PRÓLOGO

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Acordo, tomo banho, faço minhas igienes escovo meus dentes e coloco minha calça jeans e meu corta-vento do exercício e meu tênis branco com uma rosa vermelha.

Desço as escadas e me deparo com meu pai fumando baseado agora de manhã

Eu- puta que me pariu pai! Fumando essas horas, porra!!- falo alterada

TH (pai)- minha vida já ta no fim mesmo! Nem adianta, vou acabar com essa porra!!!- falou nem ligando.

Eu- pô pai, você sabe que eu ainda não tô pronta pra assumir esse morro.- falei.

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Quando eu cheguei os vapores estavam me procurando.

Ae patroinha, o teu pai passou mal e levaram ele lá pro postinho.- falou o vapor 4 pra mim.

Tá, cadê a porra do Menor, manda ele pegar a Mercedes e me levar lá.- falei pro vapor 3.

Fui pra casa, joguei minha mochila no sofá e fui esperar a porra do Menor ( Lucas), ele chegou e fomos para o tal postinho, chegamos lá e meu pai tava na maca.

Doutora o que meu pai tem?- parguntei apreensiva.

Então senhorita, ele está com câncer no pulmão e só tem mais uma semana de vida..- falou olhando na sua prancheta.

Na hora comecei a chorar,eu não poderia perder meu pai. Ele que cuidou de mim depois que minha mãe faleceu.

- Não, não. É por causa da maconha né moça?- perguntei para a enfermeira.

-sim, ele teve câncer no pulmão, estamos fazendo o possível e o impossível para dar ele o maior tempo para ele.- falou calmamente, e aquilo me estressava por completo.

-tá, tá , cade ele? Em qual quarto ele tá?- perguntei impassiente.

- ele está no antar 2, no quarto 23.

-jae, obrigado moça- falei saindo de perto dela.

Cheguei lá, meu pai estava com canos no nariz, cheio de fios.

- pai, você está bem?- perguntei chegando mais perto dele...

- eu... presiso.... falar....com... você.....- falou com dificuldade.

-pode falar pai, eu estou aqui para te uovir- falei quase chorando, oque será de mim sem meu pai? Sem ninguém nessa vida??

-filha, segue seu rumo, não viva nessa vida de crime, seja alguem nessa vida, me orgulhe lá no céu- falou e eu comecei a chorar

-tudo bem pai.-falei e nesse momento começou a apitar o aparelho. Assim que apitou chegou um monte de médicos correndo e pedindo para mim sair. Sai dali sem entender nada, eu estava assustada.

..........

Horas se passaram e os médicos chegaram e vieram na minha direção.

-acompanhantes de Thiago Da Silva Salvatore?- falou um médico com uma prancheta.- eu levantei e fui em direção a eles.

- sou eu, o meu pai está bem?- perguntei preocupada.

- infelizmente ele não aguentou, fizemos o possível e o impossível para salvarmos ele mais ele não resistiu.

Nessa  hora não aguentei comecei a chorar, e um dos médicos veio correndo falar comigo.

-senhorita Maria Júlia?-perguntou um médico ofegante.

-eu mesma, pode falar...- falei soluçando de tanto chorar.

-seu pai falou antes de morrer que não queria velório, ele queria que queimassem ele e jogassem no mar, ele pediu para avisar a senhorita.- falou o médico.

-obrigado doutor, assim que vocês prepararem podem levar para o cemitério...- falei levantando do banco.

Ok, senhorita que Deus conforte seu coração..- falou o médico.

-obrigado doutor- falei.

......

Fui embora tentando conter as lágrimas que insistiam em cair, eu sabia que ele iria ir....

♡♡♡♡

Cheguei em casa o Diego ( vulgo Dg) o meu melhor amigo estava sentado no sofá.

Cheguei sem falar nada, só nos abraçamos e eu chorei, chorei muito, eu não acreditava, a pessoa mais importante da minha vida se foi.

Ele fazia cafuné na minha cabeça.

Eu o soltei do abraço e ele disse.

-vamos subir, eu vou pegar algo para você comer.- falou dg para mim.

Só balancei a cabeça positivamente e subi.

Tomei banho,vesti um shots mole curto, e uma blusa de frio, porque estava nublado.

Deitei na cama e fiquei tendo uma crise de existência. Porque eu Deus, porque?

Eu estava pensando em me mudar,deixar o morro com o mennor, me mudar para São Paulo para estudar,eu quero ser alguém na vida..

A Filha Do Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora