Capítulo 16

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Valentina narrando

Sabe o frio na barriga? é o que eu to sentindo desde o momento em que eu sentei no colo de Miguel, eu estava com raiva, mas vi o arrependimento em seu rosto, não posso julga-lo por cuidar da irmã dele. Quando Menor disse que nós nos amava-mos, senti algo estranho, ele saiu da sala correndo nos deixando a  sós e Miguel aproveitando-se da deixa, abraçou minha cintura. 

-Você ainda ta com raiva de mim?-Pergunta baixinho.

-Não, eu te entendo, mas não faz mais isso por favor-Digo me ajeitando no colo dele de lado para poder vê-lo.

-Eu não vou, me desculpa-Ele abaixa a cabeça.

Alisei o rosto dele levantando o mesmo pelo queixo, trocmos olhares, ele alisou meu rosto e eu fechei os olhos para sentir seus toques.

-Você acha que Menor ta certo?-Pergunta quase em um sussurro me olhando.

-Em que?-Pergunto sem entender.

-Você acha que a gente sente algo um pelo outro? algo a mais do que eu ser seu protetor ou seu amigo?-Meu coração gelou, ele ta me fazendo essa pergunta mesmo senhor?

-Se a gente ta apaixonado ou pelo outro? é isso que você ta me perguntando?-Ergo minha sobrancelha.

-Sim, você acha isso possível?-Questiona.

-Miguel somos humanos, obvio que é possível, mas se nem você sabe do seus sentimentos, como vou saber se você gosta ou não de mim nessa forma?-Ele suspira pensativo e o silencio reina no ambiente por um tempo.

Eu fico apenas o olhando, ele não fala não, parece refletir tudo o que eu falei, quando vou me levantar ele me puxa novamente e então eu o encaro.

-Você disse quando chegou aqui, que não tinha como acontecer nada entre a gente-Diz me encarando-Você acha mesmo isso?

Oh Deus e ajuda!

-Eu mal te conhecia quando disse isso, eu odiei a ideia de vir morar aqui no morro, então não me julgue pelo que falei a meses atrás, eu só tenho 17 anos, sofri muito com meu ultimo namorado, embora você tenha 23 anos e eu 17, não vou dizer que não pode acontecer, eu sei que pode, mas se for para ser, sera no momento certo e esse não é o momento certo, você não esta pronto para largar a farra e nem eu pronta para um relacionamento novo.

Ele abaixa a cabeça mas logo afirma, eu apenas o abraço, não sei oque deu em mim, porque estou agindo assim, mas iria doer muito mentir e dizer que não podemos ter nada, não quero afasta-lo de mim.

-Seu pai vai me matar, mas eu quero tentar, eu quero sair dessa vida de galinha e ser só seu Valentina, da uma chance, a gente vai com calma-Ele fala saindo do abraço e me olhando nos olhos.

-Com calma, promete?-Falo o olhando e ele afirma sorrindo.

-Com calma, prometo-Sorrio encantado por aquele sorriso e ele me beija.

Nosso beijo, o primeiro de muitos, nós temos uma química indescritível, suas mãos apertando minha cintura e puxando meus cabelos enquanto eu alisava seu rosto e sua nuca, uma mesma sintonia, começamos com um beijo calmo e carinhoso e logo intensificamos, ficamos assim por um longo tempo até que a falta de ar se fizesse presente, então nos olhamos sorrindo.

Beija-me até o ultimo tiroOnde histórias criam vida. Descubra agora