguntava
“É só viver!”, Uma outra respondia.
O tempo voava quando não podia.
Eram tantos compromissos, tantas obrigações.
E rastejava quando não podia.
Cadê o amanhã, cadê o depois?
A ansiedade agarrava em meu pescoço, me sufocava.
“É só viver...”, uma voz me acolhia
“É só viver!”, uma outra me machucava.
Mas a agonia da vida só acontece pois há vida! Mas na vida há o tempo...
“É só viver”, eu pensava
“É só viver...”, eu me entristecia
E na agonia, sem ar, com grito abafado, eu suspirava
“É só viver”, as vozes me pediam
“É viver só”, eu argumentava.
