Tentativas

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     Depois que trocamos os e-mails que fizeram com que a gente voltasse a se falar, tentei marcar com ele um encontro. Não queria ficar com ele. Não queria justificativas. Queria apenas ouvir o lado dele da história. Acho que isso acalmaria o meu coração. Este encontro, esta última vez, seria um ponto final.

Ele não quis. Talvez por medo de me encarar. Talvez por medo de encarar a própria história. É preciso coragem para relembrar. É preciso força para pôr o dedo na ferida. Sei que ainda dói e que a dor não é só minha. A dor dele é outra: o trauma do assalto, a terapia e a medicação que ele disse que ainda toma. A minha é a do abandono. Acho que ele não quer ter responsabilidade por isso.

Pequenas Obsessões de um Amor InacabadoOnde histórias criam vida. Descubra agora